Na última quinta – feira, militantes do MLSTP representando várias gerações, mulheres, homens e jovens, reuniram-se no hotel Praia em São Tomé, num fórum de reflexão, para debater o presente do partido, projectar o futuro, e desta forma promover a Unidade, que tem sido o calcanhar de Aquiles do maior partido da oposição, e consequentemente razão das derrotas eleitorais humilhantes dos últimos tempos.
Os membros do partido que promoveram a segunda reunião de reflexão reuniam-se nas últimas semanas na sede do MLSTP no bairro do Riboque. Aurélio Martins, Presidente do Partido foi convidado para participar e discursar no fórum de reflexão, que pretende unir os membros desavindos da família do MLSTP.
Como aconteceu na primeira iniciativa realizada em Abril passado o Presidente Aurélio Martins não compareceu no encontro dos militantes, e convocou para a mesma hora uma reunião da comissão política na sede do partido. «Foi baseado nesta convicção que me reuni com uma delegação do MLSTP/PSD chefiada pelo seu Presidente Aurélio Martins para convence-lo a participar neste importante espaço de reflexão. Infelizmente a sua ausência demonstra que precisamos persistir neste esforço de diálogo», afirmou Manuel Pinto da Costa, primeiro Presidente do MLSTP, e membro fundador do partido.
Pinto da Costa e outros antigos Presidentes do MLSTP, nomeadamente Guilherme Posser da Costa e Rafael Branco, marcaram presença no fórum de reflexão para a revitalização do MLSTP. Vários militantes que se afastaram do partido nos últimos anos em consequência da clivagem interna, e se aproximaram de outras forças políticas actuantes em São Tomé e Príncipe, fizeram-se representar no fórum.
Enquanto convidado ao Fórum, e com direito de discursar, o Primeiro Presidente do MLSTP, definiu o evento como «uma importante plataforma para gerar consensos sobre os problemas e as soluções que o partido precisa para reforçar a sua unidade e a sua capacidade de transformação da sociedade são-tomense».
Vários membros da comissão política e do conselho nacional do MLSTP, foram ao fórum, menos o Presidente Aurélio Martins e os membros da sua direcção. «A questão é simples se não estamos disponíveis e abertos para debater assuntos entre nós muito menos estaremos preparados para debater com a sociedade e outras forças políticas os problemas do país», advertiu Pinto da Costa.
Mas a tentativa de Aurélio Martins e demais membros da Direcção do MLSTP em bloquear a segunda iniciativa de debate e reflexão sobre o partido, reforça a motivação dos militantes mais antigos e dos mais jovens em promover a unidade interna. «Pela minha parte quero garantir-vos que continuarei a trabalhar junto de todos, para que todos nos unamos para o bem do MLSTP e do país», frisou Pinto da Costa.
Na mesma hora de quinta-feira em que se realizava a conferência para revitalização do MLSTP, Aurélio Martins Presidente do Partido decidiu marcar uma reunião da comissão política do MLSTP. O Téla Nón, num ping pong, registou alguns aspectos que marcaram a comissão política do MLSTP no Riboque.
Alguns membros do partido que estavam na comissão política, acompanhavam via internet os debates e os discursos que estavam a ter lugar no Fórum de Reflexão que decorria no Hotel Praia. Nos corredores da sede do Riboque, o Téla Nón, ouviu alguns desabafos de frustração de militantes que não acreditavam no que estava a acontecer. A sala da comissão política não estava composta. Sussurros na sede do Riboque, punham em causa a liderança de Aurélio Martins.
O líder do partido, discursou e teve grande projecção na imprensa do Governo. «Não temos dúvidas quanto a unanimidade que hoje se verifica em relação a necessidade da refundação do MLSTP /PSD , como base para alcançar a unidade e a coesão interna e consequentemente o regresso do partido as vitórias eleitorais», afirmou Aurélio Martins.
No Fórum para revitalização do MLSTP que decorria no outro lado da cidade de São Tomé, o Primeiro Presidente do MLSTP, avisava que «A questão é muito simples ou decidimos lutar unidos em torno da nossa visão transformadora ou desaparecemos sem glória e condenados pelas gerações presentes e futuras. A meu ver a escolha é simples. Temos de adoptar uma prática de restaurar, restituir, reconstruir e renovar tudo aquilo que nos últimos tempos fomos perdendo».
O membro fundador do MLSTP, recordou que a identidade do partido foi sempre de debates abertos entre renovadores e conservadores, e entre gerações. Deu o exemplo da conferência nacional em 1989 que abriu as portas para a mudança do sistema político em São Tomé e Príncipe. O confronto de ideias contrárias, gerou consenso no seu do próprio partido. «Um exemplo em que os interesses gerais foram colocados acima dos interesses de grupos e deu contributo para transformação política de São Tomé e Príncipe», acrescentou.
Nesta altura o MLSTP vive um período difícil da sua existência. Facto reconhecido pelo actual Presidente Aurélio Martins, que no entanto evita participar no fórum de reflexão e debate da vida do partido, junto com todos. «Desbaratar essa herança maltratar e deixar perder-se o que os outros nos deixaram, é mais que renunciar uma memória, a uma identidade. É quebrar uma cadeia que nos precede, é quebrar o elo entre o passado e o presente….», Pontuou Pinto da Costa.
Na sede do Riboque Aurélio Martins, manifestava-se preocupado com o cargo de Presidente do partido. Para o actual Presidente os militantes que estão empenhados na promoção do fórum de reflexão, querem caçar o seu mandato a frente do MLSTP. «Não pode valer tudo para conquistar protagonismos, interesses individuais ou de grupo, sobrepondo a vontade esmagadora da maioria dos militantes que sufragaram e legitimaram a actual direcção do partido», declarou Aurélio Martins na reunião da comissão política.
No Fórum de reflexão, a ideia defendida era outra. «A meu ver a escolha é simples. Temos de adoptar uma prática de restaurar, restituir, reconstruir e renovar tudo aquilo que nos últimos tempos fomos perdendo», disse Pinto da Costa.
Para os militantes do MLSTP presentes no fórum de reflexão, o país e o partido precisam de harmonia. «Restaurar, reconstruir e renovar não implica um conflito geracional. O que precisamos em São Tomé e Príncipe não é um confronto de gerações. O que precisamos em São Tomé e Príncipe é um pacto de gerações, que permite um casamento sólido entre a experiência conservadora e a inovação ousada», concluiu Pinto da Costa.
A fragilidade do MLSTP como partido político é patente. Tem sido uma oposição incapaz e sem ideias, e os resultados eleitorais, comprovam a crise interna que poderá resultar numa hecatombe no ano eleitoral que se avizinha 2018.
Nas eleições legislativas de 2014 registou a mais pesada derrota eleitoral da sua história. Só conseguiu eleger 16 deputados a Assembleia Nacional. Com Aurélio Martins na liderança perdeu também em 2016 as eleições presidenciais, e continua a perder muitos quadros a favor do partido no poder.
Com as eleições legislativas e locais a porta, o Presidente Aurélio Martins ainda não conseguiu sanar a divisão interna que fragiliza o partido.
Abel Veiga
Maria silva
30 de Outubro de 2017 at 9:14
O Aurélio Martins está a vir em contra-mão, e isso para o ADI será um prato cheio sem dúvida nenhuma!!!
Seja oque Deus quiser ……
Palhaçada
30 de Outubro de 2017 at 10:55
Não estaria o Sr. Aurélio Martins a fazer o jogo encomendado do seu velho parceiro Patrício Trovoada? Camaradas abram os olhos…
Já fui…
SAMPONHA
30 de Outubro de 2017 at 11:08
O senhor Aurélio Martins segue as orientações do senhor Primeiro Ministro, Patrice Trovoada e do seu Vice-Presidente Osvaldo Vaz, Director da Empresa Sonangol,o homem que virou às costas ao cidadão Pinto da Costa, pelo facto de não lhe ter aceite o cargo do Primeiro Ministro aconselhando-lhe que seria melhor nesta fase continuar no cargo do Director Geral da SONANGOL E DA ENCO e não do Primeiro Ministro a prazo. Se o tivesse aceite talvez nesta altura o seu lugar estaria ocupado por um outro cidadão. É que o senhor Aurélio é um empresário e não um político. Trata.se de um homem de negócio que tem algum trato com o senhor Primeiro Ministro, quando diz que o senhor Patrice Trovoada o deve 200 mil dólares Americanos.Como se observa e vê são dois senhores de negócios.É fácil compreender que os dois passam mais tempo fora de S.Tomé e Príncipe, desvinculando dos problemas reais do País.Isto de senhor Aurélio Martins convocar em simultâneo um encontro com a comissão Política do MLSTP/PSD, quando já sabia de uma outra reunião programada no Hotel Praia tem muito que se diga, falta moral e ética
João Carlos
30 de Outubro de 2017 at 11:08
A actual liderança do MLSTP deve perceber que a melhor maneira para lidar com isso, é convocar um Congresso extraordinário e por vias de eleições diretas clarificar se é com ele que o Partido deve ou não continuar ! A democracia é assim, o poder deve ser sufragado nas urnas…..
Quidide
30 de Outubro de 2017 at 11:36
Algo tem que ser feito e urgente para que o MLSTP se revitalize. Ninguém é dono do partido histórico. Os ressabiados e incompetentes que se afastem e dêm lugar à pessoas capazes. Queremos uma oposição firme, capaz de salvar o país do caos que se instaurou, Apre!
explicar sem complicar
30 de Outubro de 2017 at 13:31
Nino Monteiro está com uma divida de fisco da Rosema as finanças no valor de 30 BILHÕES DE DOBRAS equivalente a cerca de 1.200.000,00 (Um milhao e duzentos mil euros ).Esta sendo chantageando junto ao Aurelio Martins e recebendo orientaçoes e ultimato de Patrice Trovoada para fazer tudo para impedir o sucesso dos trabslhos do tal grupo de revitalização do MLSTP de forma ao ADI e Patrice Trovoada continuarem no poder e eles continuando na incerteza de pagarem ou não as suas dividas ao estado.
Foi assim que no passado dia 26 de repente Nino Monteiro, Aurelio Martins conseguem 500 MILHOES DE DOBRAS para improvisarem uma Comissao Politica falsa com Pacheco, Bonito, Vanbaster e alguns deliquentes e fumadores daquilo apenas para simulação de reunião embora apareceram cerca de dois ou tres membros de comissão politica e mais tres do conselho nacional. Os restantes foram pessoas que foram apenas marcar presença para receberem 5 MILHÕES DE DOBRAS cada. Cujo é as pessoas apenas passaram o tempo todo com telemoveis nas mãos acompanhando em direvto a transmissao da reuniao do grupo de revitalizaçao do MLSTP a partir do Hotel Praia.
Aurelio Martins está totalmente descontrolado ainda mais agora que Angola fechou torneira até Aurelio Martins resolver problema do dinheiro daEmbaixada de Angola em S.tomé que comeu e nao terminou a obra junto do estadio 12 de Julho.
Só malucos é que podem seguir Aurelio Martins, Vanbaster, Pacheco, Gaudencio, Nelson Mendes etc.
Quilixe Furtado
31 de Outubro de 2017 at 7:13
Na política não vale td.
Elevem-se
Realidade
31 de Outubro de 2017 at 7:29
Aurelio martins esta em desespero….
E o patrice trovoada esta tirar lucro da situaçao… patrice sabe q com aquele estafeta na presidencia d mlstp ele ganhara tdo em Sao Tome e Principe e ele sabe tbem q o riboquino esta falido….
Carlos Alburquerque
31 de Outubro de 2017 at 8:59
Como se tem dito por ai, os outros da oposição estão-se organizando e o MLSTP esta-se desorganizando.
O MDFM e UDD já uniram forças e o casamento não lhes vai ficar mal, sobretudo numa altura em que o proprio ADI está a desmoronar-se. O PCD ainda que em solavancos já esta a tentar recuperar a sua alma depois do Patrice Trovoada ter-ljes chamado de desalmados, portanto,isto está a aquecer em outros niveis enquanto o glorioso continua dando margens a uma fragilidade total.
O MLSTP, o meu MLSTP precisa se credibilizar, mas também não tem que ser necessariamente e apenas com Pinto da Costa. Tem-se que dar oportunidades aos outros, sobretudo as gerações mais novas, tal como fez o UDD e o MDFM, bastando ver para as pessoas que assinaram o tal acordo de união.
joao almeida
31 de Outubro de 2017 at 9:33
Aurelho Martins nao tem nivel para representar os santomenses. Valha-me Deus. Sao tome e mesmo uma republica das bananas. E so ganancia.
Maria de Fátima Santos
31 de Outubro de 2017 at 12:38
O Sr. Aurélio Martins ainda vai a tempo de salvar a sua dignidade (ou o que restar dela), reconhecendo que falhou como Presidente do Partido. Falha em não reconhecer os fracassos políticos e falha em fazer o jogo do adversário. De que vale “ser-se” oposição se se endorsa o poder?