Cultura

“Eu Vi”: Francisco Costa Alegre transforma 50 anos de história em poesia viva

Entre rios, rádios e memórias, escritor são-tomense lança obra que toca o coração de um país

Falo do Rio Grande, da fúria da água, das casas destruídas… Mas para quem tem alma de poeta, tudo isso é beleza também.” Foi com esta sensibilidade que o escritor Francisco Costa Alegre lançou esta quinta-feira, 4 de julho, o seu novo livro “Eu Vi”, no Arquivo Histórico Nacional, perante uma plateia comovida entre eles, o Presidente da República, Carlos Vila Nova.

A obra, que marca as celebrações dos 50 anos de independência, mergulha nas águas da memória nacional e pessoal. É poesia em prosa. É história vivida. É tributo e é grito.

Francisco Costa Alegre, que há 35 anos publica obras em São Tomé e Príncipe, regressa à poesia como começou. Mas agora com a força da experiência e da maturidade. “Escrevi esta obra para que as novas gerações saibam. Para que percebam. Para que não esqueçam”, declarou.

O livro homenageia figuras esquecidas da história recente, revive vozes da Rádio Nacional, relembra episódios da infância e reconstrói paisagens perdidas tudo com palavras que tocam como quem ouve um tambor no escuro.

O autor fez mais do que lançar um livro. Ele lançou um espelho. Um espelho literário onde todos nós, são-tomenses, podemos ver quem fomos e quem ainda queremos ser”, comentou o escritor Albertino Bragança, presente no evento.

Tocado, o Presidente da República, saudou a iniciativa como um “ato de resgate da memória nacional”, e incentivou a multiplicação de iniciativas literárias que levem a identidade são-tomense às escolas, às praças e ao coração do povo.

Waley Quaresma

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