Garantia de fonte segura ligada ao dossier petróleo, que pediu encarecidamente ao Téla Nón a garantia do anonimato, com medo de represálias, uma vez que por ordem governamental o acordo de partilha de produção do bloco 3 e todo o negócio em torno do mesmo, deve manter-se em sigilo absoluto.
A fonte do Téla Nón, conhecedora do dossier e da legislação petrolífera são-tomense, disse que os dados, que estava a ceder ao Téla Nón, não violam o sigilo que marca o negócio do ouro negro. «São informações normais para o esclarecimento da opinião pública, mas que infelizmente, fomos proibidos de anuncia-las a imprensa», precisou a fonte que insistiu em reclamar o anonimato, para evitar represálias.
A fonte que desenhou um gráfico das operações a serem desenvolvidas no bloco 3 pela companhia nigeriana Oranto Petroleum, indicou que durante os 28 anos de contrato de partilha de produção, a companhia nigeriana é obrigada a executar 3 fases de investimentos.
A primeira fase vai durar 4 anos, na qual serão investidos 20 milhões de dólares. «Nesta fase a Oranto Petroleum vai realizar diversos estudos sobre o bloco 3, nomeadamente estudos de impacto ambiental, estudos geofísicos e geoquímicos. Também serão realizados testes sísmicos de 3 dimensões, para determinar se a quantidade de recursos existente no bloco pode ser comercializada», explicou a fonte.
A segunda fase tem duração de 2 anos, na qual a companhia Oranto Petroleum é obrigada segundo o Acordo de Partilha de Produção, a investir 100 milhões de dólares. Trata-se segundo a fonte, a fase de realização dos primeiros furos no bloco 3 e outras tarefas complementares.
A terceira e última fase de intervenção, também tem a duração de 2 anos. Serão investidos cerca de 105 milhões de dólares. «É a fase da instalação dos equipamentos de exploração petrolífera», precisou a fonte.
No total, nos próximos 8 anos e até o petróleo jorrar na zona económica exclusiva são-tomense, Oranto Petroleum deverá investir cerca de 225 milhões de dólares. «Mas o início da exploração propriamente dita do petróleo pode acontecer antes dos 8 anos. Oito anos é o tempo máximo que definido a nível internacional para uma empresa petrolífera, realizar todos os trabalhos preparativos com vista a exploração do petróleo», declarou a fonte do Téla Nón.
No que concerne aos dividendos para a economia nacional, ou seja, a partilha de facto da produção petrolífera, a fonte garantiu que o acordo assinado, as escondidas na última quinta, define claramente a modalidade da partilha de produção.
Após os 8 primeiros anos de investimento, a Oranto Petroleum terá cerca de 4 anos seguintes para recuperar o investimento feito. O acordo define a margem de recuperação do investimento na ordem dos 80% das receitas do petróleo extraído no bloco 3. Os restantes 20% serão partilhados com São Tomé e Príncipe. Para além disso, segundo a fonte do Téla Nón, o tesouro público arrecadará importante volume de receitas. «A lei do petróleo diz que das receitas da exploração do bloco, o Estado são-tomense deve cobrar impostos na ordem dos 30%. Também o Estado são-tomense cobra taxa especial de 2% sobre o lucro da exploração petrolífera. Só isso já representa muito dinheiro para os cofres do Estado», sublinhou a fonte.
Depois dos primeiros 4 anos de exploração petrolífera, ou melhor, enquanto a Oranto Petroleum for recuperando os investimentos, a fatia do bolo em termos de partilha vai aumentar, a favor de São Tomé e Príncipe, até atingir e superar os 50% da produção.
O acordo prevê também que a companhia nigeriana financie projectos sociais em São Tomé e Príncipe. Empresas são-tomenses, deverão garantir prestação de serviço a todo processo de exploração petrolífera, o chamado local content.
Abel Veiga
Carlos Ceita
18 de Outubro de 2011 at 10:24
Meus amigos
Para este tempo todo (28 anos ) corremos o risco de um meteorito vindo do espaço acabar de vez com a espécie humana cada vez mais estúpida e cínica. É nós saotomenses que somos uma espécie humana muito peculiar para nós será reservada não uma mais uma chuva de meteorito. Bem mais a sério. Era caso para perguntar aos timorenses e aos equatoguinienses se o processo de exploração de petróleo deles foi assim tão complicado como o nosso. Duvida de quem não entende nada da engenharia de petróleo.
É que nós começamos com ERHC passando pelas inúmeras companhias para acabar em Oranto Petroleum. Estamos gregos. Para quem não sabe a origem desta empresa eu explico Oranto vem de Esperanto e Petroleum vem do latin e do Grego. Hehe como dizem os brasileiros brincadeira. Agora ainda mais a sério.
Já que não é possível alternativa a democracia ou uma primavera saotomenses para acabar com a pouca vergonha. Como saotomenses desejaria (a esperança é ultima que morre) que um próximo governo verdadeiramente patriótico e legitimado pelo povo anulasse todos esses acordos de petróleo e da pesca na nossa soberania zona económica exclusiva.
Abraços
Santomista
18 de Outubro de 2011 at 14:31
E esse tal governo…, deixa-me ver seria um governo do MLSTP/PSD! Nao he?
Agora diz-me uma coisa: Voce esta a criticar exatamente o que? Qual seria o melhor acordo?
Hector Costa
18 de Outubro de 2011 at 11:37
Muito bem Abel…
Senhor é um grande jornalista, se eu tivesse que lhe orientar vocacionalmente, não hesitava em lhe orientar para o jornalismo. Parabéns.
DM
18 de Outubro de 2011 at 15:09
Rezo para que dê tudo certo. Mas confesso que não confio nos nigerianos.
Liberdade
18 de Outubro de 2011 at 15:47
Lembro daquela senhora do programa da RDP Africa:
Diz Assim: “Dinheiro nem um tostão!
cacarregou cocoo di genti, cacarregu cocó de boi, carregou tudu…”.
É o mesmo com esse negocio de petrole. dai a 30 anos vamos dizer o mesmo.
Vala -se muito a realidade é outra.
Carlos Ceita
18 de Outubro de 2011 at 16:06
Respondendo ao saotomista que certamente não será mais saotomense do que eu. Devo dizer o seguinte: eu julguei que o tempo de processos de intenções fosse coisa do passado pelos vistos não é. Se criticamos o A é porque somos do B e virce-versa. É isso tipo de sectarismo que me assusta. Talvez seja dos saotomenses que mais razoes tem para não ser do MLSTP/PSD mas enfim. Pelos vistos o senhor concorda com os acordos que foram feitos até então. Muitos parabéns é um direito que lhe assiste é uma opinião sua. Gostaria que o senhor respeitasse também a minha a isto se chama liberdade de pensamento.
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18 de Outubro de 2011 at 21:30
Jogaram água na cara dos santomenses para atenuar os ânimos.
Esta noticia, não esclarece nada, uma vez que, como o acordo foi descoberto, e o governo desmascarado, este providenciou-se a jogar uma contra informação, em linguagem corrente dos santomenses “uma boa fofoca” em jeito de anonimato que abel veija acreditou e postou. Armadilha povo.
Senão vejamos:
Esse dito investimento, vai ser realizado no alto mar, qual o proveito em termos directos e indirectos para o pais?
A empresa em causa, irá desenvolver projectos em território santomense?
A tal logística empresarial petrolífera, partirá do porto de stp para o alto mar?
A dita empresa, criará uma sucursal em stp? Pagará impostos?
Investimentos com vantagens, são aqueles que dão retorno, tanto a nivel fiscal como a nível de investimento em território nacional. Abrir uma sucursal em stp. coisas com gente dentro, e não com gente por fora.
Quem ira ganhar com isso, são os patrícios que concretizaram os negócios.
A fonte deveria era fornecer informações detalhadas sobre a dita orantum, quem são os seus sócios, quem detem os capitais, e outros pormenores mais substancial sobre o negocio. Isto é que seria informação, mas não foi o caso.
Bem haja a todos…
Mimi
19 de Outubro de 2011 at 10:28
Simplesmente mais um geito de entretenimento. Ha quantos anos vimos tendo noticias parecidas de concessao, de promessas de milhoes, de perfuracoes, estudos cismico, metas, datas para exploracao e no fim de contas continuamos a ver plataformas e os “beneficios” das mesmas apenas nos sonhos… Enquanto isto, as Orantos e coisas parecidas vao enriquecendo a si e aos seus…
mina téla
19 de Outubro de 2011 at 14:49
Depois de muitos anos atrás testes negócios ainda não aprenderam que o pais nao desenvolvi apenas com isso embora seja um dos passos para o desenvolvimento.
Credo governo que só desenvolvimento neste lado e esqueci de agricultura ,pesca e não…Nunca pensão nos pequenos.
Tenho umas perguntas:
1- quantos postos de trabalho o governo cria por ano?
2 – quantos alunos passam fome para ser alguém na vida?
3 – quantas roças foram parar nas mãos do nossos dirigentes?
4 – quantos milhões são gasto nas campanhas(dinheiro que nosso estado não tem pelo seus próprios recursos)?
Reflexão:
basicamente isso é mais uma forma de conseguirem o dinheiro para seus próprios bolsos…Durante trinta anos o governo fez zero(00000000000000)………
Fijaltao
21 de Outubro de 2011 at 22:34
Voltando a mesma conversa de sempre, desde 1970 que os portugueses descobriram que a nossa costa na sua profundidade tinha o ouro negro.
Fizeram vários estudos,geotécnicos e geofisicos, tendo terminado o processo com a partida dos mesmos em 1975.
A partir daí, os nossos sucessivos governos apoderaram e deram prosseguimento dos estudos feitos pelos portugueses, criando falsas estruturas, tais como gabinete de petróleo, directores de petróleo, continos de petróleo, administradores de petróleo, et… todos sedeados na Nigéria ganhando milhões e deixando este malogrado povo na miséria e no limiar dos limiares da pobreza!
Doravante, feitas as contas, o negócio do petróleo já dura 41 anos sem um fim à vista!
A Guiné Equatorial e Timor Leste em pouco tempo descobriram o petróleo e ràpidamente se deligenciaram o seu estudo e a sua exploração para o bem dos seus povos e nações está em marcha!
Os 8 anos que a empresa Nigeriana levará a fazer estudos, é acombina deles e do nosso pobre governo e governantes para perpetuarem este processo de modo a permitir que alguns elementos continuem a engordar a custa do povo santomense.
Os 20 anos restantes(como disse um dos intervenientes), são anos que o nosso povo e a nação fique à espera que algum meteorito vindo do espaço os elimine em favor destes trogloditas dos nossos sucessivos e maldosos governos.
É pena que os governantes africanos não tirem ilações com o fim de muitos deles, tais como ,Bokassa do Centro Africano, Idi Amin do Uganda, Mobutu do Congo, O presidente da Tunísia, o presidente do Egipto e presentemente o KADAFI!
Não tardará muito um dos nossos governos terá a mesma sorte ou terão um suicídio colectivo para pôr cobro a tirania e pilhagem daquilo que é do povo e do país!
Abandonaram Agricultura, a Pesca, o Turismo e cingiram apenas no negócio infinito e fantasmagórico do petróleo porque já não sabem fazer nada!
O povo santomense deve agora e já sair à rua e exigir ao primeiro ministro uma explicação cabal do andamento do negócio do petróleo!
Um país destronado e desorganizado á espera de uma remodelação à todos os níveis e estes ingratos a viverem bem e a francesa a gozar com o povo!
A vossa água está ao lume! Cuidem-se porque podem ser esfolados vivos!
Não há razões para que o petróleo antes de sair, alguns indivíduos prolonguem este negócio e corrompem outros de boa fé para o mesmo caminho deixando o povo na míséria.
E, Por cúmulo que pareça, parece que nós não temos um país para que todo o negócio do petróleo, desde escritórios e funcionários sedeam-se na Nigéria!
evlado da cruz
23 de Outubro de 2011 at 19:43
Meus Obrigados
Foi muito falar a verdade, porque tudo quanto tá cá foi dito na televisão por senhor presidente da agência. tenta explorar mais áreas principalmente; de corrupção, de falta de respeito dos políticos para com pessoas humildes, como o caso do sr. Adelino Izidro, esclarecimento sobre acções do governo e muito mais…
Porque são vocês a nossa verdade se caso queiram ser verdadeiros JORNALISTAS.
PRAIA GAMBOA
S,TOMÉ
AA
24 de Outubro de 2011 at 17:29
quantos santomenses, puro foro giquite amante de STP estão sendo formandos, preparandos, para esta ERA do petrolio em STP?
Luis Dondoia
25 de Outubro de 2011 at 20:41
Espero para ver .
Estarei na 1ª fila aguardando o que irá ser feito com tanto dinheiro em prol do Povo de STP.
Os Nigerianos ou outro qualquer não são para aqui chamados porque a concessão está na NOSSA ZONA ECONÓMICA EXCLUSIVA , qualquer invasão será considerada um acto de guerra podendo nós pedir apoios Internacional nomeadamente da CPLP .
Temos que estar é atentos com o que se fará com tanta receita vinda do petróleo .
Daí entendermos porquê tantos estão no Gabinete do SR PR e outros estarão a porta para tentar levar o seu quinhão .
PARA BEM DO POVO NADA.
Temo esse desfecho.