O Banco Africano de Desenvolvimento prometeu reforçar o seu apoio ao processo de desenvolvimento de São Tomé e Príncipe. O anúncio foi feito, na quarta-feira, pelo representante residente do BAD para São Tomé e Príncipe e Angola, após reunião com o primeiro-ministro, Patrice Trovoada.
Pietro Toigo avançou que o envelope financeiro que está a ser preparado para o país, só será fechado em setembro. Altura em que será anunciado às autoridades o montante a ser desbloqueado por esta instituição financeira pan-africana.
«Ainda não temos os números definitivos, mas estamos a olhar para um aumento significativo do apoio financeiro às ilhas» disse.
BAD assegurou, o apoio ao Orçamento Geral do Estado para o presente ano económico bem como para a urgente reforma no sector energético nacional.
«Temos aqui equipas técnicas que estão a trabalhar em duas operações de apoio. Uma especificamente virada ao programa de apoio ao investimento do governo, através do orçamento geral do estado, e outra apoiando algumas das medidas essenciais para melhorar a gestão no sector de energia», frisou o representante do BAD.
O Banco Africano de Desenvolvimento exige, no entanto do governo, maior transparência do Orçamento Geral do Estado e medidas urgentes para aumentar a capacidade de arrecadação de receitas.
E na matéria de receitas, Pietro Toigo apontou dedo à Empresa de Água e Eletricidade. A reforma urgente do sector da energia é a prioridade do BAD «Antes de falarmos da privatização da EMAE temos que pô-la em condições de poder funcionar. São intervenções urgentes, algumas serão duras e vão exigir coragem política: todos têm que pagar a energia» – vincou.
O representante do BAD deixou claro que a coragem política tem de passar também pela actualização das taxas de energia cobradas pela EMAE. Uma medida essencial para sanear o défice que se regista na empresa de electricidade.
José Bouças.
Manuela Pedroso
29 de Junho de 2023 at 21:17
Minhas felicitações ao BAD
Obrigado por ter selecionado a energia. No entanto, o problema de energia em STP deve-se a falta de capacidade de gestores de EMAE de fazerem uma verdadeira gestão da empresa. Os gestores de EMAE pensam que fazer gestão da EMAE consiste apenas em fazer a cobrança das facturas, pagarem salários elevados aos chefes, uma empresa que possui grandes dificuldades, mas que está cheio de chefes. Chefes mais chefes e a luta no interior da EMAE é ser chefe, porque os chefes têm regalias absurdas.
Alguns engenheiros da EMAE também não entendem muito da energia. Não é possivel aceitar que o Banco Mundial financie um projecto de energia no Contador de vários milhões de dólares e que não dão prioridade a produção de energia, mas sim, à algumas obras paleativas que não vão aumentar em nada a capacidade de produção da central. Isto só pode ser coisas de doidos.
Não vale a pena aumentar a taxa de pagamento de energia, pois isto não resolve nada. Quanto mais se pagar, mais será o salário chorudo dos ditos engenheiros incompetentes, salários chorudos dos diversos directores e chefes que foram criadas na empresa. EMAE está a rebentar-se pela costura, pois no Governo anterior, todos os militantes que fizeram campanha, foram encaixadas na EMAE e são umas quantas dezenas. Por isso não deve ser o povo a pagar por isso.