Combatente da Liberdade da Pátria são-tomene, João Guadalupe Viegas de Ceita, mais conhecido no país por Dr. Guadalupe, vai ser solenemente agraciado esta quarta feira por Portugal, com o grau de Comendador da Ordem da Liberdade.
Segundo a nota de imprensa da embaixada de Portugal que chegou a redacção do Téla Nón, a cerimónia marcada para as 17 horas desta quarta feira, terá lugar na Chancelaria da Embaixada de Portugal em São Tomé.
A Embaixada de Portugal em São Tomé, explica o que é a “A Ordem da Liberdade”, e descreve a figura do homem e nacionalista são-tomense, Guadalupe Ceita, que vai receber a distinção da República Portuguesa.
Leia :
«A Ordem da Liberdade, é uma ordem honorífica portuguesa, criada a 4 de outubro de 1976, que distingue serviços relevantes prestados em defesa dos valores da civilização e da liberdade e em prol da dignificação do Homem.
O Dr. Guadalupe de Ceita nasceu em São Tomé, a 4 de fevereiro de 1929, e está ligado à criação, em 1960, do Comité de Libertação de São Tomé e Príncipe (CLSTP), que em 1972 contribuiu para o nascimento do Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe (MLSTP).
Em 1973 concluiu a Licenciatura em Medicina, na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa. Fez estágio de Cirurgia no Congo e foi Diretor do Hospital Geral de Bata, na Guiné Equatorial. Durante a sua estada em Lisboa frequentou a Casa dos Estudantes do Império, onde conviveu com vários líderes de movimentos anticoloniais.
A partir de 1980, na qualidade de Coordenador Geral de Medicina, trabalhou ativamente no Programa de Erradicação do Paludismo, tendo sido Diretor da Luta Antipalúdica da Região Subsaariana e membro do Painel dos 23 Paludólogos da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Em 2015 lançou o livro “Memórias e Sonhos Perdidos de um Combatente pela Libertação e Progresso de São Tomé e Príncipe”. É ainda autor de vários ensaios e artigos relativos ao combate antipalúdico, publicados na Europa e nos Estados Unidos, tendo realizado conferências em Portugal, Estados Unidos da América e Moçambique.
Fonte : Embaixada de Portugal em STP
antonio lemos
19 de Março de 2019 at 10:41
Dr. Guadalupe de Ceita, É mesmo NACIONALISTA de facto. As Autoridades Santomense, é que deveria ter esse papel em primeira mão. Por tudo que o mesmo passou, está sempre presente nesta TERRA que lhe viu nascer. ao contrario de muitos ditos nacionalista, só estão presente no Pais, quando conseguem estar no poder. Enfim! Nasceu cresceu lutou tanto pela causa da sua TERRA, está acabando na miséria. gostaria de saber, qual o estatuto que essa personalidade tem, como o grande combatente da Pátria SANTOMENSE?
Alligator
19 de Março de 2019 at 11:04
Apoio incondicionalmente esta iniciativa de Portugal.Pois o Dr Guadalupe de Ceita merece esta distinção, por todos os feitos em prol do desenvolvimento e bem estar, em termos sanitarios dos Santomenses e não so, tambem como combatente da patria, pela independencia!Parabens ao Dr Guadalupe.
Aristides Barros
19 de Março de 2019 at 11:07
Acho que há algo mal nesta publicação. O Dr. Guadalupe não pode ter feito a sua licenciatura em 1973. É falsa esta afirmação
Aristides Barros
19 de Março de 2019 at 11:11
Homenagem bem merecida ao Dr. Guadalupe de Ceita. A homenagem que STP devia ter feito a esta figura impar na politica santomense. Talvez o único político santomense sério e honesto.
antonio lemos
19 de Março de 2019 at 12:02
Sr. Aristides Barros, tem razão. deve ter havido gralha na digitação. pois, é mais certo que o mesmo tenha acabado em 1963, penso ter sido o Ano em que o mesmo veio de férias à S. Tomé, porque depois disso fugiu logo de Portugal.
Lourenco de Ceita Amorim Neto
19 de Março de 2019 at 14:27
A iniciativa é um gesto nobre. Creio que nunca lhe seremos suficientemente gratos.
luisó
19 de Março de 2019 at 15:15
Tinha que ser Portugal e ex-colônia a homenagear este Homem.
Da terra não se espera nada senão problemas e invejas.
Tinha que ser o ex-colono a dar valor e homenagear este Homem.
Aquele que não enaltece os seus e o seu passado não terá futuro.
País sem futuro.
Eu sou a mensagem
21 de Março de 2019 at 20:10
Sobretudo aquela embaixada de Portugal em S. Tomé que se transformou num fosso de humilhação para os santomenses no seu próprio país.
MIGBAI
3 de Junho de 2019 at 14:01
Eu como São-tomense não me sinto em nada humilhado com a embaixada de Portugal.
Aliás quem não quiser recorrer aos serviços da embaixada de Portugal sempre pode recorrer aos serviços das outras embaixadas.
Gentino Plama
19 de Março de 2019 at 17:35
O reconhecimento é sempre bom, não obstante a pessoa em causa ter sido infeliz nalguns casos.
No nosso País, São Tomé e Príncipe, havia muitas pessoas de Idade; isto é, a taxa de natalidade era baixa, as moça contraíam o matrimónio um pouco mais tarde, a volta dos 20 anos daí que a população era mais velha. Quando o Drº Guadalupe introduziu o DDT no país, no combate ao paludismo, toda essas pessoas que eram mais velha, pura e simplesmente sucumbiram. Como? Sendo o DDT o produto tóxico e o Prório tem a consciência que o é, aumentou a tensão arterial e a falta de meio para o debelar, a pessoa acabava por falecer. Muitos velhos morreram em sequência a outro sem que a pessoa em causa fosse responsabilizado. Anteriormente os colonos não usaram o DDT pelo facto deste ser nocivo a vida.
MIGBAI
3 de Junho de 2019 at 14:03
Estão a homenagem devia ser a todos os que este médico de sanzala matou.
Ainda bem que surgem pessoas com lucides para denunciarem estes casos.
Vanplega
19 de Março de 2019 at 18:21
Grande nacionalistas, foro de gema, grande carácter
Dr. Merece muito mais. O país nada fez por ele, o outro reconhece.
Muito bem, muito bem, é desse homem que a sociedade precisa.
Renato Cardodo
19 de Março de 2019 at 18:49
Finalmente vejo utilidade do parceiro que neste caso foi o colonizador d
Renato Cardodo
19 de Março de 2019 at 18:52
….dar palmada sem mão a classe política nacional.
João Almeida
19 de Março de 2019 at 20:16
Dos poucos políticos que nao se pode chamar de ladrão. Os políticos de São Tomé so pensam em roubar esquecendo sempre de homens que prestaram grande serviço a nação como é o caso do Dotor Guadalupe. Enfim
Eu sou a mensagem
21 de Março de 2019 at 20:11
Foi sim um homem de valor que deu muito a sua contribuição para a libertação e independente de S. Tomé e Príncipe. Nisto não temos dúvidas. Outra coisa particular, é elogiar Portugal por muito que fez. Respeito a opinião mas não concordo. O português nunca faz nada para alguém de graça. Houve também interesse e alguns proveitos. Muitos que fizeram e hoje não vive para contar histórias. O povo dos PALOP foram sempre explorados pelos portugueses. Colonitaram em 500 anos e só tiraram proveitos. Se hoje homenageia alguém, nem migalhas isso é. Falo porque os conheço bem. É bom conhecermos outros povos para melhorar avaliar o carácter ruim dos portugueses.
Um bem haja a todos.
Vitor Ambrósio
22 de Março de 2019 at 15:11
“O português nunca faz nada para alguém de graça” “Carácter ruim dos portugueses” “Colonizaram em 500 anos e só tiraram proveitos” “O povo dos PALOP foram sempre explorados pelos portugueses” Discordo totalmente do seu comentário, os portugueses foram dos europeus os mais tolerantes e abertos aos povos que encontravam pelo caminho das descobertas,claro que nessa empreitada nem tudo foi perfeito e ouve situações e acções lamentáveis mas os produtos finais dessa grande epopeia tem diversas formas desde Povos,arte,cultura,arquitectura,medicina,ciências,Gramática,Linguística entre muitas outras áreas do conhecimento deixadas por aqueles que você critica.
José Carlos Moreno Ribeiro
24 de Março de 2019 at 17:48
As lições de civismo do Dr Guadalupe de Ceita, médico e cidadão digno da conciência nacionalista e libertadora dos fundadores da RDSTP, devem ser devidamente avalizadas pelos aprendizes da «globalização» de que muitos de nós se pretende hoje. O seu mérito é mais do que reconhecido!