Cultura

“Trabalho forçado em São Tomé e Príncipe” obra de Natália Umbelina

Depois de lançamento em Portugal, chegou a São Tomé e Príncipe a versão em português do livro “Trabalho forçado no arquipélago de São Tomé e Príncipe: os Serviçaes”. A apresentação aconteceu na CACAU, a casa das artes, criação, ambiente e utopia.

O livro de investigação científica é da autoria da historiadora Natália Umbelina. Tem 724 páginas, retrata a abolição da escravatura, destaca o momento em que essa abolição se dá em S. Tomé e Príncipe com a consequente escassez de mão-de-obra e a necessidade de abertura de outras correntes migratórias.  

Após a abolição da escravatura, as práticas nas plantações, a violência e a intensidade do trabalho, bem como os maus-tratos, eram muito semelhantes à escravidão. No entanto, juridicamente, não se podia falar de escravidão, pois era o período colonial. Portanto, referia-se ao trabalho forçado. É isso que se pretende demonstrar: as violências a que eram submetidos e como eram obrigados a resistir com os meios de que dispunham” – explicou Natália Umbelina, autora do livro.

FOTO : Cornélio Caley

Cornélio Caley, vice-presidente da academia angolana de letras e membro da união dos escritores angolanos foi um dos coapresentadores da obra.

Este é um livro sui generis, pois aborda o arquipélago de São Tomé e Príncipe desde a sua formação inicial, passando pela arquitetura social, até os tempos mais recentes. Quem lê este livro tem São Tomé e Príncipe nas mãos”.

Entre as várias personalidades presentes na apresentação do livro esteve também o ministro dos negócios estrageiros cooperação e comunidades.

Na leitura deste livro, farei de mim mesmo um serviçal. Dedicarei meu tempo a ele para entender nosso passado. Como disse nosso ilustre convidado, Dr. Caley, somos filhos do passado e pais do futuro. Portanto, não posso ser pai do futuro sem compreender o passado” – destacou Gareth Guadalupe.

O livro, que resulta da tese de doutoramento de Natália Umbelina, foi escrito e publicado em francês em 2019. Cinco anos depois está concluída a tradução e publicação em língua portuguesa.

José Bouças

5 Comments

5 Comments

  1. santomé cu plinxipe

    14 de Novembro de 2024 at 14:31

    Não Houve escravatura em são tomé e príncipe…..

    • Me congo

      14 de Novembro de 2024 at 18:33

      Antes de vir escrever babuzeiras investigue se faz favor, como é que se documenta as ilhas como entreposto de escravos, como foi possível na altura se ter tornado o maior produtor de açúcar do mundo?

      Investigue se faz favor, a bem da História e da memória deste povo, desta comunidade

    • Dudu Neto

      19 de Novembro de 2024 at 8:24

      Vc está mal informado, houve sim escravidão em São Tomé e Príncipe, o problema é que nós temos vergonha de assumirmos isso, dar de grande , essa forma de pensar é uma das causas do fracasso do nosso país, ignorar o passado histórico nosso. Em África apenas dois países não foram colonizados( a Libéria e Etiópia).
      obrigado.

  2. ANCA

    14 de Novembro de 2024 at 15:52

    Parabéns a historiadora Natália Umbelina

    Pois é sempre bom escrevemos sobre nós, sobre a nossa história, é a preservação da nossa memória.

    Nasceste aqui, cresceste aqui, estudaste aqui ajuda a desenvolver o teu país

    Pratiquemos o bem

    Pois o bem

    Fica-nos bem

    Deus abençoe São Tomé e Príncipe

  3. Julio Neto

    14 de Novembro de 2024 at 22:55

    Parabéns pela publicação e partilha de conhecimentos. Que o livro silva o presente e o futuro das gerações a que somos frutos legítimos. E que silva como elemento condutor das adversidades e da nossa autoridade versus auto-estima pelas conquistas dos nossos antepassados. Bem-haja..!

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