7 meses após a erupção da polémica em torno do milho que o Ministério da Agricultura de São Tomé e Príncipe, importou da China para produzir ração animal, o Centro de Investigação Agronómica e Tecnológica do país, apresenta o resultado das análises.
O milho que foi introduzido na região de Mesquita, não é transgénico, mas sim híbrido. É a notícia que o Director Científico do CIAT, Severino do Espírito Santo, deu ao país na quinta – feira.
Segundo o Director Científico do CIAT, os exames que esclareceram o tipo de milho que foi lançado nas terras de Mesquita, foram realizados tanto no laboratório do CIAT como nos laboratórios internacionais. « Trangènico é um organismo que dentro do seu cromossoma tenha sido injectado o ADN de outro indivíduo… Posso injectar ADN de um fungo numa planta, logo se trata de um trangènico, o que não é o caso do milho chinês», explicou o Director Científico do CIAT.
A investigação feita elucidou também que o milho em causa, só pode atingir o seu nível máximo de produção se durante o cultivo forem aplicados adubos químicos. Um processo novo na produção de milho em São Tomé e Príncipe.
O Director Científico do CIAT deu também uma informação muito importante, sobre o milho híbrido importado da China. É que depois da colheita, as sementes desta variedade de milho, não podem ser utilizadas para uma nova sementeira.
Para realizar a segunda sementeira o país tem que importar as sementes no fornedor chinês, e assim sucessivamente.
Em cada ano os produtores de milho em São Tomé e Príncipe, lançam duas sementeiras com duração de 3 meses cada uma.
Caso o Governo avance com a produção em larga escala do milho híbrido da China, o perito científico do CIAT alertou para a necessidade de se separar as águas.
Segundo Severino do Espírito Santo, se o Governo definir a zona sul da ilha de São Tomé, para o cultivo do milho híbrido chinês, não se deverá naquela área introduzir as sementes do milho tradicional de São Tomé.
Ou seja, se a região sul for seleccionada para a produção do milho híbrido da China, a parte norte da ilha ficará com o milho tradicional de São Tomé, ou vice-versa. O importante é que as duas varidades não se cruzem, porque caso aconteça o cruzamento, não se sabe ainda, o que poderá acontecer de facto no espaço agrário são-tomense.
Os testes técnico-científicos foram realizados, e agora segundo Severino do Espírito Santo, caberá ao governo decidir sobre a dissiminação ou não, da cultura do milho híbrido de origem chinesa em São Tomé, e quiçá na ilha do Príncipe onde as autoridades locais preocupam-se e muito, com o equilíbrio ecológico daquela região autónoma.
Abel Veiga
WXYZ
24 de Novembro de 2017 at 5:41
Em determinados momentos da vida necessita se tambem de alguma ponderação para que a fogueira se mantenha sob controlo.
Martelo da Justiça
24 de Novembro de 2017 at 13:28
Quais são esses laboratórios internacionais? Não tendo sido analisado o milho antes, porquê que se avançou com uma produção a larga escala? Pelo que me apercebi a introdução desse milho no Pais terá as seguintes desvantagens:
1- Dependência em relação a China para a compra das cimentes;
2- O espaço físico que se utilizar não poderá ser introduzido o milho tradicional;
3- Caso isto acontecer não se sabe o que poderá acontecer ao meio ambiente;
4- É preciso a introdução de adubos químicos;
Martelo da Justiça
27 de Novembro de 2017 at 19:27
Correção: Sementes e não cimentes-
Jose Rocha
26 de Novembro de 2017 at 4:19
Esse milho não serve para o nosso país. Conclusão: sou contra a introdução desse milho em STP tendo em conta aa incertezas, dependência face ao fornecedor e outros aspectos pouco esclarecedores. Não se pode arriscar a essa experiência porque o nosso é muito pequeno.
Pumbú
26 de Novembro de 2017 at 5:16
Para quê nos serve entrar numa tamanha dependencia das sementes de milho da china (ou de qualquer outro canto do mundo)?
Vejam que depois vamos ter que gastar divisas todos os anos para comprarar sementes chinesas!!!!
Esse projeto so pode beneficiar alguns senhores a curto prazo desgraçando os agricultores nacionais.
Mas qual é o motivo de trocar o nosso milho pelo da china???
Esta é mais uma revelação da miopia na gestão sem estratégia versos futuro da nação…
Vungevc
26 de Novembro de 2017 at 11:42
Subscrevo.
DITADURA DA PEDRA
7 de Dezembro de 2017 at 9:36
Meu deus, elumina cabeça desses politico analfabeto, que Lêem o País ao contrário com Juizo pendura algures no rabo.
STP, Minha Pátria Amada
14 de Dezembro de 2017 at 15:09
A solução está bem visível, o governo se de facto está preocupado com melhorias alimentar e aumento de produção para nosso povo, deve desistir deste projecto o quanto antes, pois em todas as hipóteses imagináveis, nenhuma delas trazem vantagens para o nosso país, pelo contrário, empobrece-o em todas as vertentes:
1 – As sementes não podem ser utilizadas para um novo plantio, tornando-nos dependentes da China;
2 – A área de cultivo não terá utilidade para outra cultura;
3 – Requer utilização de adubos químicos para a sua produção (lembre-se que também esses produtos deverão ser importados);
4- Pode colocar em risco a produção do milho tradicional, sem contar os possíveis problemas ambientais, humanos e animais.
Ora vejamos, o nosso país já é por si só pobre e dependente de ajuda externa, a introdução deste cultivo em nada nos beneficiará…. Nunca vi milho precisar de adubo químico para produzir, como nunca vi milho cuja semente não pode ser utilizada para a nova sementeira. Cresci na agricultura, semeei milhos e outros cultivo, entendo bem desta matéria!
Não deixemos que o milho chinês destrua o que temos, se de facto o governo na sua cooperação vem buscando o melhor para STP, que o faça de forma vantajosa sem pôr em causa o nosso ambiente, a nossa tradição, o nosso eco-sistema. Espero que PT e seus seguidores reflictam bem sobre este caso e não metam os pés pelas mãos como tem feito desde que assumiu a liderança do nosso maravilhoso país.