Política

Governo tenta repor segurança no Hospital Central

Confrontado com uma manifestação espontânea dos enfermeiros que exigiram justiça, face a morte de um dos seus colegas, após agressão cometida por familiar de um paciente, o Governo decidiu reagir.

O primeiro-ministro Jorge Bom Jesus, que se reuniu no dia 21 de Setembro, com um grupo dos manifestantes, convocou de seguida uma reunião de crise.

O Director Geral do Hospital Ayres de Menezes, Américo Pinto, o Ministro da Saúde Edgar Neves, e o Ministro da Defesa e Ordem Interna Oscar Sousa, participaram na reunião que avançou com medidas ditas de urgência.

O reforço de segurança no espaço hospitalar é uma das medidas. «A presença de profissionais especializados no domínio da segurança vai, ser realidade nos próximos dias», afirmou Américo Pinto.

Segundo o Director Geral do Hospital Central, o reforço da segurança é uma questão premente. «A limitação de entrada de pessoas para os serviços também é uma medida urgente», frisou.

A reunião de crise convocada pelo Primeiro-ministro, analisou em detalhe as causas da onda de agressão que tem marcado o convívio entre os pacientes, os seus familiares, e o pessoal clínico.

Para prevenir a agressão e a pancadaria nos centros de saúde, situação que já provocou a morte de um enfermeiro, as autoridades governamentais, pretendem formar «os profissionais dos serviços críticos como banco de urgência, a portaria, e outros serviços», explicou o Director Geral do Hospital Central.

A formação do pessoal clínico e os serviços auxiliares, visa segundo Américo Pinto, «melhorar a humanização dos serviços hospitalares».

O Director do Hospital, é médico de profissão, e reconheceu que a agressão nos centros de saúde tornou-se frequente. «Analisamos os incidentes de agressão que tem com muita frequência acontecido nas unidades sanitárias, e muito particularmente no Hospital Ayres de Menezes», confirmou.

O enfermeiro Cristiano Pedroso, que encontrou a morte no passado dia 21, facto que provocou grande manifestação da classe dos enfermeiros nas ruas da cidade capital, foi alvo dias antes de golpes de boxe no seu posto de trabalho.

«Houve uma situação de agressão contra um enfermeiro no seu posto de trabalho. Pouco tempo mais tarde esse enfermeiro, acabou por falecer…», pontuou.

Américo Pinto, garantiu para a imprensa que o governo de Jorge Bom Jesus, se predispôs no sentido de tudo fazer para que o reforço das medidas de segurança nos centros de saúde, seja implementado «a velocidade que o momento exige».

Abel Veiga

7 Comments

7 Comments

  1. Nilton de Almeida

    24 de Setembro de 2020 at 22:44

    Resta em paz meu amigo Cristiano.

  2. Sempre atento

    25 de Setembro de 2020 at 7:41

    Esse primeiro ministro basta alguém disparar que assusta logo e toma medidas. Até parece telecomando que alguém maneja.As medidas não podem ser só do lado dos clínicos e sim uma medida equilibrada para também defender àqueles que por várias situações recorrem aos nossos hospitais em busca de socorro e bom atendimento. O shr 1° ministro já fez um balanço de vidas perdidas por negligências dos agentes da saúde? O shr deve estar descontrolado ou fadiga da governação? Agora com essa decisão vai fazer aumentar os abusos por parte do pessoal clínico. Às vezes eles reclamam não só pela agressão mas sim pelas condições de trabalho. O director do hospital já tentou fazer um inquérito para saber como anda evolução de atendimento aos pacientes? Vocês estudaram muito até que a memória enfraqueceu na prática. Façam o vosso trabalho de casa com zelo e profissionalismo deixem de mostrar aquilo que não tem. Procuram fazer o que é bom e melhor para as pessoas e o povo em geral.
    Tirem-me desse filme.
    Um bem haja. Fui…

  3. Lugido

    25 de Setembro de 2020 at 11:59

    Faço minhas as palavras de sempre atento. Bem dito. Agora quem está lixado é o Zé povinho que se dirige as urgências. Vão levar borracha até dizer chega. Não vai interessar a má qualidade de atendimento.

  4. JACA DOXI

    25 de Setembro de 2020 at 15:03

    Não compactuo com qualquer tipo de violência e pior ainda, fisicas, ao ponto de tirar vidas entretanto, é preciso também exigir alguma responsabilidade aos profissionais de saúde em São Tomé que em muitas ocasiões, não atuam como tal, quebrando todo o juramento e a ética deontológica de qualquer profissional de saúde. Chegam muitas vezes a maltratar os pacientes, não entendendo de que as pessoas se dirigem ao hospotal, porque precisam de ajuda. caso contrário, não iriam e ele existem para ajudar a salvar vidas.
    è preciso também responsabilizar esses profissionais por negligências e incompetências, para evitar reações a estimulos causados muitas vezes por estes mesmos profissionais que em ocasiões, chegam a ser mesmo pessoas sem alma.

    Seguramente que agindo bem com os pacientes, será a maior medida de segurança que poderá ser adotada.

  5. Lugido

    26 de Setembro de 2020 at 8:09

    Isto é uma fantochada. Se os próprios profissionais de saúde agridem verbalmente os doentes e seus familiares. Quem não se recorda do caso do enfermeiro que há alguns anos atrás agrediu a Dra Manuela nos Hospital.As mortes negligentes que acontecem naquele hospital e nunca foram seriamente investigadas. Agora o pessoal de saúde são uns santinhos e o povo que não tem saúde é que é o diabo não é? Já estou a ver doentes a serem agredidos a paulada quando se dirigem ao hospital.

  6. Como será

    26 de Setembro de 2020 at 21:20

    Misericordia Senhor meu DEUS, misericordia com este povo.

  7. Alligator

    28 de Setembro de 2020 at 15:58

    O pessoal clínico( médicos, enfermeiros, técnicos sanitários, auxiliares e etc) reivindicam segurança nos hospitais e postos médicos.Está bem; é legítimo e compreende-se a preocupação dos mesmos. E os doentes e utentes que vêm as suas vidas negligenciadas por este mesmo pessoal clínico e sem que ninguém os acuda, cá dê a segurança para eles?

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