Política

Cabo Verde aumenta o número de bolsas de estudo para os santomenses

São cento e cinquenta bolsas de estudo, sendo cem para o ensino superior e 50 para a formação profissional que Cabo-verde vai colocar, anualmente, à disposição de São Tomé e Príncipe.  

O acordo foi rubricado na capital santomense pelos chefes da diplomacia dos dois países.  

«Este acordo vai permitir que estudantes de S. Tomé e Príncipe beneficiem de bolsas de estudo e alojamento em residências universitárias para fazerem as formações nas áreas onde S. Tomé decidir como prioritárias, mas também no domínio da formação profissional, por exemplo, na área de turismo, uma vez que temos uma escola de hotelaria e turismo que resulta de uma cooperação tripartido com o Luxemburgo que, pode acolher jovens estudantes santomenses» -desse o ministro cabo-verdiano dos negócios estrangeiros, cooperação e integração regional.

Segundo Rui Soares, o acordo rubricado esta segunda-feira, vai ao encontro do lema da XIV Cimeira da CPLP “Juventude e Sustentabilidade”.

Para o ministro dos Negócios Estrageiros, Cooperação e Comunidades de S. Tomé e Príncipe, Gareth Guadalupe, a semelhança do que tem acontecido com Cabo-Verde, o acordo de mobilidade da CPLP tem permitido a emigração de muitos jovens à procura de melhores oportunidades.

«Esse acordo vem no sentido de apoiarmos a nossa juventude, dando-lhes melhor qualificação possível e, permitir que eles sejam mais competitivos quer seja aqui, quer nos países que decidem emigrar».

O acordo foi assinado sob o olhar atento dos primeiros-ministros dos dois países, respetivamente, Patrice Trovoada de S. Tomé e Príncipe e Ulisses Correia e Silva de Cabo-Verde.

O chefe do governo cabo-verdiano disse que os ditos pequenos países, só são maiores quando trabalham em conjunto.

«As nossas relações com S. Tomé e Príncipe são muito especiais. Para além dessa disponibilidade de bolsas para formação, temos mais ações em áreas como agricultura, sistema de abastecimento de água, economia digital, economia azul porque somos mais mar do que a terra, portanto, temos aqui um grande caminho de trabalho conjunto» – sublinhou Ulisses Correia e Silva.

Para Patrice Trovoada «Cabo-verde tem feito alguns avanços em vários domínios, nomeadamente, na formação profissional, no turismo, na indústria e economia do mar e tem muito à partilhar connosco. Precisamos de voltar aos níveis de cooperação que tivemos há tempos atrás».

A próxima reunião da comissão mista entre os dois países, segundo Patrice Trovoada, está agendada para o próximo ano. 

José Bouças

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