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COP22 – STP e Cabo Verde exemplos de boa cooperação com Portugal na gestão de resíduos

“Gestão de Resíduos em Regiões Insulares”, animou a sala PACIFIC da COP22 em Marraquexe no primeiro período de quarta – feira.

São Tomé e Príncipe e Cabo Verde dois países insulares, vulneráveis às alterações climáticas, fizeram a língua portuguesa, ser veículo de debate por cerca de 2 horas na “Blue Zone” da COP22.

Portugal parceiro dos dois arquipélagos na execução de projectos que permitem a gestão de resíduos e no caso de São Tomé e Príncipe, a sua transformação em energia, marcou presença pelo Ministro do Ambiente João Pedro Matos Fernandes.

São Tomé e Principe, onde desde o ano 2014 é desenvolvimento em 3 comunidades agrícolas o projecto “Bioenergia” com financiamento da cooperação portuguesa, o abriu o evento pela voz do Ministro dos Recursos Naturais e Meio Ambiente Carlos Vila Nova.

Em Cabo Verde a cooperação portuguesa financia também desde o ano 2014, a execução do projecto “Roadmap dos Resíduos em Cabo Verde”. Projecto que permitiu a estruturação do Plano Estratégico Nacional de Prevenção e Gestão de Resíduos em Cabo Verde. Os dados divulgados na conferência pelo Ministério do Ambiente de Cabo Verde, diz que em resultado do projecto a taxa de cobertura d recolha de resíduos atinge actualmente 85% do território cabo-verdiano.

cop22-stp-e-cvUm projecto que segundo João Pedro Matos Fernandes, Ministro do Ambiente de Portugal, evoluiu para uma nova fase, tendo em conta o reforço da cooperação entre os dois países recentemente celebrado por ele e o seu homólogo cabo-verdiano.

Ecovisão, empresa portuguesa de tecnologias ambientais, é a executora do projecto em Cabo Verde e também em São Tomé e Príncipe. No território são-tomense, o financiamento da cooperação portuguesa, permitiu definir 3 comunidades agrícolas piloto, para instalação da tecnologia de produção de biogás, nomeadamente Novo Destino, Mendes da Silva e Santa Geny.

Aqui em Marraquexe, a comunidade internacional, teve oportunidade de conhecer os avanços do projecto e a sua imensa importância na gestão dos resíduos nas 3 comunidades do interior de São Tomé. O lixo que antes de acumulava a volta da roça Novo destino por exemplo, é transformado em energia para fogões.

A insalubridade fica controlada, e a população deixa de ter motivos para derrubar árvores para extrair lenha para cozinhar. Um projecto que garante a protecção das florestas que circundam as comunidades agrícolas e a respectiva biodiversidade. «A utilização da biomassa para produção de energia vai permitir a redução da emissão de gases que produzem o efeito estufa e contribuir desta forma, e a nossa medida para a estabilização do clima mundial», declarou o Ministro do Ambiente de São Tomé e Príncipe, Carlos Vila Nova.

Na sala PACIFIC da COP22, o ministro Carlos Vila Nova, agradeceu o governo português pelo apoio na realização do projecto bioenergia, e destacou a necessidade de partilha destes exemplos de sucesso tanto em Cabo Verde como em São Tomé e Príncipe, com os outros países membros da comunidade de língua portuguesa.

Carlos Vila Nova, recordou que a produção de energia limpa é prioridade do seu governo, uma vez que o método actual de produção de energia, não é amigo do ambiente. «A nossa matriz de produção actualmente baseada em centrais térmicas não é a melhor, devido ao elevado preço dos combustíveis no mercado internacional, e devido ao elevado nível de emissão de gases que produzem efeito estufa, que são emitidos pelas centrais térmicas, e que contribuem para o aquecimento global e o fenómeno das mudanças climáticas que todos assistimos», pontuou, o ministro.

Portugal, através do ministro do ambiente, anunciou para a plateia e para os governantes são-tomenses e cabo-verdianos, que já disponibilizou mais 10 milhões de euros, através do Fundo português de Carbono, para os próximos 4 anos.

Mais uma oportunidade que São Tomé e Príncipe, não deverá desperdiçar no seu plano de absorção de técnicas e tecnologias que permitam a adaptação do arquipélago às mudanças climáticas.

Abel Veiga – Marraquexe

1 Comment

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  1. Maria Susana

    18 de Novembro de 2016 at 10:42

    Parabéns a cooperação entre os países lusófonos
    Força e bem haja
    MS

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