Política

Ex-Ministro da Defesa Óscar Sousa homenageado pelo Presidente da República no dia das FASTP

No dia das f024.jpgorças armadas de São Tomé e Príncipe, o Presidente da República e Comandante Supremo das forças, fez questão de homenagear publicamente o tenente-coronel Óscar Sousa(na foto), antigo Ministro da Defesa e Ordem Interna de 2003 à 2008. Segundo Fradique de Menezes, as forças armadas, os órgãos de soberania e o povo são-tomense devem muito ao tenente-coronel, que conseguiu repor a cadeia de comando, o respeito e a camaradagem no seio das forças armadas.

Quando aconteceram as movimentações dos militares são-tomenses, em 1974 para acalmar os ânimos da população ansiosa pela independência nacional, e que culminaram com a morte por acidente de viação do soldado Paulo Ferreira, no dia 6 de Setembro daquele ano, Óscar Sousa, mais conhecido por Oscarito, era Furriel do exército.

Segundo o Presidente da República, o homem que é considerado como decano dos ministros na primeira república, tendo ocupado primeiramente a pasta da defesa e segurança, e mais tarde o pelouro da agricultura, acabou por sê-lo também na segunda República. Foi ministro das infra-estruturas no início da década de 90 e recentemente, ou seja de 2003 até 2008 novamente ministro da defesa e ordem interna.

Fradique de Menezes que se viu confrontado com as forças armadas descontentes e sem mando, após o golpe de estado de 2003, pediu ao ex-ministro para abandonar a sua vida privada e novamente dedicar-se a causa nacional. «Foi contactado em fins de Julho de 2003, para pegar no sectore da defesa e ordem interna, e ajudar-nos a introduzir uma nova dinâmica no sector permitindo repor a cadeia de comando o respeito e a camaradagem. Depois de muita hesitação e reflexão este homem aceitou como grande patriota sacrificar a sua vida privada e familiar e retomar a chefia de um ministério que ele conhecia bem», confessou o Chefe de Estado.

Os cinco anos a frente do ministério da defesa e ordem interna, serviram para provar a competência do tenente-coronel na gestão da instituição militar. Diversas turbulências tiveram lugar envolvendo as forças armadas. «Tanto a instituição forças armadas como os órgãos de soberania, como o povo são-tomense em geral, devemos muito a si senhor tenente coronel Oscarito. Como Presidente da República, Chefe de Estado e Comandante Supremo das Forças Armadas, quero fazer aqui e neste momento o reconhecimento público ao senhor tenente-coronel Óscar Aguiar Sacramento e Sousa, pela forma como soube conduzir os destinos desta grande corporação com rigor e disciplinas próprias, que caracterizam a vida militar num espírito republicano e de subordinação as instituições democraticamente eleitas como é próprio de um estado de direito democrático. Muito obrigado companheiro e amigo Oscarito», afirmou Fradique de Menezes.

O Presidente da República garante que Óscar Sousa, deixou a liderança política do sector da defesa, com a missão cumprida.

Pelo que o Téla Nón apurou o oficial superior das forças armadas continua a trabalhar como assessor do ministério da administração interna e territorial. Talvez por isso, na homenagem pública feita diante das várias unidades das forças armadas que desfilaram no campo do quartel-general, o chefe de estado tenha dito ao tenente-coronel Óscar Sousa que «estaremos sempre juntos na defesa da soberania e da integridade territorial do nosso país, na defesa da democracia e pela disciplina e mando», concluiu.

Óscar Sousa, deixou a pasta de ministro da defesa e ordem interna, após a queda do governo de Patrice Trovoada, personalidade com a qual conversou animadamente durante a cerimónia de juramento de bandeira. Ambos estavam sentados lado a lado.

A ascensão do MLSTP/PSD ao poder, sob a liderança de Rafael Branco, tornava impossível a continuidade de Óscar Sousa no governo, ainda mais quando ele mesmo, acusou o actual partido no poder ou individualidades ligadas ao MLSTP/PSD de ter estado por detrás da revolta do corpo de intervenção da polícia nacional, e mais ainda, do nome do partido estar ligado a uma alegada intentona golpista.

Abel Veiga

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