A Associação das Comunidades Cabo-verdianas em São Tomé e Príncipe, tem a designação de Ké-Morabeza.
Um termo que une São Tomé e Príncipe e Cabo Verde. Ké significa em crioulo fôrro CASA, e Morabeza é o termo em crioulo cabo-verdiano que pode significar simpatia, bom acolhimento.
A Associação Ké-Morabeza reuniu-se com o Presidente da República, Carlos Vila Nova, no dia 31 de Outubro para apresentar o plano de acção para o período 2023-2026.
«A comunidade cabo-verdiana reside nas antigas roças, e sabemos qual é a situação. Estamos a falar da falta de água potável, estrada, educação, e sobretudo o emprego jovem. Queremos ter o Presidente da República como parceiro para levarmos em diante o projecto», explicou Domingos Baeça(na foto), o Presidente da Associação Ké-Morabeza.
O envolvimento da diáspora cabo-verdiana espalhada pelo mundo é fundamental, para resolver os problemas sociais já identificados.
«Somos mais de 1 milhão de cabo-verdianos na diáspora, e mais 500 mil residentes em Cabo Verde. Se conseguirmos mobilizar 1 euro por cada cabo-verdiano, acredito que vamos conseguir pôr água potável em muitas comunidades de São Tomé e Príncipe», assegurou o presidente da associação.
O Presidente da República, foi sensibilizado a unir as mãos, D, junta Món, para influenciar a diáspora cabo-verdiana e toda a sociedade santomense nas tarefas de empoderamento dos habitantes das roças de São Tomé e Príncipe.
«O Presidente da República desempenha papel preponderante na política social, e viemos apresentar o nosso programa que também vai de encontro ao que o Presidente da República pretende fazer nas comunidades», concluiu Domingos Baeça.
Um projecto de apoio social que pode contribuir para a redução do índice da pobreza em São Tomé e Príncipe.
Sociedade civil são-tomense de origem cabo-verdiana cultiva parcerias para ajudar a aliviar os problemas sociais dos habitantes das roças.
Note-se que os problemas sociais dos habitantes das Roças foram recentemente aproveitados por um partido político para ganhar votos nas eleições legislativas de 2022. Mas, até o momento não se registou qualquer acção concreta da coligação parlamentar MCI-PS/PUN que apoia o governo, na resolução ou mitigação dos diversos problemas sociais que prometeram aos chamados “Filhos da Roça”.
Abel Veiga
