O Presidente da República de São Tomé e Príncipe esclareceu as razões pelas quais o relatório da CEEAC sobre os acontecimentos no quartel do exército, onde quatro civis foram torturados até à morte, ainda não foi tornado público.
“É um relatório preliminar, ou seja, um esboço entregue para que São Tomé e Príncipe exercesse o direito de contraditório. Portanto, não é um relatório finalizado. Após esse exercício, o relatório foi devolvido à CEEAC e nunca foi apresentado à cimeira de chefes de Estado, nunca foi avaliado, nunca foi discutido. Não posso entregar algo que eu próprio ainda não tenho como relatório final“.
Dois anos após os acontecimentos, o Chefe de Estado admite solicitar à organização a conclusão do relatório.
“Os presidentes da República não têm poder executivo sobre a comissão. Temos uma comissão encarregue, mas isso não me impede de fazer essa consulta, saber em que ponto se encontra a situação e, a partir daí, ver como será o evoluir deste relatório“.
O Presidente da República, Carlos Vila Nova, compromete-se a divulgar o relatório da CEEAC sobre os acontecimentos de 25 de novembro assim que este estiver concluído.
“Não sei qual é a agenda da próxima cimeira da CEEAC. Haverá uma cimeira dentro de aproximadamente um mês. Caso o relatório esteja incluído, terei todo o gosto e estarei à vontade para divulgá-lo.”
O Presidente da República afirmou que a história de São Tomé e Príncipe ficou manchada pelos trágicos acontecimentos de 25 de novembro de 2022, no quartel do exército em São Tomé, onde quatro civis foram torturados até à morte.
José Bouças