Sociedade

Fim da greve dos professores e educadores

Primeiro Ministro Gabriel Costa liderou as negociações do último fim de semana entre o governo e o sindicato, que produziram um memorandum de entendimento. Após uma semana de paralisação as escolas de São Tomé e Príncipe voltaram a ter vida a partir desta segunda feira.

O memorandum de entendimento, assinado pelo Ministro da Educação Cultura e Formação Jorge Bom Jesus e o líder do Sindicato dos Professores e Educadores Gastão Ferreira, aconteceu na presença do Primeiro Ministro Gabriel Costa e outros membros do SIMPRESTEP, que tomaram parte nas negociações.

O documento define as fases de implementação do Estatuto de Carreira Docente, começando pela transição do pessoal do quadro geral para carreira docente, com a necessária regularização das categorias dos professores e educadores conforme o seu grau académico a artir de Agosto de 2013.

Define também a promoção a partir do próximo ano dos docentes com mais de 5 anos de actividade. O memorandum impõe por outro lado, o estabelecimento da reforma dos docentes com salário de base a partir da data de publicação do esatatuto, porém o seu pagamento entrará em vigor a partir de Agosto de 2013.

O segundo ponto do memorandum, apresenta solução para a principal reivindicação do sindicato, o aumento do salário de base. As duas partes concordaram em fixar o aumento salarial na ordem de 10%, com a implementação do Estatuto de Carreira Docente.

Os professores viram também aumentar o pagamento das horas de trabalho nos sábados. Saltou de 8 para 16 horas. «Desde que sejam efectivamente realizadas», diz o memorandum.

O Ministério da Educação Cultura e Formação se comprometeu ainda a criar as condições para a promoção de formações contínuas e em exercício para o corpo docente a partir do ano 2014.

Por sua vez o SIMPRESTEP, comprometeu-se a garantir o cumprimento do horário de trabalho até as 12 horas, « aumentando assim as horas lectivas no ensino básico, após a implementação do Esatatuto de Carreira Docente», frisa o documento.

O décimo primeiro e último ponto do memorandum diz que « reconhecendo as dificuldades financeiras da classe docente, o Governo envidará esforços no sentido de mobilizar fundos como forma de criar facilidades de créditos com juros bonificados a favor da classe».

Abel Veiga

18 Comments

18 Comments

  1. Anticorrupção

    14 de Outubro de 2013 at 12:30

    Gostaria de dar os meus parabéns a todos os professores de São Tomé e Príncipe pela conquista alcançada e deixar um pequeno conselho a toda a classe docente.

    Achei bem o SIMPRESTEP se ter preocupado com as condições da classe docente e ter levantado a questão dos salários e do seu estatuto.

    Por outro lado, entendi que a estratégia de luta não foi a melhor o que talvez tenha levado alguns professores a não se mostrarem solidários com a luta. Isso não quererá tacitamente dizer que os professores não quisessem a greve ou que não quisessem ver as suas condições melhoradas. Foi pois um claro sinal de que as coisas nunca devem ser levadas a fogo e ferro e essa classe deve dar as mãos a palmatória e amadurecer mais, dando exemplo de ética e deontologia profissionais que devem imperar no trato com as pessoas e a sociedade.
    Há um grande trabalho a fazer pelo SIMPRESTEP no que se refere a reconstrução da sua imagem que em nada dá ao país e a opinião internacional uma prova viva da sua maturidade. VIVA A PAZ E O ENTENDIMENTO. VIVA A UNIDADE, A DISCIPLINA E O TRABALHO EM SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE.

    • Lévé-Léngue

      14 de Outubro de 2013 at 14:45

      Depois de uma semana de greve e tanto barulho por parte dos sindicalistas, confesso que não vejo nessas negociações uma conquista merecida aos professores.

      Contudo, reconheço a importância do entendimento alcançado e a continuidade do ano lectivo.

      Espero agora que as partes cumpram o comprometido.

      Bem haja!

    • poison

      14 de Outubro de 2013 at 14:51

      Amigo, antes de criticar de uma forma suave, deve olhar bem como os professores vivem, não era nem preciso existir essa greve se o Sr. Ministro da Educação antecipasse o aumento e melhoria das condições da classe docente. Professores são pessoas sensatas e com noção, trabalhadores e responsáveis. E qualquer país precisa dos professores, então temos que melhorar o país para que os professores vivam melhor, pois acredito que eles estão fazendo a sua parte…

    • Lévé-Léngue

      14 de Outubro de 2013 at 15:17

      Deixa-me ver se entendi bem.

      O Sindicato reivindicou:
      *** Aumento do salário base em 25%;
      *** Implementação do Estatuto da Carreira Docente, desde sua entrada e vigor (2010), incluindo a promoção de docentes com mais de 5 anos de actividade;
      *** Estabelecimento da reforma dos docentes com salário de base a partir da data de publicação do Estatuto;

      O Governo impôs para 2013 (só a partir de agosto):
      *** Aumento do salário base em 10%;
      *** Implementação do Estatuto da Carreira Docente, incluindo apenas o enquadramento de docentes conforme nível de escolaridade;

      O Governo ainda PROMETEU para 2014:
      *** Promoção de docentes com mais de 5 anos de actividade;
      *** Estabelecimento da reforma dos docentes com salário de base fixado na implementação do Estatuto;
      *** Pagamento dessa reforma com efeitos retroativos a partir de Agosto de 2013.

      Afinal, quais foram os trunfos deste Governo pra fazer o Sindicato tanto recuar?
      *** Oferta de bónus de 100% nas horas de sábado, pra quem as confirmar;
      *** blá blá blá «… o Governo envidará esforços no sentido de mobilizar fundos como forma de criar facilidades de créditos com juros bonificados a favor da classe». AHAHAHAHA(Acredito que será com a mesma dinâmica como tem feito pra executar o OGE 2013).

      RESUMINDO: Os professores têm formado grandes negociadores (advogados, gestores, contabilistas, etc.), mas não detêm no seu seio e nem são assessorados por pelo menos um negociador à medida das suas inquietações.

  2. observador

    14 de Outubro de 2013 at 13:55

    É assim que se Governa, colocarmos de lado a arrogância e os interesses pessoais em prol do bem comum, da sociedade e do País, espero que o PM e o seu Governo tenham aprendido…..

  3. Xuxanti

    14 de Outubro de 2013 at 14:26

    São pequenas coisas que os nossos Governantes precisam de aprender saber fazer as coisas.

  4. Bem de S.Tomé e Principe

    14 de Outubro de 2013 at 14:35

    Parabenizo o acordo de entendimento. É de salientar que a classe docente não queria entrar em greve, mas devido certa inflexibilidade do Ministerio da Educação, levou o sindicato a decretá-la.

  5. pontual diz

    14 de Outubro de 2013 at 14:38

    Parabens XIV Governo por ter tido a capacidade suficiente em negociar, isto demonstra que o 1º Ministro e Ministro da Educação utilizaram a inteligencia suficiente na resolução desta greve. Parabens Governo por esta grande conquista, viva o 1º Ministro Ministro Bom Jesus.Parabens Governo.Continuem fazendo pela classe.Um bem haja.

    • Zemé

      14 de Outubro de 2013 at 16:44

      Este nao é XIV Governo mas sim XV.

  6. Mixídají

    14 de Outubro de 2013 at 14:38

    Mas diga-me, por favor, eu quero saber o que melhorou, ou o que de novo foi acordado com o Governo. O governo sempre disse que só estaria disponível em dar os 10% sobre salário, e melhorar as condições de trabalho… passados uma semana essa mesma proposta que era reclamada pelo sindicato é que vem ser assinada no memorandum mas afinal o que queria o sindicato e o que de novo tiveram simplesmente “NADA” ou seja é razão para dizer que ganhou o governo e o ministério da educação. RAZÃO MAIS QUE SUFICIENTE PARA PEDIRMOS A CABEÇA DO SINDICALISTA, GASTÃO FERREIRA E DEOSDATO O SEU CÃO DE CAÇA.

    • poison

      14 de Outubro de 2013 at 14:59

      Calma amigo, as coisas não resolvem assim. Confesso que achei esse resultado estático, mas mais vale 10%, do que as nossas crianças, continuarem em casa. O sindicato sabe que muitos filhos dos derigentes não pisam escolas públicas… O Sindicato fez bem o seu papel, deixem as cabeças onde estão. Paz e bem para todos

    • VANDA

      14 de Outubro de 2013 at 15:01

      Ao Senhor Mixidaji gostaria de dizer que o governo no princípio queria aumentar 10% sobre o subsídio de docência, o que o sindicato não queria. Aí está a conquista, os professores conseguiram um aumento de 10% sobre o salario de base. O Governo só não aumentou mais porque não tinha como. Obrigado.

    • Femi

      15 de Outubro de 2013 at 10:55

      “…nao tinha como” – Sei!

  7. Herminia dos Santos

    14 de Outubro de 2013 at 15:02

    Sr Mixidaji: Antes de pronunciar, procure entender e compreender os factos, o que estavam em causa são, os 10% sobre o salario de base, não os 10% sobre o subsídio, são coisas distintas. Com 10% sobre o salario de base sai os professores a ganhar mais 10% e mais os seus efeitos sobre os subsídios. Portanto, não seja ingrato, deixe de lançar mais gasolina na fogueira, STP precisa de paz, entendimento e harmonia, de qualquer modo, todos ficamos a ganhar.

  8. forro da terra

    14 de Outubro de 2013 at 15:29

    Parabéns ao Sindicato por esta bombástica conquista.

    Isso demonstra que o sindicato estava com os pés bem assente na terra.

    Lamentação vai ao Governo pela incapacidade negocial.

    Esse governo não tem tato negocial.
    Aceitou tudo que o sindicato pediu mais alguma coisa.

    Até credito a juros bonificado!

    Francamente Gabriel!

    A onde é que você aprendeu a negociar desta forma?

    Melhor tivessem aceite toda a reivindicação dos professores desde o primeiro dia, e não deixar as nossas crianças em casa durante uma semana sem rumo.

    Vergonha para ministro de educação e o seu Gabriel!

    Parabéns ao sindicato dos professores.

    Viva o professor Gastão Ferreira e o Deosdato, pela firmeza e a conquista obtida, apesar do adversário (Jorge Bom Jesus e Gabriel Costa)serem muito, mas muito fracos a negociar em nome da nação.

    Vocês precisam ensinar o Jorge e o Gabriel mais as técnicas de negociação.

  9. madalenas

    14 de Outubro de 2013 at 15:48

    Quase tudo foi adiado, para o próximo ano. quase tudo. Por isso essa greve foi um fracasso. Assim é o meu STP.
    Próximo ano, se tudo correr como o desejado pela maioria de são-tomenses esclarecidos, será o ano das eleições, tudo zero, Deux Zero!!

  10. forte

    15 de Outubro de 2013 at 9:24

    o país precisa de estabilidade.
    concordo que o país não tenha dinheiro para satisfazer a toda a exigência proposta pelo sindicato, mais o facto é que as condições de trabalho dos professores têm que ser mudado, já basta. maus parabéns ao sindicato dos professores e ao governo que com tacto soube resolver a questão com muita perícia. parabéns a s.tomé e príncipe.

  11. german Carvalho

    15 de Outubro de 2013 at 21:43

    Os professores pedem muito porém, a capacidade deixa muito a desejar. Vi professores a dizer ano de duas mil e treze. Devem ser avaliados sob pena de termos maus alunos no futuro

Leave a Reply

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

To Top