O maior partido da oposição em São Tomé e Príncipe considera que o Primeiro-Ministro Patrice Trovoada já não tem condições para continuar à frente do governo. O MLSTP apela ao chefe do governo que facilite o trabalho do Presidente da República, colocando o cargo à disposição.
“Na nossa ótica, o próprio Primeiro-Ministro deveria olhar para esta situação e dizer: Eu acho que desta maneira não consigo. Ele tem que assumir pessoalmente esta responsabilidade. O próprio Primeiro-Ministro deveria colocar o cargo à disposição,” disse Raúl Cardoso, membro da Comissão Permanente do MLSTP.
Por outro lado, o MLSTP expressa preocupação com a possível aprovação pela Assembleia Nacional do projeto da nova Lei Orgânica do Banco Central de São Tomé e Príncipe. Além de alterações na estrutura orgânica da instituição, o maior risco, segundo o partido, está no número 4 do artigo 15.º, que aborda a reintrodução em circulação de notas anteriormente retiradas.
“O número 4 diz o seguinte: em circunstâncias devidamente fundamentadas por motivos de interesse público nacional, o Banco Central pode, mediante autorização do governo por decreto, atribuir poder liberatório às notas e moedas retiradas de circulação, procedendo à sua reemissão” – avançou Danilo Santos, membro da comissão permanente.
O MLSTP manifesta preocupação com o risco associado ao artigo, apontando que ainda hoje persistem várias denúncias relacionadas com as notas de 200 dobras retiradas de circulação em 2019
“As notas de 200 dobras foram alvo de muitas denúncias. Ficou praticamente provado que elas estavam a circular em Portugal. Isso significa que existem notas de 200 dobras fora do controle do sistema financeiro nacional e que, mesmo após terem sido retiradas de circulação, continuam fora do controle. Com esta norma, tal como está, essas notas podem de fato voltar a circular, o que não pode acontecer“.
O MLSTP apela ao Presidente da República para que se mantenha atento ao que classifica como mais uma manobra do governo da ADI, com potenciais consequências imprevisíveis para a economia nacional.
José Bouças
ANCA
6 de Janeiro de 2025 at 20:38
A oposição se faz com planeamento, projecto de governação bem estruturado para o país nos proximos tempos, coisa que o MLSTP, jamais fez, nem tem planos nem visão, nem projectos estruturantes para São Tomé e Príncipe, assim como todos outros partidos, há e continua haver crispação dentro do MLSTP, como sempre houve, é inútil pedir a demissão do actual governo, depois para vir a manter tido na mesma ou pior, assim foi com o governo anterior.
É chegado o tempo dos irmãos da ilha do Princípe, farem o seu contributo, e participarem no desenvolvimento do país, pelo menos têm sido mais coerente, mais humildes, consentaneos com a realidade do país, assim como é chegado a hora, da sociedade civil, pessoas de boa fé, independentes darem seu contributos ao desenvolvimento do país.
Esta não é boa perpectiva, nem altura, nem solução, a demissão do governo, ou a convocação das eleições, temos que ter visão, visibilidade, previsibilidade, ter noção da realidade internacional sua evolução futura, bem como estar cientes da realidade interna, e o caminho que se tem que fazer, trilhar para invertermos o quadro.
Há necessidade de estabilidade interna neste momento, há que ponderar e ponderar bem, ao mesmo tempo que se deve exigir ao governo mais responsabilidades na condução gestão país, para não augurar ainda mais a situação interna, cada crise que se desenvolve, num país pequeno território, população, administração como nosso, com dirigentes pouco humildes, dirigentes e deputados pouco ou nada preparados, com instituições administração e justiça, economia e finanças fracas, gera ainda uma crise maior, sem solução, é altura de falar a verdade ao São Tomenses.
Pratiquemos o bem
Pois o bem
Fica-nos bem
ANCA
6 de Janeiro de 2025 at 21:37
Uma vez demitido o primeiro-ministro, ao ADI pede-se ponderação, responsabilidade para nomear uma nova figura para o cargo do primeiro-ministro, que o primeiro-ministro demissionário jamais venha agora, justificar que o sistema Semi Presidencialista de pendor parlamentar, nada permite a governação ou desenvolvimento do país, com o justificativo de melhor o sistema Presidencialista para o país, a questão de modelo, deve ou deveria compor tambem maior responsabilidade de comportamento político, institucional, político partidário, bom senso, pouca arrogância, mais humildade, naquele que deveria ou deve ser entendimento homem São Tomense, para o bem comum, para o desenvolvimento efectivo do país, mais do que o bem estar e desenvolvimento individual, ou de grupo de indivíduos.
Que o ADI, tenha bom senso de nomear uma nova personalidade para o cargo do primeiro-ministro, embora a situação fica mais dificil, o investimento internacional, estrangeiro cai, devido a falta de definição, instabilidade, instituições fracas, o pais volta a cair no descrédito, naquilo que é a sua trajectória evolutiva, apesar de bom aluno da democracia.
Pratiquemos o bem
Pois o bem
Fica-nos bem