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Governo nunca importou milho para sementeira – CIAT

A denúncia feita pelo agricultor Aurélio Silva, segundo a qual a praga de lagartas que está devorar a cultura do milho, é resultado da importação pelo Governo de milho infestado para sementeira, provocou reacção enérgica do Ministério da Agricultura.

Severino do Espírito Santo(na foto em cima), Director do Centro de Investigação Agronómica e Tecnológica de São Tomé e Príncipe, garante que o milho que Ministério da Agricultura distribui aos camponeses para sementeira, é produzido e tratado localmente pelo próprio CIAT. «Nós o CIAT já há muitos anos que temos produzido o milho que os agricultores utilizam na sementeira. O milho que produzimos é tratado ao ponto de informamos aos agricultores para não consumirem esse milho, porque é tratado com produtos químicos. O milho para sementeira é entregue ao projecto de culturas alimentares que depois distribui as sementes aos agricultores», declarou o Director do CIAT.

Severino Espírito Santos, considera que as autoridades competentes deveriam ser mais exigentes com o agricultor Aurélio Silva, para que ele pudesse provar como e quando foi importando milho para sementeira. «Eu no lugar das entidades competentes exigia dele alguma documentação que comprovasse a veracidade daquilo que ele falou. Nós, o CIAT não temos conhecimento de que alguém importou o milho», frisou.

Director culturas alimentaresAmérico Rocha(na foto), Director das Culturas Alimentares do Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural, também reagiu para o Téla Nón. O responsável do Ministério da Agricultura, garante que o milho que é distribuído aos agricultores para sementeira é nacional e nunca foi importado. «Recebemos o milho do CIAT e fazemos a distribuição aos agricultores. Não entendo, não entendo como é que ele diz que o milho é importado. São espécies exclusivamente são-tomenses e com bom rendimento», reforçou o Director das Culturas Alimentares.

Os dois directores do Ministério da Agricultura que reagiram para o Téla Nón, alertaram que não se pode brincar com coisas sérias. «Acho que ele (Aurélio Silva) está a brincar, porque há um programa na Televisão que se chama brinca -brincando. Mas agora temos que ser responsáveis pelo que falamos», referiu o director Américo Rocha.

Por sua vez Severino do Espírito Santos, Director do CIAT, chamou a atenção do agricultor Aurélio Silva e do público em geral, para o respeito ao bom nome da instituição que dirige, o CIAT. Segundo ele, é um centro de investigação de referência nacional, com provas dadas a nível nacional, e que recebe solicitação internacional para realização de trabalhos de investigação técnica e agronómica.

Severino Espírito Santo, assegurou que o quadro técnico do CIAT é composto por mestres e doutores devidamente formados em universidades de reconhecimento a nível internacional. «Quando se quer falar do CIAT tem-se que ter isso em consideração», concluiu.

O Téla Nón recorda aqui em registo áudio a denúncia feita pelo agricultor Aurélio Silva –

 

Abel Veiga

 

4 Comments

4 Comments

  1. Angelino Louro

    9 de Maio de 2016 at 8:28

    Eu acho que bastava deixar a responsabilidade da afirmação ao agricultor e não infiltrar a questão de brinca brincando porque essas afirmações levam o individuo a auto-censurar, é minimizar o outro, é tirar palavra a outro, é intimidar os outros para não usarem da palavra.É o que está na atualidade. Só vocês sabem tudo. Ninguem mais sabe algo para denunciar. Quem denuncia é persona não grata para vós e vosso partido. Que tristeza tão vergonhosa.

  2. O Revolucionário

    9 de Maio de 2016 at 9:30

    “…o quadro técnico do CIAT é composto por mestres e doutores devidamente formados…” Bem, creio que foi um exagero da parte do dito Dr.º do CIAT, assim como creio que deveria ter vergonha em dizer coisas dessas. Afinal, por ser um centro de tamanha referencia nacional, seria bom que dessem provas e não falassem em titulos de mestres e doutores, pois isso só comprova também a ineficacia do centro, ou seja, ter mestres e doutores mal formados. Criem vergonha na cara e deixem de ser uns ” tagarelas”… Como centro que dizem ser de referencia nacional, deviam ter a noção do perigo que a praga pode trazer, afinal o que esta em causa é a segurança alimentar da população.
    Sucessos a STP…

  3. Original

    9 de Maio de 2016 at 16:03

    Caro Severino,conheço-lhe bem e deves falar por ti.Dizer que lá só tem Mestres e Doutores,sabes como eu que nesta sociedade quem comete borradas repetidas são pessoas deste nível.A nossa sociedade está assim em parte devido desempenho dalguns deles.

  4. JB

    18 de Maio de 2016 at 16:01

    Realmente deveria ser um centro de referência em termos de pesquisa e investigação. Alguns destes doutores, mestrados estudaram a custa de São Tomé e Príncipe no quadro de cooperação com os paises doadores de bolsas. Então eu pergunto o que fazem realmente? Quais as novas variedades horticolas, frutiferas que já descobriram para ser implementado em STP? Talvez estejam a espera que haja um projeto com aguns paises amigos para depois estarem lá todos sentados e receberem moedas estrangeiras como compensação e dinheiro nacional. Vocês já viajaram muitas vezes para outros países e viram talvez o que eles fazem termos agrícolas, não só na europa mas também o que se faz nos centros de investigação na áfrica. Eu pergunto o que devemos fazer para dar solução a este problema, só querem titulos e beneficios do estado (carro, viagens e etc).Pensem talvez o que será melhor para STP. Talvez privatizar a CIAT seria uma boa solução porque é possivel que muitos doutores, mestres não tinham a capacidade de lá trabalhar.Tenho dito

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