Política

Governo e a Francofonia dinamizam a cooperação e reforçam o ensino da língua francesa

Na semana em que São Tomé e Príncipe acolhe a XIV cimeira da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, a Organização Internacional da Francofonia fez chegar ao país um enviado especial que se reuniu com o Primeiro-ministro Patrice Trovoada.

Desire Nyruhirira, o enviado especial do secretário-geral da francofonia esteve na terça feira no Palácio do Governo e após reunião com Patrice Trovoada garantiu que o chefe do governo são-tomense manifestou interesse em promover a língua francesa na sociedade e no ministério dos negócios estrangeiros do país.

Os diplomatas de São Tomé e Príncipe vão ser submetidos ao ensino da língua francesa, e todos os são-tomenses deverão aprender o francês.

«Formação dos são-tomenses para elevar a qualidade do francês, e sobretudo trabalhar na formação dos diplomatas são-tomenses no domínio da língua francesa. É o primeiro domínio no qual o senhor Primeiro Ministro apoia e está muito interessado», declarou o enviado especial da Organização Internacional da Francofonia.

Segundo Desire Nyruhirira, a língua francesa abre oportunidades de negócios, e fomenta a mobilidade dos são-tomenses para o mercado da África Central.

«Francês é uma língua de oportunidade de negócios. E como vocês realizam comércio com Doula(Camarões), Lomé(Togo) etc, é importante que promovamos à mobilidade do francês», frisou, Desire Nyruhirira(na foto).

O segundo grande objectivo da organização internacional da francofonia é implementar o projecto “Francofonia para Elas” em São Tomé e Príncipe. Um projecto avaliado em mais de 100 mil euros para apoiar as mulheres chefes de família.

«São projectos com financiamentos acima dos 100 mil euros. Vamos fazê-lo por a disposição de STP de peritos para ajudar as mulheres a prepararem o projecto que deverá ser submetido para financiamento em 2024», precisou.

O enviado da francofonia explicou que o projecto “Francofonia com Elas” foi criado durante a pandemia da COVID-19, para apoiar as mulheres africanas que perderam fontes de rendimento.

«A Organização Internacional da Francofonia quer doravante fazer uma cooperação mais forte com São Tomé e Príncipe», pontuou.

Desire Nyruhirira enalteceu a alternância democrática que o povo imprimiu no sistema democrático do país. Considerou como sendo um exemplo de democracia em todo o continente africano.

Desde a década de 90 do século XX, que São Tomé e Príncipe é membro da comunidade francófona. Recentemente o Primeiro Ministro Patrice Trovoada acompanhado pela ministra da juventude e desportos Eurídice Medeiros participou nos jogos da francofonia na República Democrática do Congo.

A organização internacional da francofonia e o governo são-tomense decidiram esta semana lançar as bases para a intensificação da cooperação bilateral, e para o incremento da língua francesa no arquipélago.

Abel Veiga

2 Comments

2 Comments

  1. Sem assunto

    23 de Agosto de 2023 at 11:41

    Paliativos e remendos nas quais em 3 anos ninguém mais se lembrará dele e em nada acrescenta para o país. É este o rótulo real de todos os projetos que chegam até nós.
    A língua materna desaparece em velocidade da luz, a língua oficial é mal falada e escrita, o desemprego é altíssimo, o poder de compra é zero, a economia não cresce, a população jovem diminuí aceleradamente devido a emigração indiscriminada e anárquica, digo eu, e em cima de tudo isto, e muito mais, o governo brinda nos com este plano fantoche. Acreditam que são espertos e nós parvos.
    Vão se embora, dimitam se em bloco, aldabrões, se não podem e não sabem governar deem lugar aos outros.

  2. Lucas

    24 de Agosto de 2023 at 8:48

    Com todo o respeito *dar o lugar aos outros * .Pergunto eu que outros?
    Mais do mesmo.Gente sem formação e pior que tudo gente sem princípios.Se assim não fosse que me expliquem, por favor,se os colonos ,como dizem,deixaram- nos um país organizado com infraestruturas do melhor que havia em Africa e ainda por cima rico como chegamos a este estado de absoluta desgraça e pobreza.Nao estava cá para ver quando os colonos se foram mas essa gente deixou marcas que ainda hoje perduram.Todos podemos ver um pouco por todo o Pais estruturas de apoio às actividades aqui desenvolvidas.Sinto-me pequeno na presença de tais construções mas tudo em ruina e ao abandono.Daí a minha geração está de saída e em força de São Tomé Chamem-lhe uma emigração anárquica chamem-lhe o que quiserem eu e a minha geração não contribuímos para esta miséria pelo que não temos que pagar porisso.Assiste-nos o direito de procurar uma vida digna, seja onde for, e que os nossos filhos tenham uma infância feliz e consequente ensino de qualidade.Que fiquem os *dinossauros* inuteis e gordos comendo-se uns aos outros

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