Política

No meio da greve geral na educação governo negoceia com os sindicatos da saúde

Estabilidade social está ameaçada no início do ano 2024. Reunido em conselho de ministros presidido por Patrice Trovoada, o governo diz que voltou a constatar uma melhoria salarial para os docentes no âmbito do orçamento geral do Estado para 2024.

«O Governo voltou a constatar que o Orçamento Geral do Estado para o presente ano, comporta uma melhoria salarial para os docentes, segundo a carga laboral de cada nível de ensino, como a seguir se indica: a) pré-escolar: 6,60% a 8,20%; b) 1.º ciclo do ensino básico: 27,71% a 34,47%; c) 2.º ciclo do ensino básico e ensino secundário: 6,40% a 14,28%.»

O conselho de ministros acrescenta ainda que no âmbito do orçamento geral do Estado para 2024 todos os professores de formação superior «passarão a receber na sua categoria e haverá mais dois salários (13.º mês e subsídio de férias) para os funcionários e agentes do Estado, incluindo, como não podia deixar de ser, os professores».

O executivo diz que com base nas melhorias salariais inscritas no orçamento geral do Estado e por força da progressão na carreira docente, apresentou a intersindical da educação uma proposta de memorando. «Moção no entanto recusada, tendo a intersindical afirmado que a greve só será suspensa se houver uma alternativa positiva ao salário de base», precisa o conselho de ministros.

A reacção da intersindical em recusar a proposta de memorandum provocou estranheza por parte do Governo.

«Nesse ambiente de intransigência, o Governo estranha e não compreende as reais motivações da greve, que como se verifica, prejudica as crianças, os jovens e as famílias, visto que qualquer são-tomense entende o nível do aumento salarial e, no caso do 1.º ciclo ensino básico, esse aumento salarial será maior que o valor da inflação».

Ao mesmo tempo, o executivo procura resolver o mais rápido possível as reivindicações dos sindicatos do sector da saúde. Reivindicações que provocaram a paralisação dos centros de saúde do país nos finais do ano 2023.  

«No sector da saúde e no âmbito das conversações que decorrem junto dos sindicatos, o Governo orientou igualmente a titular da pasta, a continuar a empreender esforços e acções que visem a aceleração do processo de abertura dos cursos de complemento e de nivelamento», realça o comunicado do conselho de ministros.

O conselho de ministros de São Tomé e Príncipe destaca no comunicado, mais um elemento que prova a enorme pressão social reinante no país, em consequência da explosão do custo de vida. Trata-se da cíclica rotura do stock dos produtos da cesta básica.

«Para responder a situações de alguma escassez de produtos de primeira necessidade, o Governo decidiu institucionalizar uma equipa multissectorial, que deverá incluir os operadores económicos e, se for o caso, os bancos e as agências de navegação, para acompanhar o abastecimento do mercado nacional».

Abel Veiga

O leitor tem acesso ao comunicado do Conselho de Ministros de São Tomé e Príncipe –

7 Comments

7 Comments

  1. Renato Cardoso

    19 de Março de 2024 at 13:03

    Nas Ilhas podem fechar tudo que isto não altera absolutamente nada!
    Faz-se de conta que existem instituições e está tudo em funcionamento mas é sempre o mais do mesmo!

    • paulo canela

      20 de Março de 2024 at 8:23

      o poblema é o negro

    • Quebra Osso

      21 de Março de 2024 at 7:49

      Como que define a palavra “negro”? Mulatos, africanos de pele negra (escura ou clara), mestiços, filhos e filhas de mulatos e mestiças? Pessoas oriundas do pai Africano e mãe Europeia ou vice-versa, afroamericanos, chinês/africano, latino/africano, jamaicanos, cubano negro, etc. Existem muitas variações daquilo que se designa de negro. Ou está se referindo “negro” com conotação negativa para rebaixar ou inferiorizar?
      Pelo facto de alguns negros ser problema, não justifica que todos os negros e negras são obstáculos e “problema.” Nesta ordem da sua interjeição não justifica que quem é o maior problema são os Brancos, os pulas que causam o problema. Ou não? Temos de refletir sobre a causa(s) do problema e não só apontar os dedos e culpar o negro.
      Da impressão que valoriza muito a outra raça e condena o inocente ou ignorante. O maior problema no mundo que mais causa são quem? Não acho ser o negro. Negros fantoches e malvados são sem dúvida o problema. Porque são eles usados como ferramenta de fazer mal ao benefício de outrem. Temos de passar a educação e dar informação correta.
      Somos todos problema. Ninguém nos irá salvar. Temos de encontrar a solução ou soluções aos nossos problemas e minimizar causar mais danos.
      Tudo começou mal a partir da tribalismo e escravatura.
      É imprescindível valorizar os negros e as negras que fizeram e fazem bem na sociedade.
      É preciso fazer distinção e não por todos os negros no mesmo saco. Não acho ser justo ou correto.
      Mudar de mentalidade, minha gente!
      É complicado.
      Cada um faz a sua parte para melhorar a nossa sociedade rumo a um futuro melhor para a geração vindoura.
      A nossa sobrevivência neste planeta dependerá do papel e da responsabilidade que todos temos nele.

  2. Sem assunto

    19 de Março de 2024 at 14:21

    2026 promete….colocaremos para fora do país o Pigmeu Patrice Trovoada e toda a sua cúpula sanguessugas para longe de São Tomé e Príncipe.
    Não partiremos para a violência, a nossa ação será pacífica, basta assinalar uma cruz na urna em qualquer outro candidato ao primeiro ministro e não a este mal encarado, sinistro, bandido.
    Não nasceste cá, não falas nenhuma língua local, não tens nenhum interesse aqui, não olhas nos olhos da nossa gente para entenderes o que eles querem e por conseguinte despreza os como que se de c.co trata-se.
    A forma distante e arrogante como tratas os professores é aceitável?
    Foste burro na escola, tens trauma dos chicotes que apanhaste por não teres sabido ler nem saber tabuada, isto é visível pela forma desenrascada como falas, e pelo fato de até então ninguém nunca ter visto a tua ortográfia, todavia estes coitados dos professores atuais não são culpados.
    Dê ao César o que é de César.

    • Quebra Osso

      21 de Março de 2024 at 8:05

      Betinho arrrrrebééénnto contigo pá!
      Quem é esse tal Sem Assunto fraquíssimo que anda por aí e não tem noção daquilo que diz, quer dar lição naquilo que se chama “violência” à quem? Ideia pácátá do Pigmeu desse Sem Assunto!
      Fraco!
      O Estado Santomense sempre cometeu violências contra este povo desde do tempo do Partido Único até agora, Era de Patrice Trovoada!
      Não use a palavra que não entendes muito bem.
      O povo tem que se defender contra o mal!
      O Pigmeu Betinho sai fora com o teu sermão de fraqueza!
      Em que contexto se refere violência?
      Violência doméstica?
      Violência psicológica?
      Violência verbal e emocional?
      Violência física?
      Violência sexual?
      Violência económica e financeira?
      Violência (terrorismo)?
      Etc., etc.

      Os políticos corruptos, classe podre doentia, elite de m&rd@ estão constantemente usando violências contra o povo Santomense. Os corruptos e os racistas são violentos!
      Não pagam povo. Abusam!
      Tudo isso são formas de violências contra a nação.
      Não sabias disto?
      Fraco!
      Como se combate violência?
      Gostaria de usar uma palavra feia para ti ofender como fazes aos outros para ti fazer sentir por dentro, mas não vou.
      Vou sim usar o restraint e a disciplina para não me meter na linha dos Pigmeus—palavras que adoras profundamente de usar.
      Os roubos do dinheiro do povo (os desvios nos cofres das finanças públicas) é uma forma de violência—fazer os pobres, crianças, mulheres grávidas passar mal, passar fome! Tudo isso é violência!
      Tenha nexo!
      Como se combate a violência?
      Explica-te!
      O povo se fosse mais esperto do que é, já
      Temos tentando de forma pacífica em mais de vinte gerações. O resultado é este.
      Por um lado, a forma pacífica poderá dar resultados positivos com pessoas pacífica.
      Os selvagens racistas e os corruptos fantoches não entendem essa linguagem de pacifismo.
      Não estou chamar a violência
      Estou sim argumentando qual sei-a a resposta ideal para se combater as” maldição.
      Como é que se combate a violência?
      Ser Ingênuo e ser desonesto é contraprodutivo e substancia o nível de propaganda enganadora à realidade.
      Aqui não aldrabas ninguém.
      Povo está farto de injustiça.
      Tem-se que fazer algo para combater o mal!
      Não há outra solução senão rejeitar o mal social…

      O povo não vence as batalhas com os fracos!

      Só críticas, não fazes nada. Só palavras sem ação.
      Triste.

      O Povo tem que acordar e combater as porcarias que nos sujeitam!

  3. Fim de Salazar: Dia 25 de Abril

    19 de Março de 2024 at 15:25

    Seria uma boa ideia fazer resistência, greves, à frente das resistências de Patrice Trovoada e também onde residem os colonos administradores e os gestores dessa Agripalma. Temos de por o fim aos abusos em São Tomé e Príncipe!
    Si fugiram para Lisboa com o dinheiro, então já saberemos as intenções desses terríveis exploradores do povo.

  4. Ziaurmarx Ramman Menezes Afonso Fernandes

    20 de Março de 2024 at 7:32

    Senhor primeiro ministro, os professores e a população estão fartos. Apresentar aqueles números e dizer que faz parte de um memorando para 2024 é uma coisa que qualquer um pode fazer. O que significa aqueles números? Será que em 2024 São Tomé e Príncipe começará a criar riquezas? O seu ministro das Finanças o disse de uma forma arrogante, até fica se com impressão que é a casa do pai dele, e não um cargo público que qualquer Sãotomense pode ocupar, e foi claro, São Tomé e Príncipe não tem condições para aumentos.
    Duas soluções, que continuo a dizer, ou se faz reforma geral, e salarial ou se remove quem as deve fazer, começando por si, senhor primeiro ministro. É de lembrar que os senhores são servidores públicos e para estarem lá tinham que ser eleitos, pelo povo que hoje pede melhores condições.

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