Política

STP não está na lista negra dos EUA

 Antiga estação de rádio termina operações com balanço positivo. Washington promete reforçar cooperação com São Tomé e Príncipe.

A estação da Voz da América em São Tomé e Príncipe, mantida por financiamento norte-americano, encerrou oficialmente as suas atividades. O anúncio foi feito pelo encarregado de negócios da Embaixada dos Estados Unidos, durante uma entrevista exclusiva que marcou também o início de uma nova etapa nas relações bilaterais entre os dois países.

O encerramento não significa afastamento, muito pelo contrário. Estamos preparados para avançar com novas formas de cooperação com São Tomé e Príncipe”, declarou o diplomata americano,  Noah Zaring, destacando áreas prioritárias como educação, juventude, economia azul, inovação digital e imprensa livre.

O momento político internacional, no entanto, tem sido agitado. Uma nova ordem executiva norte-americana, associada ao ex-presidente Donald Trump, voltou a introduzir restrições severas à entrada de cidadãos estrangeiros nos EUA. Algumas interpretações sugeriram que países lusófonos estariam entre os visados, provocando receios junto das comunidades da CPLP.

Mas fontes diplomáticas já vieram a público esclarecer que São Tomé e Príncipe não está incluído na lista de países banidos. O mesmo se aplica a Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Brasil, Portugal e Timor-Leste. O único país da CPLP visado é a Guiné Equatorial, que aderiu à organização em 2014.

O documento emitido pela Casa Branca classifica os países proibidos como tendo falhas graves em verificação de identidade e cooperação internacional. A Guiné Equatorial surge ao lado de países como Afeganistão, Irão, Haiti, Sudão, Líbia, Iémen e Somália.

As autoridades apelam à população santomense para evitar partilhar informações não confirmadas, especialmente nas redes sociais, e manter-se informada através de canais oficiais, como o site da embaixada norte-americana.

A saída da Voz da América deixa um legado importante na história da comunicação social do país, mas a promessa de novos projetos em cooperação pode representar um novo capítulo na parceria EUA–São Tomé e Príncipe.

Waley Quaresma

2 Comments

2 Comments

  1. Santo

    18 de Junho de 2025 at 9:33

    É uma cooperação que se estenderam 30 anos e se hoje chegou a esse ponto, para as pessoas que tenham alguma visão analista, devem ajuizar que foi devido assinatura do acordo com a Rússia com carris militar. è certo que havia um acordo com URSS, celebrado desde o início da independência, mas a cooperação estava moribunda e foi o governo do PT quem reativou sem qualquer benefícios para o cofre do país.
    Segundo uma questão de princípio, a Russia e os Estados Unidos, são rivais, foi o mesmo que aconteceu, quando celebrou-se contrato de cooperação com a China Taiwan, a China Popular pôs fim a nossa cooperação com eles e quando foi ao contrário, a China Taiwan, despediu-se de STP.

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