José Eduardo dos Santos liderou a nação de língua portuguesa por quase quatro décadas; secretário-geral lembrou do papel dele na luta pela independência de Portugal e na assinatura do acordo de paz que acabou com a guerra civil em 2002; já o presidente da Assembleia Geral, Abdulla Shahid, disse que ex-chefe de Estado esteve à frente de Angola durante “tempos muito difíceis”.
O secretário-geral das Nações Unidas afirmou que está triste com a notícia da morte do ex-presidente de Angola, José Eduardo dos Santos.
Em nota, emitida pelo seu vice-porta-voz, António Guterres, lembrou p passado de dos Santos como integrante da Movimento Popular pela Libertação de Angola, Mpla, durante a luta de independência como colônia de Portugal.
Entrada nas Nações Unidas em 1975
O chefe da ONU ressaltou ainda que sob a liderança de José Eduardo dos Santos, o país assinou o acordo de paz, de 2002, que colocou fim à guerra civil, que eclodiu após a independência.
Segundo agências de notícias, José Eduardo dos Santos, 79 anos, estava sendo tratado de problemas de saúde na Espanha, onde faleceu.
Dos Santos sucedeu o primeiro presidente angolano, António Agostinho Neto, após a conquista da independência de Portugal, em 1975. Neste mesmo ano, o país entrou para as Nações Unidas como Estado-membro.
UN Photo/Milton Grant
Importante parceiro regional e do multilateralismo
Ele deixou a presidência em 2017 após 38 anos de governo. O seu sucessor é o atual presidente João Lourenço.
Em sua nota, António Guterres lembrou que como presidente angolano, José Eduardo dos Santos levou a nação a se tornar um importante parceiro regional e internacional. Ele ressaltou ainda o legado de dos Santos para o multilateralismo.
Guterres encerrou, expressando profundas condolência à família do ex-presidente, ao governo e ao povo de Angola.
Em nota separada, o presidente da Assembleia Geral, Abdulla Shahid, também expressou pesar pela morte de José Eduardo dos Santos, em sua conta numa rede social.
Segundo ele, o ex-presidente de Angola esteve à frente do país em “tempos muito difíceis”.
PARCERIA – Téla Nón / Rádio ONU