Política

Presidente da República apela ao respeito mútuo entre os poderes central e regional

A recente controvérsia sobre a alegada prestação de contas do governo regional em relação ao governo central marcou os discursos no ato central que celebrou os trinta anos de autonomia da ilha do Príncipe.

O presidente da Assembleia Legislativa Regional fez um alerta ao governo central

Qualquer tentativa de intimidação ou ameaça apenas alimenta conflitos institucionais, pois a autonomia é irreversível”, alertou Francisco Gula..

 Já o presidente do governo regional propôs a criação de um pacto entre a região e a república.

Um pacto com a República, no qual os secretários regionais, reconhecidos legalmente e com responsabilidade orgânica, sejam respeitados como legítimos representantes da região e da população do Príncipe. Como agentes do Estado, atuam com compromisso, humildade e presença efetiva no terreno, estando na linha de frente na resolução dos desafios dos cidadãos, especialmente nos momentos difíceis e decisivos“, sublinhou Filipe Nascimento.

Em um tom conciliador, o presidente da República apelou à união de esforços para construir um Príncipe mais forte e, consequentemente, um São Tomé e Príncipe melhor.

A Constituição da República estabelece que a ilha do Príncipe e os ilhéus que a circundam formam uma região autónoma, com estatuto político e administrativo próprio, considerando suas particularidades. A região também conta com órgãos próprios, o que reforça sua especificidade. Essa singularidade exige uma dignidade que deve ser preservada e um respeito mútuo que deve ser observado. É esse espírito que deve guiar a relação entre os poderes centrais e regionais”, defendeu Carlos Vila Nova.

A chefe de Estado santomense reiterou seu compromisso com a causa da ilha do Príncipe e com o desenvolvimento de São Tomé e Príncipe como um todo.

O ato central, realizado na Praça Marcelço da Veiga, foi marcado pelo desfile de diversos grupos culturais, incluindo o tradicional Auto de Floripes, também conhecido como São Lourenço.

José Bouças

3 Comments

3 Comments

  1. Renato Cardoso

    30 de Abril de 2025 at 8:12

    E assim vai a dita (Res)Pública vivendo e sobrevivendo com os casos marginais e os problemas da sociedade por resolver eternamente.
    Em vez de colocarem às bundas nas cadeiras e redefinir políticas e estratégias sustentáveis e necessárias para mudarem os velhos paradigmas e repensarem o futuro das gentes;preferem à preguiça e a paródia!
    Região autónoma com menos de dez mil almas e com economia residual é obra!
    A República de Cabo Verde devia ter dez Ilhas autónomas e escolheu melhor o seu rumo !

  2. ANCA

    30 de Abril de 2025 at 8:38

    Necessidade de mudança de paradigma quantoa questões de desconcentração, descentralização de poder no país, do modo a incrementar, despoletar, quer desenvolvimento local, quer desenvolvimento regional que se pretende sustentável.

    A revisão constituilcional nesta matéria deve insedir, sobre a nova divisão administrativa que é necessário levar a cabo no país.

    As autarquias locais precisam de reformulação, quanto ao fins e objectivos, funções, receitas, finanças, para levar a cabo investimentos e desenvolvimento local

    A autonomia da regional, ou se quisermos a região autónoma do Príncipe, também necessita de revisão destes objectivos e fins para o qual foi criado.

    É uma mais valia ter distritos e a região autónoma a serem bem geridos, a se desenvolver, instrumentos como plano de ordenamento do território são fundamentais para boa gestão do território, das actividades das populações, melhor gerir recursos

    Mediante, o trabalho, o rigor, a organização, a responsabilidade/responsabilização, a justiça, a defesa, a segurança, a protecção bem como a sustentabilidade

    Necessidade de fortalecimento institucional no país

    Se nasceste aqui, cresceste aqui, estudaste aqui, ajuda a desenvolver o teu país, o teu povo, a tua gente

    Ama a tua cultura, ama a tua família

    Pratiquemos o bem

    Pois o bem

    Fica-nos bem

    Deus abençoe São Tomé e Príncipe

  3. BUDO MOLA MAGUITA

    30 de Abril de 2025 at 8:50

    Jamais se pode ter medo do trabalho, da transparência, do rigor, da justiça, quando eles são exigidos, sobretudo entre instituições, isto pelo contrário deveria o guia de orientação dis líderes e governantes da nação.

    Todos devemos caminhar para aprimoramento das instituições no país.

    Nisto jamais deve haver razão de discordância pu de aproveitamento político.

    As instituições, as empresas, os cidadãos devem prestar efectivamente contas e nomeadamente os partidos políticos quanto aosbseus financiamento, quando se pode ao poder local, regional
    ou central, a prestação de contas, ou de transparência, ou de rigor, jamis deve haver motivo de discordia, ou mal estar, entre instituições e poderes, pelo contrário deveria ser os primeiros há defenderem a mesma visão para o país

    A saber como se justifica de facto obras no hospital, do Príncipe ou no país que se arrastam no tempo?

    Há que ter sentido de estado.

Leave a Reply

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

To Top