PARCERIA – Téla Nón / Rádio ONU
Chefe de Estado, Carlos Vila Nova, discursou na Comissão de Consolidação da Paz sobre os planos de reformas no país africano para enfrentar desafios de segurança após várias tentativas de golpe de Estado nas últimas décadas; Vila Nova falou à ONU News com exclusividade sobre plataforma são-tomense durante a COP30 para implementar Acordo de Paris.
Desde a década de 1970, São Tomé e Príncipe, no oeste da África, vem enfrentando uma série de tentativas de golpes de Estado. A última ocorreu em 2022, de acordo com as autoridades são-tomenses. Um ano depois, o país ingressou na Comissão de Consolidação da Paz da ONU.
O presidente da nação de língua portuguesa, Carlos Vila Nova, esteve em Nova Iorque para discursar na Comissão e atualizar os participantes sobre as estratégias de paz, que investe em mais mulheres nas Forças Armadas e mais diálogo com a sociedade civil incluindo, jovens e o segmento militar.
Metade da população abaixo de 18 anos
Nessa entrevista à ONU News, o presidente Carlos Vila Nova diz que a paz é um esforço coletivo e deve ser construída e solidificada em parceria com toda a sociedade e ressaltou o papel dos jovens no país.
“Isso passa pelos setores da segurança, pelos setores das forças, passa pela sociedade civil, passa por uma melhor interação com a sociedade civil. Empoderamentos das mulheres e dos jovens. Não nos esqueçamos que estou a presidir um país em que quase metade da população tem menos de 18 anos.”
A Comissão de Consolidação da Paz das Nações Unidas é um órgão consultivo e conta com 31 nações que apoia a agenda de paz em contextos de conflito e pós-conflito. Desde 2007, o Brasil lidera a estratégia de paz da Guiné-Bissau, outro membro de língua portuguesa no grupo.
Presidente quer investir em economias verde e azul
Apesar de desafios recentes na segurança, economicamente São Tomé e Príncipe vive uma etapa de mais desenvolvimento após sua graduação a uma nação de renda média em dezembro passado.
Para Carlos Vila Nova, é hora de investir nas economias verde e azul em São Tomé e Príncipe e considerar as vulnerabilidades econômicas e ambientais de uma nação que abriga uma ilha inteira como Patrimônio Mundial de Biodiversidade da Unesco.
“Eu vejo esse salto como alto de sustentável e inclusivo, que deve ser feito muito acompanhado pelo setor privado que seja robusto. Um setor privado robusto que gere empregos e que depois possa ajudar a construir uma economia com sustentável, com crescimento sustentável, mas isso tem que ser alicerçado nalgum lado. E eu vejo dois alicerces principais. O primeiro alicerce que eu vejo nisto é na biodiversidade, na transição energética, e claro levando a ponto de promover a economia verde e azul.”
COP30, demanda por mitigação
Ainda sobre o meio ambiente, o Presidente de São Tomé e Principe afirmou que seu país chegará à Conferência sobre Mudança Climática, a COP 30, com uma demanda clara por fundos de mitigação para promover ação climática e implementar o Acordo de Paris.
“Portanto, nas COPs, quando se diz que há fundos para mitigar, é preciso que esses fundos estejam disponíveis e acessíveis. O que não tem sido o caso, portanto, uma das coisas que vamos levar à COP é exatamente isso.”
A COP30 está marcada para ocorrer em novembro na Cidade de Belém do Pará, no Brasil.
*Monica Grayley é editora-chefe da ONU News. A entrevista com o Presidente Carlos Vila Nova foi gravada em 28 de maio no estúdio da TV ONU.

Folha de Micócó
31 de Maio de 2025 at 8:01
“Presidente quer investir em economias verde e azul”
““Eu vejo esse salto como alto de sustentável e inclusivo, que deve ser feito muito acompanhado pelo setor privado que seja robusto. Um setor privado robusto que gere empregos e que depois possa ajudar a construir uma economia com sustentável, com crescimento sustentável, mas isso tem que ser alicerçado nalgum lado. E eu vejo dois alicerces principais. O primeiro alicerce que eu vejo nisto é na biodiversidade, na transição energética, e claro levando a ponto de promover a economia verde e azul.””
Sim necessidade efetiva premente e urgente, se esquecer o sector dos serviços, mas antes necessidade de se investir na transparência, no rigor, na organização, no trabalho/trabalhar, na responsabilidade/responsabilização, na justiça, na segurança, defesa, proteção social, proteção civil, transporte e emergência hospitalar, na saúde, na educação/formação de excelência, para a sustentabilidade.
São Tomé e Príncipe , detém ainda instituições fracas(financeiramente, habitacionalmente, equipamentos, infraestruturas, qualificação formação de excelência, procedimentos e normas, sustentabilidade) nomeadamente nas instituições família(reflexo de todas as outras), logo sociedade/comunidade fraca e desestruturada, com problemas de crimes e violações, problemas de caracter(exige reflexões profundas sobre todo o processo pelo que passou as instituições famílias/familiares, populações, indivíduos no território, de forma sincrónica e cronologicamente). Quando se cuidar das famílias, da família São-Tomense efetivamente(o estado deve assumir a sua responsabilidade nesta área de acompanhamento de supervisão e apoio, a nível da saúde-desde de a conceção de vida-gravidez-, da educação/formação segurança, proteção, justiça), teremos uma sociedade, comunidade, mais capaz de impulsionar desafios, mais estruturada, mais ciente da realidade económica social e financeira, territorial, populacional, administração, logo mais pacificada, logo instituições fortes.
Por sermos Ilhas de dupla insularidade, pequenas, existe a premência, de dar atenção a estabilidade interna/paz, dar atenção ao sector dos transportes, quer aéreos, quer marítimos, quer terrestres(mexe com custos e ligações, quebra de isolamento), das infraestruturas, das energias renováveis, das comunicações/digitais, domínio das novas tecnologias e informação e comunicação, o abastecimento de agua, o saneamento do meio, a urbanização, a proteção costeira, a proteção ambiental, a saúde(Visão multidisciplinar), educação/formação, emprego, habitação, etc…assim a possibilidade de incubação de empresas nacionais capazes de prestação de serviços de consultadoria, de informação(saúde, telecomunicação, finanças, climatologia, transportes, a banca, os seguros etc…jamais se vende somente produtos também serviços), de advocacia, de desporto, marketing, etc, etc…
Atração de investimentos, Data Centers, empresas de processamento de pescado, desenvolvimento da industrias(cooperativas) de salga de peixe, defumação de peixes, fortalecimento do sector da transformação, criação de parques tecnológicos de investigação e desenvolvimento, parques industrias distritais(pequenas industrias), investimentos no setor das estatísticas, no ordenamento do território, descentralização, desconcentração de poder, etc…