Política

Acordo que Patrice Trovoada assinou com a população do Príncipe é falso?

O Primeiro-ministro foi mais uma vez confrontado com o incumprimento do acordo que assinou com a População da Ilha do Príncipe, nas vésperas das eleições legislativas de 2010. Patrice Trovoada prometeu ao povo do Príncipe, que no segundo ano do seu mandato, canalizaria 30% das verbas do programa de investimento público para a ilha.

António Barros deputado do MLSTP do círculo eleitoral do Príncipe, acabou por criar indisposição na bancada do Governo. Com uma cópia do acordo assinado publicamente pelo então candidato da ADI ao cargo de primeiro-ministro e o povo da ilha do Príncipe na cidade de Santo António no ano 2010, confrontou o Patrice Trovoada com os factos contidos no acordo. «Neste documento que já tive oportunidade de distribuir para todos os ministros, na página 4 e 5 capítulo oitavo alínea F diz o seguinte: Dedicar o segundo ano do seu mandato como Primeiro-ministro com planos, programas e projectos de investimento com efeitos directos e indirectos para o Príncipe num valor estimado em 30% do Programa de investimento público, no caso dos indirectos com o envolvimento das autoridades regionais», citou.

António Barros, passou ao ataque. «Eu acho senhor Primeiro Ministro que estamos no segundo ano do seu mandato. E quando comparo o total da verba atribuída ao investimento na região, constato que a cifra não atinge se quer 7% do total de investimento. Como é que o senhor explica essa situação senhor Primeiro Ministro?», interrogou.

Prosseguiu o deputado. «Nem se quer é atribuída a região 10% do valor total do investimento público quando o senhor neste documento assinou o compromisso de atribuir a região 30% do total de investimento público. Todos os senhores ministros que cá estão foram ao Príncipe a quando da realização do conselho de ministros especial de campanha política com objectivo de conseguir votos no Príncipe para o candidato da ADI, e que felizmente não resultou, onde voltaram a enganar o povo do Príncipe com falsas promessas. E Neste contexto devo lembrar a senhora ministra da Saúde de que o hospital doutor Quaresma Dias da Graça continua as escuras, mesmo depois do conselho de ministros especial de campanha ter prometido dar energia 24/24 horas», declarou o deputado.

António Barros foi mais longe. «No dia mundial da alimentação, ouvi o senhor numa entrevista a dizer o seguinte: Temos que acabar com promessas falsas. Eu entendo que só acabaremos com as promessas falsas quando começarmos a cumpri-las», concluiu.

 Uma intervenção que obrigou o primeiro-ministro, a pedir moderação de linguagem no parlamento. Patrice Trovoada apelou que o debate fosse sereno. Só nesta sexta – feira o Chefe do Governo, poderá dar explicações ao deputado António Barros e a população do Príncipe, sobre o acordo que assinou na ilha e que até agora não foi cumprido.

Abel Veiga

21 Comments

21 Comments

  1. tomé

    2 de Dezembro de 2011 at 12:51

    Nunca faça promessas que não vai cumprir senhor Ministro…suas artimanhas pra enganar o povo já estão sendo descobertas ya ..

  2. João Beleta

    2 de Dezembro de 2011 at 13:17

    Coitado do Primeiro Ministro! Está de saia justa.

    Tristes os que acreditam nas promessas dos políticos!

  3. Helves Santola

    2 de Dezembro de 2011 at 14:02

    Moderar a linguagem?? Só for aquilo que não foi publicado! Mentiras têm pernas curtas!

  4. Adonilo Cotrim

    2 de Dezembro de 2011 at 14:03

    ” todo o homem nasce bom, e estragado pela sociedade e a mesma sociedade é que o pode concertar” este pensamento de um antigo filosofo devia ser adoptado pelos políticos de STP……
    haja paz!!!

  5. Santomista

    2 de Dezembro de 2011 at 14:08

    O acordo em si nao é falso. Não estão é a ser cumprido.

  6. Emilio Freitas

    2 de Dezembro de 2011 at 15:20

    canalizar para o príncipe 30% de todo investimento publico, realmente, não tem como, é impossível que isso aconteça, penso que no calor de querer se desvencilhar das preocupações dos irmãos do príncipe na altura, o senhor primeiro ministro não levou em consideração o fato da ilha irmã do príncipe comportar apenas 10% da população nacional, o que de certo modo não iliba o governo de fazer investimentos fortíssimos na ilha, ela bem que precisa, pelo bem de todo STP, mas dizer que ira se canalizar 30% de todo investimento, só pode ter vindo de um amador, ainda que fosse um leigo saberia que é impraticável isso, em suma só demagogia e populismo, isso nunca ira acontecer.

    Irmãos do príncipe abrem os olhos, é ora de unirmos todos e apertar esses senhores , obriga-los a cumprir, mas convém sermos razoáveis e n cairmos nas conversas desses senhores.

    • Ponta Mina

      2 de Dezembro de 2011 at 19:31

      Vejam a forma de pensar desta gentinha, provavelmente, apelidada de” quadros técnicos de grande calibre” lá na terra. É assim que o país vai construindo autênticas “bolsas de incompetência” que um dia tendem almejar, sem criticismo razoável nem humildade, altos cargos e funções no Estado para mostrarem ao mundo toda a nossa tristeza e vocação para o suicídio colectivo. Isto não é uma manifestação exclusiva deste senhor. Há muita boa gente com o mesmo linguajar, suportado por lastros de ignorância e iliteracia, que já faz escola na república, entre entradas e saídas por portas pequenas de governos pequenos. A descida é acentuada para ambição, cada vez maior, de um povo em sofrimento acelerado. A receita tem que ser, como é óbvio, mais ignorância e incompetência para nos tornar maior, perante o mundo, tendo em conta a nossa pequenez geográfica e insular. Só assim se compreende que este senhor diga tanta asneira e barbaridade em meia dúzia de palavras.
      Ele diz que é impossível “canalizar 30% do investimento público para o Príncipe porque o Príncipe comporta 10% da população nacional”, ipsis verbis.
      Ou seja, segundo a receita deste senhor, os investimentos públicos só poderiam ser canalizados para zonas geográficas do país onde a densidade populacional fosse maior (suponho que ele queira nomear Água Grande) independentemente dos condicionalismos de natureza económica, social, localização dos supostos recursos naturais, dinamismo económico e social em presença, recursos humanos compatíveis com exigência do investimento em causa e outras variáveis endógenas de natureza económica e social que acrescentem valor ao país.
      Sendo assim, eu perguntaria a este senhor, se uma grande quantidade de recursos (minerais, biológicos, ou de outra natureza) fosse descoberto numa zona específica do país (Príncipe, Angolar, Neves ou Trindade) o país não deveria canalizar o investimento público para a sua eventual exploração porque poderiam ser zonas do país com pouca densidade populacional equivalente aos 10% da população nacional? É esta a receita do referido senhor para o nosso desenvolvimento. Além disso, este senhor, que, provavelmente, já foi ministro deste país, (eles têm sempre estas ideias brilhantes que nos tornam em autênticas anedotas do mundo) deveria saber, se é que não sabe, que é o investimento público e privado que criam condições para modificação de variáveis relacionadas com a fixação das populações em zonas mais deprimidas do ponto de vista demográfico. Há muitos quadros do Príncipe que trabalham em S.Tomé e de Angolares e Neves que trabalham na Água Grande porque a tendência asfixiante e patética, de vários governos, em fixar investimentos públicos na cidade capital e arredores só fomenta o despovoamento destas zonas ou regiões do nosso país em detrimento da suposta capital.
      Se o raciocínio deste senhor fosse seguido de forma radical como é a sua proposta estariam criadas as condições para a emergência de um radicalismo idêntico em termos de exploração dos recursos naturais de cada região ou zonas geográficas do país, de acordo com a sua localização. Sendo assim no Príncipe, onde se localiza maiores recursos pesqueiros do país, a sua população não permitiria que os contratos assinados pelo governo central com vários países, para a sua exploração, fossem realizados em nome de uma unidade orgânica denominada S.T.P. É a sua solidariedade, com o resto do país, em nome desta unidade orgânica voluntária, que permite que estes recursos sejam explorados, independentemente da sua localização geográfica e do seu contributo com 10% da população total do país. Se eu fosse um radical como o senhor eu diria que, tendo em conta os 10% da população do Príncipe, e a sua reiteradamente marginalização por vários governos da república, estariam criadas as condições para que os dividendos resultantes de tais recursos fossem totalmente canalizados para o Príncipe. O mesmo raciocínio eu poderia fazer com o dossiê petróleo.
      Cumprimentos especiais
      Ponta Mina

    • Emilio Freitas

      4 de Dezembro de 2011 at 18:13

      Meu querido irmão Ponta Mina. Fico triste por constatar que tu que por sinal tem acesso a informações, e assim de alguma maneira é formador de opinião seja mais um que engorda cada vez mais a triste estatística dos santolas que lêm e n entende oque lê. Os nossos dirigentes ainda fazem oq fazem connosco por situações como essas. Não sou , nunca fui ministro, nem almejo ocupar cargos que mexem com a vida e futuro de muita gente. Sou daqueles que acredita que todos nós temos que ajustar as contas um dia pelos coisas boas e ruins que fazemos na terra, por isso penso que todos nós devemos contribuir com o melhor de nós.

      Percebi tb que a logica não faz parte de si. Sonho com o dia em que as pessoas que moram no principe tal como em outras paragens de STP possam ter oportunidade de viver dignamente, e possam contribuir com o melhor de si. Mas não caiu nas demagogias desses senhores. Foram 36 anos de adormecimento de principe, e muitos dos senhores que governam STP nasceram no principe, mas como santolas so pensam no seu umbigo, nunca fizeram nada pra reverter o quadro. Vi por varias x na tvs, pessoas no principe mais pobre terem q fazer oleo de côcô pra se alimentarem enquanto se vendia oleo comum em Sao tome, e mesmo assim ninguem fez nada. Vi varias x navios se afundarem e morrerem muita gente e msm assim ninguem fez nada. Vi um governo se mobilizar pra comprar um tal navio principe totalmente fora das adequações para o principe, porque se calhar ninguem se preocupou com as pessoas q realmente sofrem no principe e que realmente precisariam usar o navio pra se deslocarem . As pessoas em STP nunca fazem nada sem pensarem que poderão tirar dividendos pessoais.

      PS: meu caro Ponta Mina , devo dizer-vos que pela minha idade ainda n posso ser ministro em STP ate porque as leis que ninguem respeita ai n me permitem.

      Seja como for agradeço o seu envolvimento nas questões nacionais, demonstra que tu tal como eu é um sonhador

    • Ponta Mina

      5 de Dezembro de 2011 at 17:33

      Caro Freitas

      O senhor é muito dado ao formalismo,imagem, estética, aparência e, sendo assim, engrossa a lista do linguajar anedótico que nos descredibiliza há 40 anos. Não sendo político nem ministro, chegou cedo à escola que prega ladainhas há 40 anos, contribuindo com preces para a engorda do saco de inúteis que se auto-proclamam heróis da nação. Vê-se bem pelo seu linguajar avulso, tendencioso, vulgar e desprovido de qualquer reflexão. Por isso o senhor não passa de lugares comuns, vacila entre prestar contas,”comprar navios”, “oléo de cocô” e outras vulgaridades. Não vejo a presença de um pensamento articulado, que o senhor critica tanto nos outros, em defesa do argumento anteriormente levantado em defesa do não investimento no Príncipe pelo facto da sua população corresponder aos 10% da polulação nacional. Então, em que ficamos? O senhor perdeu argumentos? Ou mudou de opinião?
      O senhor diz:”A lógica não faz parte de si”? Que lógica, senhor Freitas? O senhor fala em lógica mas, deveria saber, que a arte de bem pensar (ou aquilo que o senhor chama lógica, de forma ignorante, peço-lhe desculpas) é, acima de tudo, a manifestação, a montante, de conhecimento fundamentado sobre qualquer temática. O senhor afirmou que o investimento para o Príncipe não deveria ser equivalente a 30% porque os condicionalismos demográficos desaconselhavam tal propósito. Eu fiz-lhe ver exactamente o contrário. Em contraposição o senhor vem falar-me de “óleo de cocô” e outras coisas, comportando-as no domínio da lógica. Sant Deus, meu caro Freitas!!! É preciso muita lata e uma dose elevada de paciência, por parte do interlocutor, para levar com estas trapalhadas.
      Saudações
      Ponta Mina

    • Emilio Freitas

      5 de Dezembro de 2011 at 12:23

      Meu querido irmão Ponta Mina. Fico triste por constatar que tu que por sinal tem acesso a informações, e assim de alguma maneira é formador de opinião seja mais um que engorda cada vez mais a triste estatística dos santolas que lêm e n entende oque lê. Os nossos dirigentes ainda fazem oq fazem connosco por situações como essas. Não sou , nunca fui ministro, nem almejo ocupar cargos que mexem com a vida e futuro de muita gente. Sou daqueles que acredita que todos nós temos que ajustar as contas um dia pelos coisas boas e ruins que fazemos na terra, por isso penso que todos nós devemos contribuir com o melhor de nós.
      Percebi tb que a logica não faz parte de si. Sonho com o dia em que as pessoas que moram no principe tal como em outras paragens de STP possam ter oportunidade de viver dignamente, e possam contribuir com o melhor de si. Mas não caiu nas demagogias desses senhores. Foram 36 anos de adormecimento de principe, e muitos dos senhores que governam STP nasceram no principe, mas como santolas so pensam no seu umbigo, nunca fizeram nada pra reverter o quadro. Vi por varias x na tvs, pessoas no principe mais pobre terem q fazer oleo de côcô pra se alimentarem enquanto se vendia oleo comum em Sao tome, e mesmo assim ninguem fez nada. Vi varias x navios se afundarem e morrerem muita gente e msm assim ninguem fez nada. Vi um governo se mobilizar pra comprar um tal navio principe totalmente fora das adequações para o principe, porque se calhar ninguem se preocupou com as pessoas q realmente sofrem no principe e que realmente precisariam usar o navio pra se deslocarem . As pessoas em STP nunca fazem nada sem pensarem que poderão tirar dividendos pessoais.
      PS: meu caro Ponta Mina , devo dizer-vos que pela minha idade ainda n posso ser ministro em STP ate porque as leis que ninguem respeita ai n me permitem.
      Seja como for agradeço o seu envolvimento nas questões nacionais, demonstra que tu tal como eu é um sonhador

  7. Adilino

    2 de Dezembro de 2011 at 16:01

    olha acho bem que o PM não dê mais dinheiro ao toze ele quer mais para cumer ainda bem o o PM é vivo

    • Graça

      2 de Dezembro de 2011 at 16:59

      Este senhor primeiro-minsitro tem que cumprir aquilo que assinou com a população do Príncipe. Ele e a senhora ministra da Saúde Ângela enganaram a população do Príncipe. O António é único deputado do Príncipe com capacidade para enfrentar esta gente do ADI.
      Este partido ADI nunca mais passa no Príncipe.
      Viva o Príncipe
      Viva o Tozé
      Graça – Aveiro

  8. Voz da razão

    2 de Dezembro de 2011 at 16:15

    O rosto dessas pessoas mostram que estão a ser enganadas há 36 anos. Não são pessoas apenas do Príncipe, somos todos nós.

  9. Francisco Ambrósio Agnelo

    2 de Dezembro de 2011 at 17:43

    A Ilha do Príncipe é desde muito a parte esquecida do nosso País. É isolado no ponto de vista Geográfico, e é por sua vez isolado pelo capricho do homem. O caso torna-se ainda mais grave, porque o mesmo homem não é perfeito. Muitos casos desses resultam em incumprimento por parte do promissor; o contrário acontece por ser parte da pertença. Para o político, o caso será ajustado nas urnas.

  10. Colomba

    2 de Dezembro de 2011 at 18:57

    Nesse país ainda há quem acredite em políticos? Cá no meu, os poucos que ainda acreditavam já estão a ficar curados.
    Cumprimentos.

  11. FEXA PATA

    3 de Dezembro de 2011 at 1:05

    ELES SO FALAM NINGUEM FAZ NADA,E AINDA ACREDITAM,ENTRA SAI,ENTRA ,SAO TODOS IQUAIS, SAO DIFERENTE DEVIDO A CARA DA MULHER DE CASA

  12. Anca

    3 de Dezembro de 2011 at 4:35

    Muita gente sentada, com braços cruzados.

    Casa onde não há pão todos ralham e ninguém tem razão.

    Pratiquemos o bem( o trabalho)

    Pois o bem (trabalho)

    Fica-nos bem (traz-nos riqueza, há muita terra e mar para trabalhar)

    Deus abençoe São Tomé e Príncipe

  13. Anca

    3 de Dezembro de 2011 at 4:37

    Muita gente sentada com braços cruzados.

    Uns com mãos no queixos, outros com braços cruzados, outros sentados, outros com cara de fome, outros com cara de doentes, enfim.

    • Anca

      3 de Dezembro de 2011 at 4:42

      É a pobreza e miséria, espiritual moral física, material a assolar.
      Pois a casa onde não há pão todos ralham e ninguém tem razão.

      Pratiquemos o amor pelo trabalho pois o trabalho, traz-nos riqueza, aquilo, que somente esperamos dos governos e governantes, daí a nossa miséria e pobreza.

  14. Kadafi

    5 de Dezembro de 2011 at 9:42

    Como é que primeiro Ministro pode prometer alguma coisa, se nem o OGE sai do rendimenmto do Pais! A campanha é um “namoro” cheias de promessa incumpríveis. É assim e assim será,enquanto essas pessoas (nós) não tiramos essas mãos do queixo e a pensar que essas promessas fazem milagres. Parems de contar com eles. O país tem tudo, vamos fazer alguma coisa por nós próprios. Os nossos Políticos só complicam ao invés de simplifcar.

  15. Besta

    8 de Dezembro de 2011 at 14:28

    eu acreditei neste homem e agora estamos a chupar dedos.

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