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MARAPA e ALISEI reagem ao caso Praia Inhame

Nota de Imprensa Conjunta

Na sequência das declarações feitas pelo Sr Engº Manuel Nazaré, proprietário do hotel Praia Inhame, a Direcção Geral do Ambiente, a Direcção do Parque Natural Obô, as ONGs MARAPA e ALISEI vêm por este meio esclarecer os seguintes pontos :
1. Construído em 2003 no âmbito do Programa ECOFAC financiado pela União Europeia, o acampamento da Praia Jalé tem como principais objectivos: gerar receitas para as acções de protecção das tartarugas marinhas; criar oportunidades de emprego e obtenção de rendimento para as comunidades de Porto Alegre e Malanza. Entrou em funcionamento em
2005, graças à intervenção da ONG MARAPA que providenciou formação e capacitação aos moradores locais em turismo e temáticas afins.

2. Em 2007, o acampamento passou a ser gerido por uma associação local de Porto Alegre sem fins lucrativos, o Grupo Jalé, ao abrigo de um protocolo de colaboração com a Direcção Geral do Ambiente e a ONG MARAPA, sendo os seus rendimentos integralmente revertidos ao Programa de Protecção das Tartarugas por um lado e também para acções sociais nas comunidades locais.

Findo o prazo deste protocolo em 2012, e dada à situação de degradação do acampamento, a DGA procurou soluções para privatizar este empreendimento, sem sucesso na altura. Para informação publica gostaríamos de sublinhar que na altura foi feita uma proposta ao senhor Manuel Nazaré, identificado como um dos potenciais operadores, para fazer a gestão do referido acampamento, o que ele recusou prontamente, alegando falta de disponibilidade.

3. Neste contexto, e de forma a preservar os empregos existentes nesta actividade, a ONG MARAPA associou-se à ONG ALISEI para assumir, em consórcio, a gestão de referido complexo, e apoiar o Estado nos seus esforços para manter a actividade ecoturística naquela praia. Um novo protocolo de colaboração envolvendo, desta feita, a DGA e o Parque Natural obô foi estabelecido por 5 anos (até 2017), que prevê a afectação da totalidade dos lucros produzidos com a exploração do complexo para as actividades de protecção do Parque Natural Obô e da biodiversidade local.

4. Em 2012, o Parque Natural Obô conseguiu mobilizar um apoio da RAPAC (Rede das Áreas Protegidas de África Central) e da União Europeia para reestruturar o acampamento e diversificar a oferta eco-turística na zona Sul. Executado pelo consórcio das ONGs MARAPA e ALISEI, este projecto está a chegar ao seu fim, com a reabertura prevista para o mês de Agosto do Jalé Ecolodge reabilitado. Equipado com 3 bungalows e um restaurante, o complexo irá assegurar 10 postos de emprego directo exclusivamente locais. Artesãos e guias locais foram capacitados para prestar serviços e novos circuitos foram criados na zona Sul (caminho do Budu Baxana e São Miguel, excursões marítimas de observação das baleias etc), beneficiando assim todos os operadores turísticos da região, incluindo o Hotel Praia
Inhame.

5. Gostaríamos ressaltar que o carácter sem fins lucrativos das ONGs, legalmente constituídas no país conforme as disposições da Lei 8/2012, de modo nenhum as impedem o exercício de actividades económicas, desde que os ganhos sejam aplicados integralmente na realização do objecto social.

6. Por outro lado, gostaríamos de relembrar que o acampamento da Praia Jalé faz parte do ambiente concorrencial do turismo na região de Porto Alegre desde a sua abertura em 2005, ou seja antes do início das actividades turísticas na Praia Inhame. Sendo assim, ao elaborar o seu plano de investimento e negócios, Praia Inhame já devia ter tomado em consideração a existência do Jalé Ecolodge e a sua configuração institucional específica.

7. Finalmente, desmentimos formalmente o montante de 25€ avançado como sendo o preço que será praticado para o aluguer dos bungalows do Jalé Ecolodge após a sua reabertura oficial.

8. Lamentamos profundamente as dificuldades enfrentadas pelo Hotel Praia Inhame, que de facto, tanto tem feito para a promoção do turismo ecológico no país e para a preservação dos ecossistemas daquela área, desde a sua abertura. Contudo, não consideramos que estas dificuldades estejam relacionadas com a existência do acampamento da Praia Jalé, mas sim, devidas a uma conjuntura realmente difícil para investimentos desta natureza no contexto nacional.

9. Esperemos por fim, que as acções do Governo de São Tomé e Príncipe para estimular o turismo responsável e sustentável conheçam um futuro promissor e possam beneficiar obviamente, o Hotel Praia Inhame, bem como todos os investidores nacionais interessados em investir no país neste sector que tanto promete.

Junto se anexa o protocolo assinado entre o Estado e as ONGs.  Clique – Protocolo ALISEI-MARAPA-DGA-PNOST

Feito em São Tomé em 1 de Agosto de 2014,
Subscritores :
Direcção Geral do Ambiente
Direcção do Parque Natural Obô de São Tomé
ONG MARAPA
ONG ALISEI

11 Comments

11 Comments

  1. "Nós por cá e a nossa maneira"

    1 de Agosto de 2014 at 16:35

    Tanto alarido por causa de três bongalôs!!!!! sinceramente!!!

  2. perguntarnaofende

    1 de Agosto de 2014 at 18:58

    Será que os senhores destas ONG’s podem explicar aos Santomenses o que é que aquele conjunto de barracos tem de turismo responsável e sustentável ?

    Aquilo é só o exemplo de gente irresponável a desenvolver projectos insustentáveis

    Deixo também uma sugestão. Mudar o nome de JALE ECO-LODGE para JALE ECO-ESPELUNCA

  3. Barão de Água Izé

    2 de Agosto de 2014 at 1:29

    Qual o valor que o Parque Natural Obô conseguiu mobilizar?
    Quem são os directores das duas ONG´s? Quem vai gerir Jalé e quanto vão ganhar?
    Porque o Governo não arranja apoios internacionais para a Praia Inhame como foi conseguido para Jalé?
    Parece que os empresários privados têm que enfrentar sozinhos a conjuntura internacional.
    As boas intenções são aceitáveis, mas estamos perante uma concorrência desleal entre o sector público e o privado.
    Coitadas das tartarugas, têm as costas largas.

    • Cobra branca

      4 de Agosto de 2014 at 9:42

      Para conhecer aos diretores só tem que ir as ONGs e perguntar. O Governo não tem que arranjar apoios para um empresário privado, por isso é privado, o então também tem que arranjar apoio internacional para as lojas, construtoras, etc?

    • Barão de Água Izé

      15 de Agosto de 2014 at 9:08

      O que são as ONG´S? Alguma vez foram publicadas contas de ONG´s? Se o Estado apoia as tão afamadas ONG´s que na maior parte são sugadoras sem fim de dinheiros públicos, deviam ser obrigadas a apresentar as suas contas, declarações fiscais e resultados dos projectos.

  4. luisó

    2 de Agosto de 2014 at 16:16

    Afinal…

  5. toni

    4 de Agosto de 2014 at 9:43

    Ainda bem que existem os dois complexos de turismo que naquela região do Pais são deveras importantes.

    Contudo penso que que o Estado de São Tomé deve colocar ao dispor do Hotel Praia Inhame as mesmas condições de financiamento que o Hotel Jalé, só assim se pode fazer com exista investimentos de privados no turismo e noutras áreas.

  6. Bobuwabo

    5 de Agosto de 2014 at 12:23

    Força Marapá, Nos queremos concorrência, o Sr Nazare quer coisa so pra estrangeiro com o preço alto pra o seu bolso e nos os pequenos precisámos da concorrência, td se for possível, eu já posso pasar

  7. cadacoisaquesobe

    18 de Agosto de 2014 at 9:39

    Acho apenas que a natureza dos 3 bungalôs do praia jalé é diferente do da praia inhame.

    Acho que os dois podem prosseguir com as suas actividades, ainda colaborando entre si.

    Tanto é que o resort pestana equador não se queixa da concorrência do sr Nazaré. Adaptou-se simplesmente ao contexto concorrencial.

  8. Brás Leitão

    19 de Agosto de 2014 at 16:51

    Afinal, quem apareceu no local primeiro?
    Quem é o pertubador nesta area.
    Então mude assua padaria para Água Marçal.

  9. San Tchinguiny

    7 de Setembro de 2014 at 10:17

    Querem saber porque razão S.Tomé e Principe não avança? Precisamente porq a INVEJA tomou conta do País a partir do momento em q os TROVOADAS( desgraçadores de STP desfarçados em bonzinhos – Lobos com pele de carneiros que se identificam mais com estrangeiros q com santomenses), ao invéns de dessiminarem valores, passaram a promover INVEJA, ODIO, PERSEGUIÇÂO e outros males no sei da população pra melhor reinarem. Em resumo, o Sr. NAZARÈ quer tudo pra si. Em vez de ir imediatamente a comunicação social,devia aproximar-se das ONGS e pedi-las assistência para ter acesso ao mesmo fundo ou um outro qquer! SER HUMILDE É MAS É MAIS UMA VIRTUDE Q DEFEITO. PQ. NÂO CONSEGUIU, O OUTR= TEM Q PERDER?

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