Primeiro-ministro do país africano de língua portuguesa falou à Rádio ONU sobre a cooperação com a Nigéria no setor petroleiro; para Gabriel Costa, turismo pode ultrapassar o produto na pauta futura de exportações como fonte de rendimento.
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova Iorque.*
O Governo de São Tomé e Príncipe está a apostar no petróleo e no turismo como fontes de renda para o futuro da economia sãotomense.
A declaração foi dada à Rádio ONU pelo primeiro-ministro do país, Gabriel da Costa. O governante esteve em Nova Iorque para discursar nos debates de líderes internacionais da Assembleia Geral, na segunda-feira.
Potencialidades
“Nós temos uma exportação conjunta com a Nigéria. A Total retirou-se do bloco número 1. Mas nós temos outras companhias que não são as mesmas e que estão a trabalhar com a zona de desenvolvimento conjunto para o desenvolvimento do petróleo. O turismo é uma aposta, uma aposta muito séria. Nós temos potencialidades e vamos explorar essas potencialidades. Eu diria que o turismo pode ser a principal fonte de rendimento para o país, e mesmo antes do petróleo caso o petróleo venha a ser efetivamente explorado.”
O primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe elogiou ainda a cooperação com as Nações Unidas, a União Europeia e Portugal para a realização das eleições gerais, marcadas para 12 de outubro.
O chefe de Governo sãotomense disse que está a tomar medidas sanitárias para evitar a entrada do vírus ébola no país. Nesta área, São Tomé e Príncipe está a contar ainda com a ajuda da Organização Mundial da Saúde, OMS.
*Apresentação: Denise Costa.
Parceria / Téla Nón – Rádio das Nações Unidas
Zé Faneca
1 de Outubro de 2014 at 15:47
VEM A PROPÓSITO. COMECEM POR LIMPAR A ILHA
O pouco tempo de estadia em São Tomé não me permite fazer juízos políticos certos, para além dos derivados de factos como 14 primeiros-ministros em 20 anos e de um ou outro livro que tenho lido e que se me apresentam coxos de conteúdo, sem pôr ainda em causa o que lá está narrado, claro.Mas já vai dando que pensar, em conjunto com as conversas que vou tendo com amighos, conhecidos e pessoas das mais diversas idades que vou encontrando e com quem troco algumas ideias, concluindo que para a maioria deles, Estado de Direito e, pior, democracia são “coisas” de que já ouviram falar, mas delas pouco, ou nada sabem.
Há ainda a TV e os jornais digitais, e a propósito ocorre-me a transcrição de um programa de Rádio da ONU em que o Primeiro- Ministro são-tomense diz que o País aposta em Turismo e Petróleo para avançar a economia. Isto, especialmente sobre o Turismo, tinha já lido antes e muito antes ouvido várias vezes. Mas acontece que sendo indesmentível a existência de condições excepcionais para a prática de vários tipos de turismo, não consigo vislumbrar nada de especial que dê início a tão importante tarefa de criar as condições necessárias, especialmente sendo certo e é dos livros, que o verdadeiro turismo começa pela população, com os habitantes de qualquer lugar.Mas afinal o que é que se tem passado (sem ter que mencionar corrupção e outros problemas de peso semelhante)?
Ontem começou a campanha para as eleições. Sem mencionar variadíssimas notícias anteriores a darem conta de inaugurações diversas e outros feitos, ouvi atentamente mas, salvo uma ou outra ténue excepção, não dei por falarem de pobreza, de excluão social, nem de fome que, afinal, até há e não tinha dado por isso, tal como não tinha percebido que o analfabetismo é mesmo um facto deenormes proporções. E Tão atentamente ouvi que me apercebi de que a maioria dos oradores não estava a falar directa e verdadeiramente para o Povo, usando vocabulário apropriado para as suas audiências, mesmo as da televisão. Vi foi a euforia que, nalgumas concentrações causou o uso de bonés e camisolas e noutros ainda a presença significativa de ouvintes “apoiantes” sem idade suficiente para pôr o voto na urna.
Mas deixemos o Povo como elemento essencial para o Turismo e vejamos uma ou outra coisa que até poderá ter piada como as duas estradas junto ao Aeroporto onde a de saída com o cartaz de bem-vindo é uma estrada normal, mas a de entrada está cheia de buracos e gravilha espalhada mesmo em frente do Banco tão estrategicamente colocado e onde, mais adiante, do outro lado da Aerogare, se encontra um cão morto há quase 3 dias, começando já a fazer sentir os desagradáveis efeitos de um corpo a entrar em putrefacção com o respectivo. Mas não é só a maioria das estradas desta linda Ilha de São Tomé que se encontram esburacadas, totalmente ou nalguns troços, como é a da que dá acesso a uma cascata lindíssima digna de ser visitada mas onde só o local circundante se encontra “bem tratado”. Mas falando de estradas e dificilmente transitáveis há um pormenor que qualquer turista, qualquer pessoa, não pode deixar de se aperceber: são as flores. Talvez por conhecer já parte da riquissima flora, foi o nome que me veio à memória para usar em vez de LIXO. Há-o por quase toda a parte e, claro, mais à beira das estradas e caminhos e até em grandes quantidades junto às casas de madeira e folha de metal. Estas “flores” como as outras exalam um cheiro muito semelhante ao do cão morto em frente do Aeroporto; coisa para não esquecer e tanto assim que até parece anedota ver nalguns sítios as enormes áreas de “flores” amontadas junto aos receptáculos de lixo que não são despejados senão sabe-se lá quando (é uma festa para os cães das redondesas…). Peço desculpa por me ter alongado tanto, mas para ser mesmo convincente gostava ainda de dizer onde também vi “flores”, estas sobre a forma de entulho de obras; foi nada mais que do outro lado da estrada à beira da qual me dizem que mora um Ministro, há uma Embaixada e alguns prédios senhoriais.
Sei perfeitamente que há muito que fazer, mas também há formas de programar e conseguir prioridades adequadas. Turismo? Comecem por limpar a Ilha, tapem os buracos das estradas e caminhos, façam estradas que tanta falta fazem e podem até de início levar a sítios nunca vistos e não só por turistas. Mas a SÉRIO. Ainda tenho presente a forma como não se fez e se fez muito mal a limpeza a que o Governo apelou por causa da Ébola. A maior parte dos locais ficou como estava, não é verdade governantes?
Agora é que Vai
2 de Outubro de 2014 at 12:11
Talvez seria interessante o senhor começar também por ver a sua terra que não anda lá muito bem. O défice vai-se cumprir este ano ou não? A dívida pública, como é que está? A pobreza que por lá anda? A miséria? Qual é a quantidade de pesssoas que andam a dormir na rua? Já fizeram a respetica contabilidade, sobretudo lá na capital? Quando lá estive fartei de dar esmolas a alguns pobres. Portanto talvez seria melhor o senhor começar a olhar para o seu próprio pais em vez de olhar para o país dos outros com este olhar tão crítico. Olha o problema da droga. Da pobreza e miséria, sobretudo agora que cortaram pensoes aos idosos. A saúde. A Educação.
Assim Mesmo
2 de Outubro de 2014 at 15:57
Gostei “Agora que Vai”. É isto mesmo!!! Esta gentinha vem para cá e começa a criticar como coisa que o país deles é o melhor do mundo. Estão cheios de problemas lá, gente que passa fome, na miséria, com problemas de drogas e outras coisas e não se cansam de olhar para os outros com olhar depreciativo. Nunca vi tanta falta de humildade. Estão no cú da Europa, em quase todos os indicadores, mas mesmo assim têm a liberdade e falta de humildade para criticar os outros que tiveram menos tempo para fazer desenvolver o país.
Barão de Água Izé
6 de Outubro de 2014 at 18:03
Caro “Agora é que vai”: desculpe dizer-lhe mas não são os problemas dos outros que “resolvem” os nossos. O Sr. Zé Faneca não olha pra o lado e não se desculpa com o colonialismo.
Ernesto Franklin
2 de Outubro de 2014 at 12:47
Muito bem Sr. Zé Faneca. Li e gostei dos seus comentarios.
tela mu
1 de Outubro de 2014 at 17:25
Apostar em turismo quando o país nao estavel ;sem saneamento ? Nao entendo isso .
Zé Boina
2 de Outubro de 2014 at 8:06
Petróleo, cadê você???
Dia
2 de Outubro de 2014 at 8:26
aposta no Turismo com fla soóoooo..O que foi feito ao nível de saneamento público. Balneário público ao ar livre. Vergonhoso publicitar essas noticias sem se preocupar no mínimo travar essas imundices na nossa cidade. Nossos dirigentes viajam tanto e não conseguem trazer nada de novo do que viram. Coisas que por vezes não custam muito dinheiro. Só no falar batemos record.
pedro neto
3 de Outubro de 2014 at 11:08
Ao sr ´´Assim mesmo´´ e ao sr ´´Agora que vai´´, a critica construtiva é sempre bem-vinda. Vocês são tão IGNORANTES e HIPÓCRITAS que não se aperceberam disso. O homem criticou o que está mal e quem é o responsável… os Politicos. Na realidade o país está tão sujo tal qual a vossa mente. Isso vê-se aos olhos nus. E quando se fala do turismo, o factor hiegene é e deve ser a cabeça do cartaz mas infelizmente as coisas por estas bandas andam invertidas. Não comentem assuntos que nada percebem só por comentar. Fiquem antes calado. Um bem haja.
Canvi Tlindaji
21 de Outubro de 2014 at 17:32
O Famoso petróleo de S. Tomé e Príncipe, ate quando meu Deus!!!
Reforço
16 de Dezembro de 2014 at 10:00
Será que o nosso governo tem dado atenção nos comentário ai escritos, porque de alguma forma e de outra há comentários que ajuda a reflectir sobre a suas ideias, porque este comentários são opinião pública e deve de alguma forma a atenção dos dirigentes…. será dão atenção? aguardo assim a resposta.
Carlos MENEZES -cabe Luanda batepa
24 de Maio de 2015 at 11:49
Esta conversa já esta a cheirar mal falar de turismo e petrolio
E pura demagogia andaram a receber grandes salarios gentes que hoje sao os nossos ricos o que fizeram ? Nada mesmo nada
Agora venhem falar em forca de blogueio afinal para que serve um
Governo ? O principe do Dubai não tem medo de Lopes e forca de
Blogueio e o nosso camolengue deve ter medo . Porque será que ele já fés parte desta forca de blogueio ? Quem si aproveita de um povo
Da sua miséria para viver bem e viajar toda hora e alguns negocios de barcos mal parrados . Também devia ir para presao de alta segurança . Mais só na outra encarnação nesta nunca