Política

Cabo Verde e São Tomé e Príncipe con(s)certam parceria envolvendo Luxemburgo

Agressiva no bom sentido do termo, a diplomacia cabo-verdiana, pisa o acelerador a fundo empurrando São Tomé e Príncipe para a materialização de uma parceria estratégica assente no desenvolvimento de várias áreas de cooperação, com destaque para a implementação de uma nova agricultura que deverá abastecer o mercado cabo-verdiano e aumentar o rendimento dos agricultores são-tomenses.

José Maria Neves Primeiro Ministro e Chefe do Governo cabo-verdiano, esteve em São Tomé na última terça – feira. Foi a quarta vez que o dirigente cabo-verdiano visita São Tomé nos últimos 3 anos.

Prova evidente do interesse do executivo de Cabo Verde, em implementar com o governo são-tomense um pacote de projectos de cooperação que abre uma nova era nas relações bilaterais. A diplomacia activa e agressiva cabo-verdiana foi mais longe. Conseguiu convencer o governo do Luxemburgo a envolver-se no projecto de desenvolvimento da nova agricultura em São Tomé e Príncipe.

De regresso de uma visita a Angola, José Maria Neves decidiu escalar São Tomé, para conversar com o novo Primeiro-ministro Patrice Trovoada. Foram 40 minutos mesmo na sala VIP do aeroporto internacional de São Tomé. Os dois primeiros-ministros fizeram o balanço da cooperação bilateral e perspectivaram o futuro. «Temos a cooperação tripartida nomeadamente, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Luxemburgo que é extremamente importante sobretudo na área do ambiente, na área da agricultura e desenvolvimento rural», afirmou José Maria Neves.

Neste capítulo Cabo Verde conseguiu abrir uma linha de financiamento junto ao governo de Luxemburgo para implementação do projecto da nova agricultura. Os agricultores são-tomenses vão ser formados na perspectiva de desenvolverem culturas para exportação. Os cofres do Executivo de Praia já receberam luz verde para desbloquear mais de 200 mil euros para dar início ao projecto, que contempla fornecimentos de adubos e outros insumos, sementes, bem como a produção de ração animal para incremento da pecuária.

Cabo Verde posiciona-se também como um dos mercados para escoamento da produção agrícola são-tomense. Já assinou com o anterior executivo um acordo fitossanitário para o efeito, tendo definido a lista de produtos que deverão ser exportados para alimentar sobretudo o sector turístico cabo-verdiano em franca ascensão. Um projecto que pode contribuir para a redução da pobreza no meio rural.

Mas a cooperação bilateral não se resume ao sector da agricultura. «Na área da educação e formação profissional, temos estudantes de São Tomé em Cabo Verde e queremos incrementar essas acções de cooperação», reforçou José Maria Neves.

Patrice Trovoada, o novo Primeiro-ministro que na campanha para as eleições legislativas dançou tchabeta, ou pelo menos tentou dançar, numa das comunidades agrícolas do país, está convencido que as relações bilaterais não vão ficar por palavras. «Fico convencido de que vamos realmente avançar com projectos concretos. O Primeiro-ministro falou da cooperação tripartida. Nós apostamos nela, é uma oportunidade que Cabo Verde trouxe para São Tomé e Príncipe e vamos corresponder», declarou Patrice Trovoada.

A experiência governativa de Cabo Verde, é outro valor para o executivo são-tomense. «O Primeiro ministro de Cabo Verde é um homem experiente e temos muito a apreender com a sua experiência de governação. Vamos continuar a estreitar essas relações, vamos continuar a aprofunda-las, e sobretudo dar exemplos muito concretos para que os povos e sobretudo a comunidade cabo-verdiana em São Tomé e Príncipe fique mais confiante na evolução dessas relações e nos reflexos que vai ter no apoio a sua vida quotidiana nomeadamente no meio rural», concluiu, o chefe do governo são-tomense.

Segundo Patrice Trovoada a conversa com o seu homólogo cabo-verdiana foi muito produtiva.

Abel Veiga

46 Comments

46 Comments

  1. Franz K

    2 de Setembro de 2010 at 9:01

    Temos muito a aprender com CV, sim!
    E devemos deixar os maus sentimentos que infelizmente alguns nutrem pelos cabo-verdianos de lado.
    Estes sentimentos não se justificam. Porque CV já deu provas que com o trabalho, humildade, saber e pragmatismo podemos chegar longe.
    Somos povos irmãos. Mas STP ficou muito tempo com a ideia de que CV era o nosso parente pobre, ao contrário de Angola, e sempre considerou erradamente CV como daqueles irmãos que sendo pobre não se devia dar muita confiança.
    Mas CV cresceu, conheceu o mundo e está agora a nos estender a mão. Espero que sejamos humildes o suficiente para receber de bom grado este auxílio.

    • Zovirax

      2 de Setembro de 2010 at 12:23

      Concordo plenamente contigo franz k.

    • 2 de Setembro de 2010 at 17:47

      “CONSERTAM” com “s” !!!

    • Faustão

      2 de Setembro de 2010 at 16:49

      Fico satisfeito em ler o teu comentário. Bem haja.

    • Filho da mae

      2 de Setembro de 2010 at 17:44

      “CONSERTAM”!!! ou CONCERTAM ???

  2. Celsio Junqueira

    2 de Setembro de 2010 at 9:34

    Caros,

    Ai esta um PM agil e dinâmico com sentido de Estado e objectivo.

    Não perde muito tempo e move-se pelos resultados.

    Realmente precisamos urgentemente de “Mudança” no “modus operandi” da acção governativa.

    Se aprendermos com Cabo Verde a ser diligentes, práticos e objectivos já ganharemos só por si.

    Esta intenção é muito boa porque vem dinamizar e diversificar as exportações tanto a nivel de produto como de parceiros (novos mercados e fontes de receitas).

    A luta contra a pobreza e o subdesenvolvimento faz-se com acção e não discursos.

    Abraços,

    • sydnei

      2 de Setembro de 2010 at 12:33

      concordo com tigo….
      temos muito que aprender com cv que começou pior que nos hoje esta muito melhor que STP…mas esperamos que o novo governo muda tudo …de preferencia algumas coisa tais como acurdos de ladroes..e pude pra melhor

  3. jp

    2 de Setembro de 2010 at 10:27

    Cabo Verde sim, acho que esses têm muito a nos oferecer…
    Devemos estreitar a relação com Cabo Verde em todos os dominios sobretudo na boa governação !

    • sydnei

      2 de Setembro de 2010 at 12:35

      isso ér verdade n só na governação mas tambem na boa vontade e n ser corruptos e ladroes
      dveriam ir a cv aprender algumas aulas de boa maneira e boa governação…forma

  4. Pleto

    2 de Setembro de 2010 at 10:28

    Realmente temos que ser humildes e aprender muito com os irmaos de CV. Hoje CV é uma realidade e é um país com muita credibilidade ao nível internacional.

    Eles trabalharam e trabalham muito para chegar a esse nível, é um povo com amor a terra a cima de tudo. Corrupçao existe em todo lado, mas trabalhar para o bem comum é obra de todos.

    Político santomense so pensa na campanha e vida fácil,e infelizmentente o povo também entrou nessa dinamica. Ora, para um país ou mesmo uma empresa funcionar e crescer, é preciso traçar objectivos/metas,prestar contas, tornar as coisas claras etc…

    Acredito que STP poderá chegar o nivel do desenvolvimento de CV ou mais,mas para isso tem que trabalhar muito em todo sentido, moralisar a sociedade a cima de tudo que ha um caminho longo a percorrer,transmitir ao povo que o estado está presente para ajudar e nao para complicar.

    «É PRECISO CRIAR UMA IDENTIDADE NACIONAL»

    O cidadao precisa sentir o apoio e presença do estado(dentro e fora do país), as empresas,empresários,turistas,comunidade internacional,etc.. precisam sentir que STP é realmente um país com lei,justiça,igualdade para todos.

    É a hora de colocar STP na rota do desenvolvimento, colocar STP no mapa.Muita gente nao sabe onde fica STP, mesmo em Portugal :).

    • António Veiga Costa

      2 de Setembro de 2010 at 23:09

      Pleto, boas considerações.
      Uma das coisas que me incomodam em São Tomé e, a meu ver, penso absurda é a carga laboral. Principalmente do comércio.
      Num país pobre(miserável mesmo) como o nosso, como é possível a população achar que pode trabalhar tão poucas horas.
      Como vamos desenvolver o turismo se o país fecha, literalmente fecha, fica paralisado por 3 longas horas na metade do dia? O que os turistas devem fazer nesse período? Ir dormir também ou peregrinar por um país que se transforma em “cidade fantasma”? No mundo dos negócios tempo é dinheiro!

    • Pleto

      3 de Setembro de 2010 at 9:40

      Também concordo com as tuas palavras, é preciso muito trabalho e organizaçao para colocar STP na rota do desenvolvimento.
      Axo que os sucessivos governos e governantes teimam em nao aprender com os erros, e continuam na mesma onda e deixa andar.
      É preciso uma estratégia para STP, esse é um trabalho de todos,sociedade civil e estado precisam repensar o que pretendem para STP.

      Por exemplo «FALTA DE ENERGIA», é um assunto de extrema importancia para qualquer país. Agora pergunto, sem luz vamos produzir o quê,empresas funcionam sem luz? De que adianta ter meios humanos na empresa se n ha luz?
      É um tema para o novo governo atacar e tentar resolver de uma vez por todas.

    • Celsio Junqueira

      3 de Setembro de 2010 at 10:34

      Plenamente de acordo!
      Que o PM PT te oiça!

      Abraço,

  5. Zeca Jamba

    2 de Setembro de 2010 at 10:53

    Nao sei porqueh o senhor Joseh Maria Neves insiste em conservar os caboverdianos em S. Tomeh uma vez que sao maltratados “caso de direitos humanos”,citamos aquele dirigente.
    Cabo Verde eh uma nacao rica e deve ter condicoes de tratar bem os seus. Como STP nao tem essas condicoes, ele que leve os caboverdianos para Cabo Verde e lhes deh condicoes humanas. Nao conheci nenhum santomense que eh Director em Cabo Verde. Aqui em S. Tomeh, muitos caboverdianos ja foram ateh ministros. Ateh houve candidato a Presidencia da Republica. Um descendente de caboverdianos sai de S. Tomeh para Cabo Verde quando chega la ja nao eh caboverdiano. Eh considerado santomista. Esta eh a pura realidade. Ha um problema de complexo talvez racial que nao entendo. Somos povos crioulos, insulares mas pelo facto de terem uma percentagem de gente mais clara pensam que sao de outro planeta. Nem peixe nem carne. Sao o queh?

    • sydnei

      2 de Setembro de 2010 at 12:39

      meu carro amigo ZECA esta a ser ingrato…
      nunca os santomense matratou carverdiano..n confunde alho e brogalho..
      ok
      o governo se n faz nada por carverdiano em STP n é os santomense que é culpado devria ver melhor antes de fazer essas pouca vergonha aqui…se n sabe pergunta primeiro ko

    • António Veiga Costa

      2 de Setembro de 2010 at 23:11

      Zeca Lamba,
      é apenas uma questão de competência!

  6. Zeca Jamba

    2 de Setembro de 2010 at 11:00

    Caro Franz K, nao queremos que nos estendam as maos. Temos que cooperar em pes de igualdade e temos todas as condicoes para faze-lo com Cabo Verde.

    • FC

      2 de Setembro de 2010 at 11:35

      Infelizmente, não estamos em pé de igualdade…, Caro Zeca Jamba!

    • Franz K

      2 de Setembro de 2010 at 12:08

      Caro Zeca Jamba,

      Deixe-se disso da cor da pele, penso que isto não é para cá chamado.
      Quando o PM de Cabo Verde, se preocupa em buscar parceiros de cooperação (terceiros) para implementar um intercâmbio comercial em STP e CV é porque ele sabe que isto irá ser benéfico para os dois povos. Sobretudo para a resolução dos problemas que os descendentes de CV em STP encontram de um lado como do outro.
      É claro para ele que os cabo-verdianos antigos contratados e os seus descendentes devem ficar em STP. Porque eles não têm lugar no CV de hoje, nem CV tem condições para os ter lá, infelizmente. E STP tem condições mínimas para os manter cá. O que o homem quer é melhorar as condições destas pessoas mantendo-as cá.
      Em alturas de campanha, como esta em CV, este PM apareça a fazer as suas intervenções, algumas infelizes como foi do caso que refere no seu post anterior, mas isto é política, apenas para colher votos.
      Penso que o PM de CV está legitimamente preocupado com os seus ditos “conterrâneos” em STP. Do meu ponto de vista acho que são mais são-tomenses que cabo-verdianos, mas pronto…
      Indo a questão de estender a mão, não sei onde o meu amigo se vive actualmente, mas se vive fora de STP, em Portugal por exemplo, muita gente vê STP como ilhas de CV. Sabia disso?
      Eu tenho orgulho em ser são-tomense. Mas não é por isso que não deixo de ver a realidade nua e crua como ela é. Não estamos em pé de igualdade com CV. Temos muitas coisas que eles não têm, mas eles também têm algumas coisas que não temos, sobretudo do ponto de vista humano.
      E ao nível de desenvolvimento, estão alguns patamares acima de nós. E não vejo o estender a mão a nível apenas desta notícia, há muitas outras coisas que se passam entre CV e STP, que não aparecem nos jornais.
      Não é a toa que as vezes aparecem por cá técnicos de CV para resolverem problemas em STP. Em alguns casos, são até problemas que os nossos técnicos podem resolver, mas devido a nossa natureza mesquinha, vem o estrangeiro facturar.

      Cmpts

  7. Madalena

    2 de Setembro de 2010 at 11:31

    As palavras ditas e ouvidas de ambos encorajam o povo das ilhas. Os povos das Ilhas querem um poema diferente.
    o 1º passo para efectivação de qualquer projecto deve ser a instalação de um serviço consular em cabo verde, não se pode admitir que para ir a Saotome o visto é dado no aeroporto ao preço de 65 Euros ou coisa parecida.
    ja é tempo de assumirmos que tbém somos criolos.
    2º passo é colocar cada galo no seu poleiro, cada um da contribuição no ambita da sua competência e nada de ocupar lugares dos outros, só assim chegaremos o nivel de cabo verde, com crescimento economico e depois o desenvolvimento. Sem crescimento economico não há desenvolvimento. Um bem haja aos 1ºs Ministros de cabo verde e de Sao Tome e Principe.

  8. Madalena

    2 de Setembro de 2010 at 11:50

    Entre os paises de lingua oficial portuguesa, onde se muito bem, são os caboverdianos. Ninguém tem duvida disto, falta-nos assumir a nossa criolidade, somos todos criolos.
    Não há forro que não tenha um parente, portugues, angolano, guiniense, etc ou um ou outro. Por isso vamos trabalhar. O s caboverdesnos foram enganados em STP, eu depois dou uma pista sobre o que penso.
    Vamos la ver, são caboverdeanos, filhos de caboverdeanos, registados no consulado de cabo verde em Sao tome, mas em Cabo verde não constam, nos registos centrais que são caboverdeanos. Em que ficamos? requerem uma certidão em cabo Verde, nunca conseguem!!
    Quem tem a Culpa?
    não foi feito o lançamento dos registos, nos serviços centrais em CAbo Verde. Muitos estão em cabo verde como estrangeiros na sua propria terra, terra dos paises. São portadores de BI de cor Azul. Penso que a cor do BI de Cabo verdeano é amarelo, como o nosso. Certo!!!
    Em que ficamos?

  9. Carlos Ceita

    2 de Setembro de 2010 at 12:49

    Caro Zeca Zemba compreendo o seu posicionamento não conheço casos de descriminação de saotomenses em Cabo Verde mas há existir é grave. E cabe aos nossos representantes agir e exigir reciprocidade tal como faz o Jose Maria Neves que vai ao encontro dos seus cidadãos. (Um PM ágil e dinamico que falou o Celso Junqueira. Apercebendo-se da mudança do governo em STP JM Neve venho imediatamente conversar com Novo Governo para não deixar morrer os acordos firmados). Mas meu caro Zeca Zemba os nossos infelizmente não se dão ao respeito e ainda tem a lata de propor a criação de colónias de saotomenses no estrangeiro. Toda esta pouca vergonha é a consequência de ausência de amor a pátria como disse e bem pleto. Temos rapidamente desde topo ao mais elementar cidadão mudar a nossa mentalidade tacanha e cultivar a sério um verdadeiro exercício de cidadania.
    Será que a viagem relâmpago do Jose Maria Neves a STP poderá querer dizer até que enfim STP tem um governo a sério em que se pode trabalhar?

    • Celsio Junqueira

      2 de Setembro de 2010 at 16:24

      Meu Caro CCeita,

      Antes de mais felicitar as suas intervenções aqui neste espaço como sempre com muita clareza e sugestões interessantes.

      Quanto a pergunta: Será que a viagem relâmpago do Jose Maria Neves a STP poderá querer dizer até que enfim STP tem um governo a sério em que se pode trabalhar?

      Penso que parcialmente se poderá inferir isso, mas conhecendo a forma de trabalhar dos governantes caboverdianos, fico mais com a ideia de convém lembrar ao novo governo de STP o andamento da situação e ouvir deles o que têm a dizer sobre estes novos desenvolvimentos neste processo.

      Ou seja, levam a sério o servir a causa pública de uma forma profissional. O que está em causa é a sobrevivência e a possibilidade de melhoria de vida dos seus irmãos Caboverdianos-Santomenses.

      Quanto mais rapido e bem feito, melhor. Estamos a lidar com pessoas, vidas e sonhos. E mais os governantes sabem que estão a trabalhar para quem os elegeram e pagam-lhes os ordenados. O patrão dos politicos caboverdianos são o seu próprio povo-eleitor. E cabe aos eleitos resolverem os problemas dos eleitores e não o contrário.

      Abraço,

  10. Carlos Ceita

    2 de Setembro de 2010 at 12:52

    (Um PM ágil e dinâmico tal como falou o Celso Junqueira. Apercebendo-se da mudança do governo em STP JM Neve veio imediatamente conversar com Novo Governo para não deixar morrer os acordos firmados–> Rectificando a frase anterior

  11. kimposso

    2 de Setembro de 2010 at 12:56

    Referindo-se a dinamica e progressiva diplomacia Caboverdeana na arena internacional, Sao Tome e Principe pode e deve implementar este tipo de agressividade, no bom sentido, para ir em busca daquilo que realmente faz falta ao povo.Temos muitos meandros que poderao ser explorados.
    Eh muito importante este tipo de accao conjunta e que a cooperacao se fortaleca.
    Afinal de contas temos muito que aprender com Cabo-Verde.

  12. Puppet

    2 de Setembro de 2010 at 15:21

    O Homem São Tomense (homens e mulheres) são cabeça dura,zero humildade, ignorância absoluta e por conseguinte não sabe fazer nada em concreto. STP só vai pra frente quando o Santomense mudar o seu mindset, e adquirir a capacidade de aprender e deixar de dar na vista como forma de promover a sua incapacidade.

  13. amoraterra.

    2 de Setembro de 2010 at 15:23

    obs:eu estive em cabo verde de transito no inicio desse ano 2010, pode constatar durante 6 dia que la estive, tem muitos descendente cabo verdiano que nasceram em em Stp e depois voltaram para cabo verdiano que os cabo verdiano consideram como santomense, independentemente de ter nacionalidade ou ser filho de cabo verdiano q nasceu em stp é santomese.

    Atitude do PM de cabo verde, é se de elogiar, isso mostra o quanto o Governo desse pais se precupa com bem estar desse povo.O nosso governo deveria seguir do exemplo.

  14. hugo

    2 de Setembro de 2010 at 16:46

    Boa, muito bom

  15. Filho da terra

    2 de Setembro de 2010 at 23:55

    Considero esta cooperação entre os dois paises insulares do palop como um dos principais setores de cooperação onde ambos poderão no futuro colher frutos. Visto que o nosso potencial climatérico constitui fragilidade para CV, assim sendo junta-se a capacidade e a imagem do governo caboverdiano de mobilização de recursos á boa terras agravéis das ilhas maravilhos. Os caboverdianos poderão ter frutas frescas e legumes na sua cesta basica e os santomenses aumento da renda das comunidades agraria. Pessoalmente, considero que os dois PM têm perfi, visão politica mto parecido, têm tudo pra dar certo. Que vença os que mais necessitam. VIVA os PALOP.

  16. Digno de Respeito

    3 de Setembro de 2010 at 2:40

    Li os cometários que genericamente revelam o nosso crescimento enquanto santomenses. Tenho a dizer-vos que a cinergia aqui criada parece ser multiplicador e bastante positivo. A nossa caminhada é longa mas, havemos de alcançar o que cada santomense anseia: prosperidade.

    É essa prosperidade que o PM da CV procura para o seus considadãos (dentro e fora do País). Essa visita relêmpago, para traduz maturidade e a capacidade de diálogo. E porque o “amanhã começa hoje” o PM da CV observou e analisou e propôs solução. É o pragmatismo. O caminho onde muitos econtra(r)am dificuldades, o actual PM aponta a luz. Resta saber que estratégia utilizar para o melhor proveito dessa cooperação trilateral.

    Embora não se consiga “banhar na mesma água do rio” (cito um dos pensadores do passado) mais de uma vez, acredito que ainda vamos á tempo de recuperar o tempo perdido com pragmatismo, dinamismo, respeito mútuo e muito trabalho e satisfação ao eleitorado…

  17. Digno de Respeito

    3 de Setembro de 2010 at 2:42

    Digo: “relâmpago”

  18. Arlindo Borja

    3 de Setembro de 2010 at 12:23

    Sou Sãotomense e trabalho em CV, temos muito que aprender com os CV, Viva a cooperação entre esses dois povos irmão.

  19. MARIO TEIXEIRA

    3 de Setembro de 2010 at 16:11

    A presença do PM de CV no nosso País é bem vinda. Que venham mais com boas ideias para ajudar-nos a tirar o nosso lindo e rico País do marrasmo em que se encontra.No meu intender o reforço de cooperação com o nosso vai trazer vantagens, porque o caboverdianos ou descendentes que já vivem muitos anos e alguns que nasceram em S.Tomé terão a oportunidade de fazer o que eles mais gostam. Com a chuva abundante que o nosso País tem, que tudo que se planta dá…haverá trabalho e ao escuarmos os mesmos produtos para exterior, contituirá entrda de divisas para desenvolvimento de S.Tomé e Principe. PM de CV foi muito inteligente com essa sua brilhante ideia e congratulo-me com ele.

  20. António Martins Gomes

    3 de Setembro de 2010 at 17:13

    O que São Tomé e Príncipe deve passar a priorizar como condição essencial ao seu desenvolvimento- duas coisas: ser credível e útil aos olhos da comunidade internacional (…) O dicionário Universal da língua portuguesa define especulação como sendo – investigação teórica, puramente racional; exploração, burla, etc. Ora, analisando este artigo sobre uma hipotética parceria tripartida, vamos considerar especulação como sendo – investigação teórica, puramente racional, o que equivale dizer, na mesma óptica, que especular é meditar sobre qualquer matéria e fazer dela estudo teórico, o que pressupõe que qualquer ser humano racional é um especulador. Reunidos os elementos necessários para um melhor esclarecimento sobre o significado dessa parceria (também especulação), várias ilações são possíveis concluir sobre tal parceira (Cabo Verde/São Tomé e Príncipe/Luxemburgo). Ainda mais na óptica de uma NOVA AGRICULTURA E AUMENTO DE RENDIMENTO DOS AGRICULTORES SANTOMENSES! Afirmativamente, que os resultados a longo prazo não contribuirão para equilibrar a balança comercial dos “palopianos”. Retomando os temas clássicos da teoria política, desde Maquiavel e Kant, até os institucionalistas contemporâneos, tenderia a apresentar o mundo em termos do “dever ser”. Outra de tipo empírico e prático preferiria analisar o mundo não como gostaríamos ou desejaríamos que ele fosse, mas tal como ele é, o mundo das coisas como elas são, cujas imperfeições, aliás, não surpreenderiam os actuais defensores das teorias realistas e neo-realistais da ciência política contemporânea. Essas duas abordagens correspondem, grosso modo, às duas vertentes possíveis de aproximação a questão de tal parceria, segundo a perspectiva de quem se deixa levar nesse tipo de jogo “político”. Por conseguinte, o académico, por exemplo, faria uma análise com base em pressupostos lógicos, expressando uma racionalidade intrínseca a um sistema internacional tido por “ideal”, ou desejável. O diplomata é obrigado a trabalhar com os dados da realidade, deixando os pressupostos de lado e enfrentando a trama das relações internacionais como ela é, não como ele gostaria que fosse e os políticos? Buscam tirar dividendos políticos a todo o custo, com todos os inconvenientes do unilateralismo e da arrogância. Na verdade, todas essas vertentes combinam e se encontram no esforço analítico, de um lado, no trabalho prático, de outro, pois assim como o primeiro tem de contar com os dados da realidade para sustentar suas tentativas de generalização e de sistematização prescritiva, os restantes precisam organizar e apresentar esses mesmos dados da realidade segundo alguns ordenamentos lógicos, com o objectivo de buscar caminhos práticos para construir uma nova realidade, mas próxima do ideal ou do desejável. Sim, vamos continuar a especular! A questão dos contratados- dos cabo-verdianos aí residentes poderá dar lugar a um estudo do caso, a primeira falha foi aquando do Acordo das nossas independências…essa questão bastante complexa não foi tido em conta nos termos do Acordo pelos então protagonístas!

    • Euclides Smith de Lima

      5 de Setembro de 2010 at 11:32

      Meu irmão, li na diagonal e percebi que você tem “luzes” sobre a matéria das ciências da humanidade, pois, utiliza no seu discurso uma linguagem académica.

      Assim sendo, gostaria de perceber qual é o seu parecer para a solução da questão dos ex-contratados cabo-verdianos em São Tomé e príncipe, já que historicamente o problema não foi visto aquando “das nossas independências”, além do caso de estudo por si proposto.

      Do meu ponto de vista, é de se ultrapassar esta questão, na medida em que os cabo-verdianos e seus descendentes que se encontram em São Tomé e Príncipe devem ser considerados são-tomenses, uma vez que já está em curso a formação da 4.ª geração desses cidadãos em São Tomé e Príncipe.

      Por razões históricas, encontra-se enraizada na sociedade são-tomense nomes de famílias de origem comum com mais de um século entre Cabo Verde e São Tomé e Príncipe, portanto, anterior aos contratados cabo-verdianos.

      Por conseguinte, considero a aproximação dos dois actuais Primeiros-ministros desses países, um sinal positivo na busca de harmonia entre irmãos para o bem comum.

      Bem-haja.

      Euclides Smith.

  21. LINO_Caboverdeano estudando no Brasil

    3 de Setembro de 2010 at 23:35

    Pessoal, li os comentários acima e tive que me conter para, não deixar as lágrimas cairem.
    Quero dizer pra vocês, que é com pessoas assim (que reconhecem a situação atual- isso é o ponto de partida), que São Tomé e Principe terá um futuro condigno. Porque o que mais STP possui é: potencial humano(tenho colegas Sãotomenses aqui na Universidade, por isso sei do que falo), Potencial agricola bem superior a de Cabo Verde e a força de Africanos e Africanas.
    o Pleto disse: “Político santomense so pensa na campanha e vida fácil,e infelizmentente o povo também entrou nessa dinamica.” e estou de acordo, mas com as novas gerações de politicos isso vai mudar.

    O destino de São Tomé e Principe e Cabo Verde é o progresso com sustentabilidade e qualidade de vida para os Sãotomenses e Caboverdeanos.
    Esse encontro entre os nossos chefes de governo, demonstra que OS POVOS DAS ILHAS estão de braços dados, para vencer obstáculos.

    Tenho ainda 22 anos e apenas pisei no aeroporto de STP, mas STP faz parte dos meus planos pro futuro e já que os caboverdeanos
    foram e levaram a cachupa, mas não nos trouxeram o Calulu, vou ter o prazer de ir ai varias vezes só pra isso. Mas também para conhecer
    o nosso grande João Siria e estar com um povo irmão.

    SOMOS OS POVOS DA ILHAS.

  22. Jeka

    5 de Setembro de 2010 at 8:47

    Todos os artigos, comentarios e opinioes aqui expressos devem reflectir o lado mais tolerante do nosso ser. Aceitemos as opinioes de uns e outros, desde que apresentadas com respeito, urbanidade e civilizadamente. Devemo-nos sentir livres, mas responsaveis, quando fazemos os nossos comentarios e nao se esquecam que nem sempre foi possivel exercer esse direito. Se hoje e possivel foi uma conquista da democracia. A democracia deve ser preservada e para isso temos que interiorizar alguns principios basicos, tais como, o respeito pela opiniao contraria, a humildade, a justica, a honestidade, etc..
    A liberdade e a democracia sao como o amor. Exigem atencao, dedicacao e respeito mutuo.
    Bem haja.
    Jeka.

  23. Son Longo

    5 de Setembro de 2010 at 10:16

    Muito obrigado ao Sr PM de CV pela ajuda, pois ja nao era sem tempo embora ja tenha passado 30 a 40 anos e so agora reparou q ha Caboverdianos em STP. Espero q nao seja uma politica apenas com a intencao de apanhar mais aglguns votos. Ha um aspecto a tomar em consideracao: STP nao e’ uma extencao de CV, pois os Srs entram e saiem quando vos apetece e dizem o q vos apetece como se fosse vossa propriedade, chamam o PM ao aeroporto, etc. O que vem a ser isto?

  24. Son Longo

    5 de Setembro de 2010 at 10:33

    A tempo: Quero que fique bem claro que em STP existem apenas Santomenses de origem Caboverdiana. 30,40,50 anos abandonados nossa sorte e aparece agora com conversa de conterraneos!

  25. Berdiano Atento

    5 de Setembro de 2010 at 12:03

    ALERTA ! Aqui fica um “despertar”, uma chamada de atencao aos sao-tomenses. José Maria Neves, primeiro Ministro de Cabo Verde, nao está virado para Sao Tomé e Príncipe e muito menos lhe interessa Sao Tomé e Príncipe. José Maria Neves está em pré-campanha eleitoral, quer sacar votos dos cabo-verdianos que vivem em Sao Tomé e Príncipe, cabo-verdianos que vivem em Angola etc., anda em viagens incessantes pelo mundo fora, à custa do povo cabo-verdiano a fazer propaganda com coisas sem pés e sem cabeca. Quem tem de criar projectos de desenvolvimenton para Sao Tomé Príncipe é o Governo de Sao Tomé e Príncipe e os sao-tomenses. Depois podem convidar Cabo Verde ou outro país qualquer para cooperar em projectos de desenvolovimento, seja em que sector fôr. Mas nunca aceitar que venha um Chefe de Governo em pré ou plena campanha eleitoral a impor realizacao deste ou daquele projecto, em benefício do seu projecto político, que é cacar votos dos pobres emigrantes cabo-verdianos em Sao Tomé e Príncipe.
    Atencao ! Meses atrás ele esteve em Sao Tomé e prometeu um barco para transporte marítimo entre Cabo Verde/Sao Tomé/Cabo Verde. Aonde é que está esse barco? Nem nunca haverá esse barco enquanto esse DEMAGOGO estiver no Governo em Cabo Verde.
    Ele diz que manda disponibilizar 200 mil euros para desenvolver projectos agricolas em Sao Tomé e Príncipe. O que sao 200 mil euros? Abram os olhos sao-tomenses. Abram os olhos. Ele está é a brincar com sao-tomenses e com cabo-verdianos residentes em sao Tomé e Príncipe. Sao-tomenses têm de mostrar que eles nao sao burros, que têm gente capacitada suficiente para saber o que tem de fazer no seu país. Nao precisa de um José Maria Neves para vir, quase que a querer ditar regras de cooperacoes internacionais aos sao-tomenses. Sao Tomé tem hoje, homens capacitados e competentes para criar e desenvolver relacoes onde entender melhor para Sao Tomé e Príncipe e os sao-tomenses. Sao Tomé e Príncipe tem representacoes junto da Uniao Europeia com competencia, autonomia e savoir faire para saber exactamente quando e com quem deve criar e desenvolver cooperacao e, estou certo, Dr.Patrice Trovoada e a sua equipa saberao e bem, conduzir o país sem intervencao de um DEMAGOGO que anda a aproveitar o bom senso do Governo sao-tomense para cacar votos aos pobres cabo-verdianos nas próximas eleicoes em 2011. Nao vamos permitir, NUNCA!

  26. Digno de Respeito

    5 de Setembro de 2010 at 13:03

    Caro Lino Caboverdiano, é interessante a sua intervensão. Embora com os seus vinte e dois aninhos, sabe e tem noção do mundo globalizado. Isto é muito importante para o desenvolvimento dos paises: as trocas, partilhas, as parcerias…. É bom pensar nessa reciprocidade que parece-me passar ao lado de muitos o “levar e trazer” a nossa gastronomia. É realmente um facto.

    E quando fala de João Seria, eu fico imocionado por este artista meu conterâneo que parace-me não ter a devida atenção por parte da Cultura. Propositadamente, aproveito pra desabafar que o João Seria e o seu África Negra são simbolos da internacionalização da musica santomense no mundo. Recentemente numa pesquisa verifiquei o nome deste especial artista na lista onde consta nomes de referência musical no contexto internacional. Por mim é um “ícone” santomense que merecia todo respeito e deveria ser ajudado a crescer na contemporaneadade musical. Muitos são estrangeiros que embora não conhecendo STP, conhecem o tema “Carambola” e o “Aninha”. Isto diz alguma coisa para cultura nacional no contexto internacional. Não?!! Entao o que se poderá ser feito?

  27. HOMEM VIVO

    6 de Setembro de 2010 at 7:41

    É mesmo assim espero que sigam as pesadas de Cabo Verde,so assim ainda podemos sair de insuficiente para suficiente ate que podemos serm bom…Homem vivo esta ai mesmo cota….

  28. NIVALDA CORREIA

    6 de Setembro de 2010 at 12:51

    CABO VERDE TEM SIDO DE FACTO UM EXEMPLO DE BOA GOVERNAÇAO E COOPERAÇAO INTERNACIONAL.
    UM EXEMPLO QUE NÓS DEVERIAMOS SEGUIR FALO COM CONHECOMENTO DE CAUSA PORQUE VIVI ALGUM TEMPO EM CABOVERDE(6 MESES)EM MISSAO DE SERVIÇO.
    A CORRUPÇAO AINDA QUE EXISTA MAS HA MUITA DISCRIÇAO NÃO ROUBAM DESCARADAMENTE COMO AQUI,ONDE DEMONSTRAM QUE SAO DONOS E SENHORES DE S.TOMÉ.
    TEMOS QUE APROVEITAR DESTA COOPERAÇAO O MAXIMA QUE PODERMOS PARA O BEM DA NOSSA NAÇAÕ.

  29. António Martins Gomes

    6 de Setembro de 2010 at 13:03

    SOLUÇÃO: Amigo Euclides Smith de Lima…algumas pistas (…).
    Em primeiro lugar quero lhe dizer, que a presença portuguesa deixou uma vasta herança humana, gastronómica, cultural e arquitectónica em vários continentes, um legado extraordinário. Lembre-se! O Acto Colonial foi uma lei constitucional que definiu as formas de relacionamento entre a metrópole e as colónias portuguesas. Foi aprovado em 1930, durante o período da Ditadura Militar (1926-1933) que antecedeu o Estado Novo, pelo Decreto n.º 18 570, de 8 de Julho de 1930, e republicado quando da entrada em vigor da Constituição de 1933. Com este Acto, o conjunto dos territórios possuídos pelos portugueses passaram a denominar-se Império Colonial Português. O Acto Colonial restringiu e moderou a já limitada autonomia financeira e administrativa das colónias, reflectindo por isso o carácter centralizador e altamente colonialista do Estado Novo. Este Acto definiu durante muito tempo o conceito ultramarino português tendo sido revogado na revisão da Constituição de 1933 feita em 1951, que o modificou e integrou no texto da Constituição. O Império Português é a designação comum dada ao conjunto dos territórios ultramarinos ocupados e administrados por Portugal a partir do início século XV até ao século XX. O termo “Império Português”, no entanto, nunca foi usado oficialmente. A designação oficial mais utilizada para conjunto dos territórios ultramarinos portugueses foi simplesmente “Ultramar Português”. Já a designação “Império Colonial Português” foi oficial, mas apenas durante um breve período, de 1930 a 1951. O Império Português foi o primeiro império global da história, com um conjunto de territórios repartidos por quatro continentes sob soberania portuguesa, resultado das explorações realizadas na Era dos descobrimentos. Foi o mais duradouro dos impérios coloniais europeus modernos, já que a presença portuguesa fora da Europa abrangeu quase seis séculos. Foi governado pela Casa de Avis por cerca de cento e cinquenta anos, depois por sessenta anos, pela Casa de Habsburgo, posteriormente pela Casa de Bragança por trezentos anos, e a partir de 1910 foi governado pela República Portuguesa. Convenciona-se o início do Império como sendo a conquista de Ceuta em 1415. Já o final do Império, consoante o critério utilizado, pode ser considerado o ano de 1975 – independência da maior parte dos territórios e o fim da administração portuguesa. Aconteceu de facto!
    Eis a parte mais importante da nossa história: África e o Império Colonial Português (1822-1975)
    Mapa Cor-de-Rosa reclamando a soberania de Portugal nos territórios entre Angola e Moçambique.
    Após a perda do Brasil, com a independência em 1822, Portugal teve de enfrentar as potências europeias para conservar o resto do seu fragmentado Império: as ilhas de Cabo Verde e de São Tomé e Príncipe, a Guiné continental, as costas da Angola e de Moçambique, as possessões portuguesas nas Índias, Macau e Timor-Leste.
    Em 1842 Portugal pôs fim ao tráfico negreiro no Império e em 1869 aboliu a escravidão. Esta decisão foi rapidamente contrabalançada por uma legislação trabalhista insistindo na necessidade do trabalho indígena nos campos de algodão ou nas obras públicas. Este trabalho forçado tornou-se numa das características do sistema colonial português ao mesmo título que a «missão civilizadora» até ao fim dos anos 1950 do século XX. Além de serem obrigados ao trabalho e ao pagamento de impostos, as pessoas afectadas, até 1961, pelo estatuto legal de «indígenas» estiveram excluídas da categoria de cidadãos ao qual pertenciam os africanos «integrados» e os colonos europeus.
    No final do século XIX, com o crescente interesse das potências europeias por África, tornou-se claro que Portugal deveria também definir uma nova política africana, já que a crescente presença inglesa, francesa e alemã no continente ameaçava a tradicional hegemonia portuguesa. Predominando em Portugal a visão colonial baseada no “direito histórico” alicerçado na primazia da ocupação, Portugal reclamou vastas áreas do continente africano, entrando em colisão com as restantes potências.
    A partir da década de 1870 ficou claro que o direito histórico não seria suficiente e que a presença portuguesa dependia do alargamento para o interior das possessões reclamadas. Na Conferência internacional de Berlim (1884–1885), convocada para dirimir os múltiplos conflitos e fixar as zonas de influência de cada potência em África, Portugal perdeu o controlo da foz do rio Congo para Leopoldo II da Bélgica e voltou-se para as terras interiores da Angola e do Moçambique, empreendendo nestas terras várias campanhas de «pacificação».
    Nesse contexto, a Sociedade de Geografia de Lisboa organizou uma subscrição para manter “estações civilizadoras” na zona de influência portuguesa no interior do continente, numa ampla faixa que ligava a costa à contra-costa, de Angola a Moçambique. Para sustentar estas reivindicações foram planeadas explorações ao interior da África, que levaram às famosas expedições de Hermenegildo Capelo, Roberto Ivens e Serpa Pinto, entre 1877 e 1885, que mapearam e estudaram o território. Nascia assim o chamado Mapa Cor-de-Rosa, tornado público em 1886.
    A expansão colonial africana terminou com o Ultimato britânico de 1890: sob pressão dos Reino Unido Portugal teve de retirar-se e abandonar as suas pretensões nos territórios entre Angola e Moçambique.
    O Ultimatum causou sérios danos à imagem do governo monárquico português. Em 1911, após o fim da monarquia, emprestando dos britânicos um método de administração indirecta, mas também influenciados pelos franceses, os republicanos deram às suas possessões d’além-mar o nome de colónias, às quais se adicionam uma certa autonomia financeira e administrativa, moderadas entretanto pelo Acto Colonial centralizador de 1930.
    IMPORTANTÍSSIMO: A partir de 1946, como forma política de evitar que Portugal fosse considerado uma potência colonial nos fóruns internacionais, e na esperança de preservar um Portugal intercontinental, o Estado Novo passou a designadar as colónias por províncias d’além-mar ou províncias ultramarinas, considerando que esses territórios não eram colónias, mas sim parte integrante e inseparável de Portugal, como uma “Nação Multirracial e Pluricontinental”- eis duas grandes questões: Com o fim do império (1974/75), qual foi o destino dado pela metrópole aos nossos irmãos “transtornados”, cabo-verdianos, angolanos, moçambicanos, guineenses, que detinham o estatuto de contratados? O texto dos Acordos sobre as nossas independências foi ao ponto de salvaguardar esses direitos legítimos? Amigo Euclides, sou natural de São Tomé, filho de pais cabo-verdianos, nascido e criado nas roças, estudei na cidade de São Tomé e comecei a trabalhar com apenas 12 anitos e aos 17 anos de idade, já detinha um contrato de trabalhador adulto…salário nem vale a pena comentar (…).

  30. NIVALDA CORREIA

    6 de Setembro de 2010 at 13:12

    Para os mais atentos quero alertar para as ameaças que tenho sido vítima e das manobras de intimidaçao que tenho sido vítima,sei que pus o dedona ferida,seique mexi num enxame de abelhas e tenho que arcar com as consequencias.
    Mas claramente não por ser valente que não sou,tenho a dizer”NÃO ME ARREPENDO DE TER DENUNCIADO O QUE DENUNCIEI,NEM QUE CLARAMENTE DENUNCIEI” NAO ME CALAREI GRITAREI ATE QUE A GARGANTA ME DOA MAS FALAREI ,VERDADES SÃO PARA SER DITAS DOA A QUEM DOER porque infelizmente essa é a triste realidade da nossa “CADUCA”classe politica que se acham donos desta terra,e do seu povo.
    Gente para quem a instituiçao familia nada diz,gente para quem principios morais não existe e que se axam mais homens ou poderosos pelo numero de jovens que assediam e desgraçam o futuro.
    Sou repetitiva?Talvez mas enquanto isto continuar a acontecer nao me calarei nem aqui nem noutras instancias porque os prevaricaricadores têm NOME ROSTO E NÓS CONHECEMOS.
    Porque calar então?para as vitimas continuarem a aumentar?para a coleção de jovens com o futuro destruido e com autoestima destruida aumentar?
    Amado Compatriota ponha o dedo na consciência e pensa que a proxima vítima de Eugenio Tiny E OUTROS VELHOS BABOES SEM ESCRUPULOS PODERÁ SER SUA filha,irmã,prima,vizinha,namorada,vamos contiuar a assistir a isto impavidos e serenos?
    Quem disse a este senhor e seus comparsas de sem vergonhice que eles são intocaveis?que sao donos da nossa vida,filhas irmãs?qquem???
    Engana-se Sr.Eugenio Tiny vamos denunciaa-lo a si e a todos outros.
    Ainda se faz de pretenso Cristao?É mesmo preciso muita cara de pau hipocresia.
    Nao se esqueça sr.Eugeni Tiny que um dos principios basicos do CRISTIANISMO é”AMRÁS AO PROXIMO COMO A TI MESMO”,nao se esqueça que tambem tem FILHAS mesmo nao as dando assistencia são suas filhas.
    Pense que as que voce seduz e faz de amantes têm idae das suas filhas e algumas ate muito mais novas do que elas.PENSE…
    “Ai dos ESCRBAS FARISEUS E HIPOCRITAS” EVANGELHO DE MATEUS:23
    PENSE…SE AINDA QUER TER ALGUMA DIGNIDADE

  31. NIVALDA CORREIA

    6 de Setembro de 2010 at 13:23

    Compatriotas se é para MUDAR MUDEMOS TUDO ATE estes comportamentos de quem devia dar o Exemplo

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