Política

Partido Novo e o MUDA acataram a extinção automática

Em São Tomé e Príncipe o Tribunal Constitucional decretou a extinção de todos os partidos políticos que não conseguiram atingir 0,5% dos votos expressos nas eleições de 25 de Setembro.

Pelo menos 4 partidos e movimentos que participaram nas eleições acabaram por ser extintos.

O Movimento Social Democrático – Partido Verde de São Tomé e Príncipe, liderado pela activista social Elsa Garrido, é um dos partidos que foi extinto pelo Tribunal Constitucional no dia 4 de Outubro.

O Partido de todos os são-tomenses, de Aniceto Penhor, também não conseguiu ter 0,5% dos votos expressos nas urnas de 5 de Setembro, e foi extinto.

MUDA – Movimento de União para o Desenvolvimento Amplo de São Tomé e Príncipe, liderado pelo engenheiro Tomas Vera Cruz(na foto em cima), é outro partido que deixou de existir.

«Está na lei, e nós como pessoas legalistas temos que aceitar que a lei foi aplicada. Sabíamos que era um risco. Estamos confortáveis com esta decisão do Tribunal Constitucional», afirmou Tomas Vera Cruz.

MUDA promete ressurgir dentro de 4 anos com uma nova roupagem. «MUDA vai ressurgir provavelmente com outra designação, mas com o mesmo espírito forte e de luta contra a corrupção», assegurou o engenheiro Tomas Vera Cruz.

O Partido Novo de Abílio Espírito Santo, também teve muito pouco tempo de actividade política.  

Abílio Espírito Santo em campanha eleitoral(Primeiro à esquerda)

«Ninguém está acima da lei. Tudo que é lei deve ser cumprido. Não conseguimos os 0,5% para continuarmos como partido. Respeitamos a lei», declarou Abílio Espírito Santo.

As ideias não morrem. Os membros do extinto partido novo, continuam a projectar ideias e políticas para São Tomé e Príncipe.

«O partido é formado por pessoas. Acredito que as pessoas vão continuar com a política e a luta. Não como partido Novo mas de forma independente. Acreditamos que dias melhores virão», reforçou o ex-Presidente do extinto Partido Novo.

Os ex-dirigentes dos extintos Partido Novo e o MUDA aproveitaram para alertar as autoridades para o cumprimento das leis, sem dois pesos e duas medidas.

Tomas Vera Cruz do extinto MUDA, preferiu interrogar o Tribunal Constitucional. «Perguntamos agora à aqueles que nos eliminaram como é que eles aceitaram que essa lei que nos foi aplicada, não servisse também para anular as eleições? Porque não se respeitou o artigo número 2 parágrafo 3 da mesma lei, que diz que o recenseamento eleitoral é obrigatório».

Tomaz Vera Cruz justificou que ninguém «nos garante que todos esses eleitores que fizeram 18 anos nos últimos tempos, não nos daria os 10 ou 12 votos que precisamos para continuar com o partido político legal», frisou.

A Democracia de São Tomé e Príncipe conta agora com apenas 9 partidos políticos em actividade. Sendo 7 com vocação nacional, e 2 partidos que batalham pelo poder na ilha do Príncipe, a UMPP e o MVDP.

Abel Veiga  

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