PARCERIA -Téla Nón Rádio ONU
Chefe do sistema das Nações Unidas no arquipélago defende que ação com governos, sociedade civil, políticos e jovens deve ser acompanhada de nova mentalidade; país lusófono aspira graduar para economia de rendimento médio.
Mais de 5 mil participantes na 5ª Conferência das Nações Unidas sobre Países Menos Desenvolvidos, LDC5, debateram respostas inovadoras aos desafios enfrentados pelo grupo de 46 economias.
O representante da ONU em São Tomé e Príncipe, Eric Overvest, esteve na semana de eventos em Doha, Catar. Ele disse que o envolvimento do setor privado vem crescendo no país lusófono que mira graduar para economia de renda média.
Desenvolvimento
O chefe da ONU em São Tomé e Príncipe fez as declarações à ONU News durante o encontro que juntou representantes de governos, do setor privado, da sociedade civil, de parlamentares e de jovens.
Para o contexto são-tomense, Eric Overvest diz entender que estes grupos devem atuar sempre coordenados. Essa parceria deve ser aliada à boa vontade e ao compromisso para prosperar.
Como exemplo, ele afirmou que a aposta na agricultura “não se deve basear apenas na exportação de matérias-primas”, mas também na sua transformação em produtos acabados. Ele lembrou que o país é um forte exportador de cacau, feijão, baunilha, coco e óleo de palma.
Eric Overvest defende que é preciso assegurar o certificado biológico e ecológico para agregar valor e garantir o nicho das exportações são-tomenses. A mesma aposta deve ser abraçada pelos pequenos Estados insulares que queiram diversificar as fontes de crescimento.
Mentalidade
Para o chefe da ONU em São Tomé e Príncipe, um dos maiores desafios é a mudança de mentalidade. O grupo de nações deve contar com as próprias fontes de crescimento para sustentar os sistemas de proteção social, setores sociais e garantir o cumprimento das metas globais.
Em segundo plano, Overvest apontou que deve melhorar a capacidade de implementação de programas de desenvolvimento com ações e medidas em longo prazo.
Em terceiro, ele apontou o desafio da imigração. O coordenador da ONU disse haver muitos são-tomenses em busca de oportunidades no exterior quando internamente faltam recursos humanos para apoiar o desenvolvimento.
Por fim, Overvest mencionou a vulnerabilidade das pequenas ilhas face às alterações climáticas. Recentemente, São Tome e Príncipe enfrentou danos na economia devido a eventos extremos.
Tempestades, inundações e chuvas fortes em dezembro causaram perdas repentinas entre 6% e 7% do Produto Interno Bruto. Para Overvest, esse episódio mostra que é preciso que o mundo considere as particularidades das pequenas ilhas, dos Estados em desenvolvimento e o impacto das mudanças climáticas.
© UNICEF/Vincent Tremeau
Vantagens comparativas competitivas
O chefe da ONU em São Tomé e Príncipe acredita que os países menos desenvolvidos possam avançar e reduzir a pobreza investindo mais fortemente na economia e nos setores de crescimento com vantagens comparativas competitivas.
Ele destaca que estas medidas podem ser maximizadas agregando valor aos produtos de exportação e criando postos de empregos.
Mas esse processo deve passar pela análise econômica dos pontos fortes e fraquezas, do compromisso ao mais alto nível, da boa vontade e do empenho de políticos em apostar em setores onde haja potencial de crescimento.
paulo canela
15 de Março de 2023 at 16:11
O sao tome devia ter toda ilha e consequentemente todos os productos agricolas designados – BIOLOGICOS – ou em ingles – ORGANIC – Essa deveria ser a prioridade para o ministro da Agricultura… Nunca fazem nada! incrivel.. Sim pode se caro mais o beneficio seria tangivel…. NADA…