Uma missão técnica sul africana visitou São Tomé e Príncipe, na última semana. Execução do projecto para abastecimento de água à população é uma prioridade. Os trabalhos técnicos estão avançados e a delegação sul africana prometeu breve o arranque dos trabalhos.
Num país onde mais de 50% da população não tem acesso a água potável, o projecto que será financiado pelo Governo da África do Sul, visa atender as necessidades da população, e ao mesmo tempo estruturar o sector dos recursos naturais, através da formação de quadros.
As populações de Santo Amaro, Conde, do aeroporto inernacional, Praias Cruz, Gamboa e Loxinga, serão os primeiros beneficiários. A missão técanica sul africana analisou no terreno as necessidades. «A equipa sul africana, vai nos apoiar principalmente na parte de tratamento de água e também na insalação da rede de água nas zonas onde não existem redes de abastecimento», explicou o director do departamento de água da EMAE.
O encarregado de negócios da embaixada da África do Sul em São Tomé e Príncipe, que acompanhou a delegação técnica do seu país, nos encontros com o ministro das infraestruturas, e com o primeiro ministro, Gabriel Costa, manifestou a determinação do seu país em tudo fazer para, que o projecto de abastecimento de água a população, seja sustentado. «O governo da África de Sul vai prestar muita atenção no que diz respeito ao financiamento deste projeto. Vai ser implementado em fases, digamos curto, médio e a longo prazos. Nós acreditamos que o mais importante é a sustentabilidade dos projetos e não só implementar o projeto e deixar o país. Queremos promover a formação dos quadros assim como também o intercâmbio entre os nossos técnicos», declarou o encarregado de negócios da embaixada da África do Sul.
Para além do projecto de abastecimento de água à população, África do Sul, está empenhada em apoiar São Tomé e Príncipe, com medicamentos e equipamentos hospitalares para aliviar a crise que se instalou no sistema nacional de saúde nos últimos 2 anos.
É a primeira vez que a maior potência económica do continente africano, realiza acções práticas de cooperação ou de ajuda ao desenvolvimento, com São Tomé e Príncipe. Diplomacia política entre os Presidentes Pinto da Costa e Jacob Zuma, abriu portas para que os dois governos, avançassem para acções pragmáticas de cooperação bilateral.
Abel Veiga
Biboss
23 de Abril de 2013 at 14:59
Bem haja. Tenho dito.
Barão de Água Ize
24 de Abril de 2013 at 10:18
Primeiro que projectos sociais, deverão estar projectos económicos. Estes, depois permitirão de forma sustentável,a criação e manutenção de projectos sociais.
Ou então, amigos da África do Sul, apoiem em simultaneo os dois tipos de projectos.
Ajudem e ensinem STP a pescar!
Toni
26 de Abril de 2013 at 23:07
Caro Barão , estão barcos de pesca em Neves a espera de licenças para pescar. Tratam se de barcos com tecnologia actual…. Não sei quem não deixa….
Toni
26 de Abril de 2013 at 23:09
Contudo exalto a vinda e o interesse da África do Sul enquanto potência Africana , que pode trazer muitas vantagens para STP se for devidamente seguida.
desta terra
26 de Abril de 2013 at 8:04
Disse alguém uma célebre frase:
“Ao invés de lhes dar peixe, ensina-lhes a pescar”.
O Gabriel Costa deve aprender essa básica lição.
Até quando é que o nosso país continuará de mãos estendidas para tudo e para todos?
Até quando é que esses politicos incompetentes na sua visão de modelos para o desenvolvimento do nosso país aprenderão que:
1- Nós temos que resolver os nossos próprios problemas, embora com o apoio dos outros;
2- Os outros nunca resolverão os nossos problemas, apenas virão a busca (inderetamente)de mais para os seus países;
2- Para que resolvamos os nossos problemas, temos que implementar politicas que criem riquezas, fomentem o emprego, a produção interna, etc.
3- Para isso, num país onde o sector privado está,e sempre esteve descapitalizado, cabe e caberá sempre ao Estado promever medidas SÉRIAS de revitalização desse sector, tais como:
3.1- A criação de linhas de creditos a taxa de juro bonificada (taxa de juro muito baixa ou nula);
3.2- A criação concomitante de equipas de tecnicos (excluindo politicos) sérios que façam o acompanhamento dessa “injecção” de capital ao sector privado e os seus beneficiários;
3.3- Definição do sector beneficiário desses creditos (normalmente é o sector produtivo, devido o seu carácter de criação de emprego, exportação, consumo de matéria prima local e modernização do país).
Como resultado dessa “intervenção ou obrigação” do Estado, o mesmo ficará a ganhar nos seguintes aspectos:
1- Diminuição da taxa de desemprego( mais pessoas a trabalhar);
2- Com mais pessoas a trabalhar, o Estado arrecadará mais IRS (Imposto sobre pessoas singulares);
3- Haverá mais pessoas com rendimento necessário para o CONSUMO, poupança e consequentemente algum microinvestimento;
4- Com mais pessoas a trabalhar, haverá menos larápios a vaguearem pelo país sem saber o que fazer e a “roubar” a propriedade alheia;
5- Com a revitalização do sector privado, as empresas produzirão e EXPORTARÃO MAIS,pagarão mais IRC (Imposto sobre rendimento das empresas)porque terão mais lucro, INVESTIRÃO mais, porque terão mais rendimentos;
6- Pagarão mais segurança social (6%)para os seus trabalhadores que também pagarão mais segurança social (4%);
7- O Estado arrecadará mais Imposto sobre consumo de prestação de serviços;
8- O défice comercial diminuirá indiscutívelmente, porque produziremos mais e importaremos menos;
9- E com mais INVESTIMENTOS, CONSUMO E EXPORTAÇÃO e MENOS IMPORTAÇÃO, o nosso produto interno bruto também ganhará um outro fôlego, ou seja aumentará mais, e de uma forma sustentada.
Portanto, só desta forma, o nosso Governo estará a trabalhar no sentido de criar sustentabilidades produtivas para este país, e a lhe tornar cada vez menos dependente de AJUDAS EXTERNAS ou estar DE BRAÇOS ESTENDIDOS como um mendingo, há mais de 37 anos.
Vocês deverão aprender a lição!
Ou dão lugar aos outros, que mais facilmente consigam aprender essas lições, para o bem do nosso país.
Toni
26 de Abril de 2013 at 23:17
Caríssimo mediante o seu comentário nada mais tenho a dizer , contudo permita me o seguinte:
– porque projectos de investimento sao travados pelos gabinetes dos ministérios há espera de assinaturas e pareceres que levam semanas sem fim, e se o investidor não bater a porta as coisas não andam. Se calhar estão há espera de algo?
-porque e que os investidores ao fim de alguns meses voltam as setas para outros Países ?
– porque e que STP não quer criar riqueza interna, como você muito bem diz, em vez de ser o Pais independente pedincha… Que independência e esta ?
Barão de Água-Ize
28 de Abril de 2013 at 9:58
Desta Terra e Toni, têm toda a razão.
STP sem decisões rápidas de apoio ao investimento, não sairá da pobreza e da dependência externa.