Análise

Terceiro Capítulo da reflexão de João Bonfim

UMA LEITURA POSSÍVEL (III) – O desfecho das eleições legislativas de Agosto pareceu punir a prática política das forças políticas envolvidas na acção governativa. Os partidos concernentes estarão certamente a esta hora a aprofundar as análises sobre todo o ambiente que rodeou a acção governativa e mais especificamente o ambiente eleitoral e o pré-eleitoral. Não tendo um conhecimento muito pormenorizado do que se passa no país, porque são na verdade escassos os dados de que disponho vou abster-me de fazer um julgamento sobre o desempenho do governo.

O que sei no geral, porque há mais de 10 anos não vou ao país, é que as velhas dificuldades persistem, tendo se acentuado as assimetrias e em muitos casos com o registo de sinais de opulência e faustuosidade. A bem da isenção tenho de reconhecer, contudo, que estes elementos são só por si insuficientes para uma avaliação correcta e justa já que sou forçado, no mínimo, por experiência própria a pelo menos desconfiar de todos os relatos.

O que importa aqui apreciar é a bondade da solução de poder encontrada depois da crise que se instalou após a dissolução do governo da coligação vencedora das anteriores eleições. Recorda-se que nessa ocasião, incompreensivelmente, o Presidente da República após demitir o Primeiro-Ministro, por sinal o líder efectivo do seu próprio partido entregou a chefia da governação a uma personalidade fora do espectro das forças vencedoras e sem o prévio consentimento destas, criando como no passado um governo de iniciativa presidencial que já na altura foi caracterizado por alguns, talvez exageradamente, como sendo um golpe de estado constitucional. Continuo a lamentar que os partidos políticos e a sociedade civil em STP caucionem estas práticas no lugar de se levantaram contra as mesmas por serem contrárias ao princípio da livre escolha e da soberania do voto popular, e que já previra, como devem estar lembrados, que fossem repetir-se quando se verificou pela primeira vez em 1994 não fossem tomadas as iniciativas de rejeição liminar deste procedimento.

A decisão do MLSTP em aceitar assumir a função governativa em conjunto com o PCD, parecendo contra natura, em virtude das tensões que separaram estas forças na sequência das eleições de 1991, afigurou-se judiciosa. Desde logo porque permitiu ao país não ficar sem governo após a aprovação da moção de censura que é, por sua vez, um instrumento próprio da prática democrática. A verdade é que não podemos querer a democracia só por aquilo que ela tem de bom, mas devemos também aceitá-la naquilo que ela tem de menos bom. A alternativa seria na ocasião o recurso a eleições.

Já há algum tempo que se vem verificando que a chamada “família de mudança” é uma falácia que alguns só convocam quando isto serve particularmente os seus interesses. Se é certo que não se deve desprezar a ocorrência de desentendimentos no seio de uma família, o certo é que a violência e a frequência com que ela se dá no seio da “mudança” faz-nos crer que por detrás destes aparentes laços consanguíneos existem divergências, na realidade, bem mais graves do que aquelas que opõem o MLSTP e o PCD.

Já me lembrei algumas vezes de um amigo meu que reza assim, “Sr, (…) livrai-me dos meus amigos porque dos meus inimigos me livro eu (…)”. Olhando bem para os factos históricos convenhamos que não se trata de um total disparate. O eleitorado, ciente da necessidade de mudanças primeiro e de alternâncias depois, já conferiu à “família” várias oportunidades de governo com e sem maiorias. O que foi feito deste reconhecimento do eleitorado? Quem se encarregou de desfazer as oportunidades concedidas por ele? As respostas são conhecidas. Nem mesmo quando lhe foi conferida uma maioria confortável a “família” foi capaz de a sustentar. Envolveu-se em questiúnculas, em processos de degeneração fratricida que raiou ao surrealismo. Quando tudo reclamava mais unidade da “família” foi-se assistindo a uma cada vez mais fractilização ao ponto de se ter hoje mais de quatro forças a se reclamarem da mesma origem.

Uma “família” que não consegue construir as bases mínimas de entendimento fora das circunstâncias de obtenção do poder é uma família disfuncional. As famílias disfuncionais não podem ter a confiança das instituições e no caso a do voto popular. A persistência nessa ideia de “família de mudança” torna-se, por conseguinte, injustificada.

Sempre que estes dois partidos, o MLSTP e o PCD, conseguiram entrar em acordo político foram capazes de conservar o entendimento até ao fim, dando sinal de capacidade de sustentação de uma convivência não obstante as diferenças. Este é apesar dos pesares um sinal positivo, pelo facto de dar fortes garantias de estabilidade.

A menos que se tenha alterado demasiadamente a situação no país, o MLSTP e o PCD são os partidos que reconhecidamente parecem reunir a maioria das competências técnicas do país, sem se deixar de admitir que todos temos sempre de procurar ainda mais saber, de sermos ainda mais capazes, de as nossas competências.

Sem entrarmos em falsos preconceitos podemos ser levados, pois, a admitir que em condições normais uma coligação política entre o PCD e o MLSTP, conservando as respectivas identidades, pode ser uma solução aceitável para o país desde que seja o eleitorado a gerar essa oportunidade. Isto implica uma assumpção de responsabilidade muito séria que insta cada um dos partidos a darem o melhor de si. Os dois partidos também já deram provas suficientes de maturidade e compreendem que a política não se faz com revanches, com amuos e azedumes. A política faz-se com racionalidade objectiva.

Com os recursos humanos que estes partidos dispõem podem evitar a convocação para cargos públicos de maior relevo de figuras políticas, justa ou injustamente desgastadas pelas suspeitas mal esclarecidas. Não quero com isso dizer que alinho com leviandade nos julgamentos populares que atingem o carácter, à revelia das instituições judiciais, as únicas instâncias competentes para o efeito. Não posso corroborar com populismos fáceis e emotividades primárias, mas penso que este foi um dos erros da recente coligação governamental, que apesar de tudo não retira mérito ao acto em si mesmo.

Creio, por isso, que não deve o facto da penalização sofrida nestas eleições a levar os partidos envolvidos e em especial o PCD a se fechar numa melancolia pós eleitoral de carácter depressivo e autoflagelador. Foi feito o que tinha de ser feito. Podem esperar que a seu tempo o reconhecimento chegará. Daí que considere incompreensível que ambos se tenham remetido um pouco ao silêncio inquietante do “quem cala consente” deixando sem resposta uma campanha persistente de ataques tão sórdidos como obsessivos frequentemente sustentada por uma linguagem contendo, no mínimo, traços indisfarçáveis de falta de elegância.

Os dois partidos têm agora tarefas urgentes a desenvolver. É nestes períodos que se reconquistam a confiança do eleitorado, explicando com paciência as opções estratégicas, agindo de forma activa, ponderada, responsável e pedagógica. A tarefa é ingente mas requer paciência e confiança.

João Bonfim

19 Comments

19 Comments

  1. XYZ

    6 de Setembro de 2010 at 20:52

    O povo tambem quer oportunidades para crescer, trabalhar e gerar riquezas. E não estar aqui vendo um Estado ineficiente se engordando, se engordando e cada vez mais se engordando. Vamos uma vez mais conceder um periodo de teste a este recem formado governo.

  2. KeKwa

    6 de Setembro de 2010 at 22:35

    muito bem joão, falta um bocadinho mais para que a tua tese de mestrado seja ouvida no País…

    • Franz K

      7 de Setembro de 2010 at 12:31

      Gostei desta, lol

      E já agora, para quando um quarto, quinto e sexto capítulo? hehehe

  3. osvado pinheiro

    7 de Setembro de 2010 at 10:59

    certo da visão q resaltas é um cidadão atento as questões do seu país q viu nascer estas analizes de reflexão é sustentada e boa no sentido de todos os santomenses saber o q é politica com se faz os seus benificios a deselvolvimento do país onde cada cidadão tenho oportunidade de sentir satisfeito na sua terra, em varias vertentes este país tem a sua estoria para aqueles q sempre acompahou sabe,e por essa razão o poder nunca pode ser implementado com arogancia e aturitarismo,com se se apresebe,esta ilha ja teve os tempos onde o poder só consetrava numa só pessoa,agora é palavra democracia respeito pelo direitos humanos e liberdade dos cidadão.porque pelo q estou vendo neste país a ser implementado tenho muito receiu em algumas questões q não vou realsar aqui mais espero q não venha acontecer por nós todos somos de s t p o pezar de outros nascerem fora do país e sua educação vindo do estrageiro é bom refletir em varias tomadas de dicisões ect.

  4. jacaré

    7 de Setembro de 2010 at 12:01

    Esta reflexão peca por ser muito imparcial própria de militância partidária ou afectos políticos que condicionam o seu autor. Todavia é de realçar a oportunidade para a sua realização. Temos de habituar a viver em democracia e a respeitar as opiniões dos outros independentemente de não concordarmos com elas.
    Um forte abraço para todos os meus amigos.
    Jacaré

    • Zidane

      8 de Setembro de 2010 at 16:28

      Imparcial ou Parcial??????!!!!!

    • Jacaré

      8 de Setembro de 2010 at 21:14

      Tens razão, quis dizer parcial…
      Jacaré

  5. jacaré

    7 de Setembro de 2010 at 12:03

    Isto é censura ou quê???? Eu não compreedo porquê que os meus comentários não aparecem neste espaço.
    Jacaré

  6. Tentado a ler

    7 de Setembro de 2010 at 18:22

    “…o MLSTP e o PCD são os partidos que reconhecidamente parecem reunir a maioria das competências técnicas do país…” Competencias essas que se limitavam aos seus interesses. Estes dois partidos apenas parecem ter competencia, ao contrario do ADI que com pouca, mas extremenete valiosa competencia, logo que entra para governacao, poe cobro ao uso abusivo as viaturas de estado. Esta medida ainda na sua fase embrionaria, dara frutos inestimaveis ao orcamento do estado. Ja pensou como foi possivel tanta competencia nao questionar os gastos ao fim do ano por viaturas?

    • Tentado a ler

      7 de Setembro de 2010 at 18:24

      Extremamente

  7. António Veiga Costa

    7 de Setembro de 2010 at 22:27

    Sr. João Bonfim, os seus artigos são claramente parciais e tendenciosos. E, pelo visto, o Sr. está mesmo fora do país, sem notícias reais, a uns 10 anos, pelo menos.
    Vejo claramente sua intenção desesperada de salvar a imagem do PCD/MLSTP – essa coligação que na última governação só serviu aos propósitos pessoais dos seus titulares.
    O Senhor tem todo o direito de escrever e eu o de não aceitá-los.

    • Joana Alves Trindade

      8 de Setembro de 2010 at 21:53

      S.Tomé precisa de analistas políticos independentes e críticos e não de analistas transformados em defensores das linhas e estratégicas de cada partido. Isto seria muito bom para a qualidade e reforço da nossa democracia porque ajudava a formar a opinião dos cidadãos em torno de problemas políticos, sociais e culturais. Mas isto não invalida que cada um possa exprimir a sua opinião livremente de acordo com a sua maior ou menor proximidade aos diversos partidos políticos do nosso sistema.
      Acho no entanto que essa posição do senhor joão bonfim é um bocado forçada.
      precisamos contudo de mais gente a escrever e a falar. É assim que se constrói uma democracia participada e interventiva e ajuda os políticos a serem mais responsáveis e a pensarem antes de tomarem decisões que afectam a nossa vida colectiva.
      Aquilo que eu presenciei cá em S.Tomé deixava antever desde o príncipio que o ADI iria ganhar estas eleições. As pessoas estavam fartas e foi por isso mesmo um momento de mudança política muito importante. Resta saber o que é que o ADI vai fazer. Deus queira que eles façam muito por este povo.
      Beijinhos
      Joana Alves Trindade

  8. Digno de Respeito

    8 de Setembro de 2010 at 5:37

    Caros,

    Uma das permissas para fazer prevalecer a democracia, é a Opinião Pública, desde a Antiga Grácia(origem da democracia) ela nunca foi vista com bons olhos. Logo, saibamos conviver com a opinião contrária as nossas. A liberdade de expressão é alimentada com a responsabilidade de cada um de nós (parte integrante da sociedade). Deixa-me dizer-vos que mesmo nas nossas casas quando em família, há sempre um ou outro elemento que tem visão contrária ao do pai/mãe. Quando assim acontece, não se bate dizendo que estamos a educar mas, sim procurar entendê-lo e aceitar os motivos que o mesmo apresenta e ai revelando o contra-ponto da situação.

    O importante aqui é sermos todos santomenses que deseja o melhor para os nossos filhos.

  9. Fernando Magalhaes Santana

    8 de Setembro de 2010 at 6:01

    E’ normao que Joao Bomfim comece agora a escrever ao publico para mostrar o seu nivel de portugues com palavras de dicionario. estamos preparando para as proximas campanhas. Certo?

    Joao Bomfin e’ candidato de PCD a ser preparado para as proximas eleicoes presidenciais para ocupar o lugar deixado pelo malogrado Francisco Silva, ex-residene da Assembleia. Tanto e’ que um dos seus irmaos ja tem viajado e fazendo espedientes eleitoraristas para ele. Todo mundo normal sabe disto. E eu acho que Joao tem todo seu direito como cidadao santomense.

    O Joao Bpmfim sabe que apenas o apoio de PCD nao chega, por isto os artigos dele veem com intencao de tentar namorar o eleitorado de MLSTP de modo a tornar a sua candidatura mais viavel.

    So que no MLSTP existe uma batalha renhida entre varios candidatos as presidenciais:

    Maria das Neves ( auto intitulada como uma das mulheres mais poderosas do mundo), Pinto da Costa, Aurelio Martins, Posser da Costa, Elsa Pinto, Fortunato Pires, Rafael Branco, etc.. Quem sabe se Jorge Amado tambem nao esta interessado?

    O proprio Patrice Trpvada, dizem que prefereria ser presidente do que primeiro ministro. Dizem que esta tentando estudar como passar a pasta de primeiro ministro para Sr. Evaristo Carvalho. Atraz do silenci do PCD e MLSTP esta’ toda uma grande armadilha que so mais tarde se aparecera.

    Eu sinceramente so espero que seja mentira e que Patrice se concentre a ser pelo menos um bom primeiro ministro. A expectativa e’muito alta e desta vez esta governo tem que governar no melhor que for possivel para parar com o jogo sujo dos politicos perdedores.

    E’ neste contexto que voces devem analizar o aparecimento do Jao Bomfim com discursos catedraicos sobre analizes politicas apos 10 anos fora de Pais e esposa que ele proprio abandonou de livre vontade. Estes artihos revelam bem o novel do desespero de Joao Bonfim. O mais importante e’ que o povo de STP tenha alternativas e se amadureca para escolher um presidente da Republica competente e serio dentre as caras novas que nunca se meteram na politica. Cara nova.

    • teste

      27 de Setembro de 2010 at 22:14

      jovem tens que rever a escrita…e seja menos especulativo…falas com um conhecimento de causa que chega a arrepiar…tanta imaginação…ja pensaste em fazer filmes…ser realizador?

  10. Osama bin Laden

    8 de Setembro de 2010 at 12:12

    João, podes voltar não esteja a maçar e perder o tempo a escrever muito o país está disponível para lhe receber outra vez.
    Sabemos que o dinheiro que açambarcaste de STP quando eras ministro já está quase no fim, podes vir buscar mais até porque agora há mais dinheiro, estado até contrai empréstimo juntos aos nossos parceiros para promover a gatunagem.
    Quando chegares se tiveres duvidas de como meter mão nessas verbas por favor contacte o Delfim Neves, Armando Correia, Nino Monteiro, Osvaldo Santana e o mestre Rafael e Tiny esses ilustres cidadãos percebem bem da cena, olha não duvida da capacidade deles, são mesmo bons no truque conseguiram até enganar os Brasucas e mamaram-lhes 5 milhões.

    Ah! Ia esquecer, nosso procurador de Justiça é banana, não faz nada, como vez seria uma boa oportunidade para voltares a carregar a tua bateria (bolso), sem ter que preocupar com a nossa justiça porque ela não funciona. O tribunal no nosso país existe só para julgar ladrão de galinha.

  11. budobaxana

    8 de Setembro de 2010 at 12:43

    Convincente artigo Sr. Treinador de Futebol.Faltou-se alguns detalhes para completar a tese .

    Talvez o Adelino Isidro poderia explicar-te melhor.

    Que perguntem ao Dr. Tiny, Ovidio Pequeno, Rafael Branco,a familia Amado vaz, a familia Prazeres, os Costa Alegres, Alcino Pinto , Elsa Pinto, Pinto Da Costa,o Quintas,Nando Rita, Agostinho Rita(BCE), o Tony Aguiar,Joao Cavalo,Bidao,Santa Tebus, Celestino Andrade, e todos outros ‘Gangs’ do MLSTP e PCD como é que compraram grandes propriedades em poucos anos se nao ganharam o loteria e vivem num pais onde nao ha um Aeroporto,ondes milhares de cidadaos vivem em residencias degradas e sem casas de banho,onde milhares de cidadaos emigrantes sentem-se abandonados no estrangeiro ,onde doentes sao obrigados a levar agua, comida, lencois para hospital porque o estado nao consegue garantir o funcionamento de 1 e unico hospital.

    Repare que nascemos num pais em que nos foi disponibilizado 5 Milhoes de dolares pra comprarmos comida e nao fomos capazes.

    Obras do MLSTP.

    Requere-se mudanca radical na forma de estar e de pensar dos nossos dirigentes a comecar pelo Presidente Fradique de Menezes que é
    especialista em gerar confusoes,intrigas e vez de promover o pais e ser um exemplo e fonte de inspiracao para todos os Santomenses.

    Acredito que ADI trabalhando em parceria com um MLSTP renovado,jovem , dinamico e inovador podera fazer de S.Tome e Principe um exemplo de governacao para as geracoes vindouras.

    Acredito ……

    Fui!!!!

  12. budobaxana

    8 de Setembro de 2010 at 12:44

    Quiz dizer . Faltou-lhe alguns detalhes para completar a tese .

  13. Carlos Ceita

    9 de Setembro de 2010 at 2:57

    Tenho um profundo respeito pelo senhor João Bonfim mas como alguém disse aqui o MLSTP e PCD tem tantos quadros competentes e qualificados. É inegável que eles possuem essas qualidades. Infelizmente muito desses quadros que o país já conheceu faltou-lhes o sentido de responsabilidade que deve nortear um servidor da coisa pública. Mas se esses partidos tem outros quadros (gente honesta) que podem dar o contributo ao país então cabe a esses partidos abandonarem o corporativismo e sectarismo que os caracteriza e darem oportunidades a ideias e atitudes inovadores. Nos tempos que correm os dinossauros desses partidos devem tirar lições dos sinais do tempo em não negligenciar esses jovens quadros que podem ser úteis ao país.
    Ainda sobre quadros competentes. Todos nos interrogamos como é possível que sendo o Brasil um país com quadros e intelectuais de grande gabarito foi necessário chegar um operário metalúrgico para por o país em ordem. Pois não basta ser bom técnico bom empresário o ideal seria juntar o útil ao agradável isto é temos de alem dessas qualidades referidas ter acima de tudo a responsabilidade social.
    No que diz respeito a nossa pátria a mesma interrogação é possível fazer-se desta feita não aos quadros competentes mais ao partido PCD. Em 1991 no auge da abertura democrática havia apenas 3 partidos novos (PCD-GR CODO e FDC) mas o PCD era o maior dos outros dois (FDC e CODO) e corporizava a Mudança. A pergunta que todos fazemos hoje é como foi possível PCD ter perdido esse protagonismo? Por outras palavras porque razão o PCD não soube perfilar como a única alternativa ao MLSTP? Julgo que esta deve ser a reflexão que os militantes e simpatizantes deste partido devem fazer. Porque se as coisas correrem bem para o governo do ADI ele correra o risco de passar a ser o principal adversário do MLSTP para a alternância do poder.
    Abraços amigos

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