Presidente Santomense exige maior atenção da Guarda Costeira para fazer face as ameaças e os riscos que o mar apresenta
É o primeiro aniversário celebrado após os acontecimentos de 25 de Novembro. O palco, o mesmo, onde 4 cidadãos foram torturados até à morte na sequência de uma alegada tentativa de golpe de estado. Dois discursos, nenhuma referência ao sucedido.
O chefe do estado-maior das forças armadas preferiu destacar a prontidão dos militares perante os desafios da atualidade.
«Estamos apostados na formação e treino dos nossos efectivos de forma a estarmos prontos a enfrentarmos com mestria os problemas de hoje e os desafios de amanhã, um amanhã muito imprevisível» – destacou o brigadeiro-general, João Pedro Cravid, chefe do Estado-maior das Forças Armadas.
O presidente da República e comandante supremo das forças armadas evocou a necessidade de avançar com as reformas em curso no seio da instituição castrense, alertou para os desafios que ultrapassam as reais disponibilidades do país e apelou para o entendimento e a convergência de esforços na procura de soluções.
Mas, é no denso mar territorial onde se centra a maior preocupação de Carlos Vila Nova.
«Os desafios que nos são impostos dada a nossa condição descontinuada de ilhéus, com uma extensa zona marítima, exigem maior atenção da Guarda Costeira. Pois, a multiplicidade de ameaças, riscos e de oportunidades que o mar apresenta, confronta-nos com a necessidade de sermos criativos na busca de soluções partilhadas quer aos níveis sub-regional regional e internacional».
Para o presidente da república os desafios como a pirataria marítima, o terrorismo, a pesca ilegal e não declarada, o tráfico de drogas, de armas e de seres humanos, bem como a poluição e outras formas de ilícitos, exigem das forças armadas, particularmente da Guarda Costeira, redobrada atenção e prontidão.
José Bouças