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Tartarugas encontram refúgio seguro na ilha do Príncipe

Nos últimos 3 anos a população de tartarugas cresceu bastante na ilha do Príncipe. A espécie Sada, em vias de extinção a nível mundial, encontrou acolhimento e possibilidade e reprodução na ilha do Príncipe.

???????????????????????????????Tudo graças ao projecto de protecção e conservação das tartarugas que envolve a Associação das Tartarugas Marinhas,o operador turístico HBD, o Governo Regional do Príncipe, e principalmente a população que devidamente sensibilizada assumiu o projecto de protecção das tartarugas como uma das prioridades para o desenvolvimento turístico da ilha.

Philippe Moreau, director para área de Turismo do grupo HBD, garantiu o aumento da desova segura das tartarugas, tanto na Praia Grande, o principal sítio escolhido pelas tartarugas para desova, mas também noutras praias, incluindo as areias que circundam o resort Bom Bom. «Há 3 anos tivemos cerca de 300 ninhos na altura da desova, e no ano passado subiu para 800 ninhos. Este é um refúgio fantástico para as tartarugas na costa ocidental de África. Estão completamente protegidas aqui», explicou Philippe Moreau.

Segundo o responsável para área do Turismo do grupo HBD, no passado as tartarugas tinham deixado de desovar nas duas praias que circundam o resort Bom Bom.

No quadro da implementação da política de promoção do turismo responsável na ilha, a administração do Resort decidiu reduzir drasticamente o sistema de iluminação do hotel, que afinal de contas afugentava as tartarugas. «Alteramos o sistema eléctrico, e novamente as tartarugas estão a vir as praias do resort para desovar», assegurou.

Por causa das boas práticas de protecção da fauna e flora da ilha do Príncipe, numa política de desenvolvimento de turismo ecológico e integrado, o Resort Bom Bom, foi galardoado em janeiro último, com um certificado internacional como sendo o único hotel no continente africano que pratica turismo responsável.

Bom BomPríncipe é dos poucos lugares do mundo onde o futuro das tartarugas está garantido. «Está a se tornar num grande sucesso, principalmente para os turistas que visitam a ilha para perceber como foi feito este programa de protecção das tartarugas», acrescentou Phillipe Moreau.

Para além da espécie Sada em franco crescimento, a tartaruga ambulância que também era pouco vista na ilha está a aumentar. «A tartaruga ambulância que raramente vinha desovar aqui, voltou em força, no ano passado várias tartarugas ambulância vieram a terra para desovar», precisou.

Outubro à Abril, é o período que as tartarugas preparam os ninhos para a desova. Segundo Phillipe Moreau, nesta altura uma equipa de biólogos da Associação das tartarugas Marinhas, acompanha in loco todo o processo. «Eles formam a comunidade local, para monitorizar o processo da desova. Também temos 10 guardas na Praia Grande  que foram formados para fazer a monitorização e protecção das tartarugas», sublinhou.

A vida com futuro que as tartarugas ganharam na ilha do Príncipe, RESERVA MUNCDIAL DA BIOSFERA, tem sido edificada pelos habitantes da ilha. «A causa da protecção segura das tartarugas aqui, tem a ver com o facto da população local ter percebido a importância da protecção e conservação das tartarugas, e assumiram a protecção das tartarugas como uma prioridade sua», concluiu, Phillipe Moreau.

Príncipe cresce como Reserva Mundial da Biosfera, e o turismo responsável é a opção da ilha para atingir o desenvolvimento sustentável.

Abel Veiga

9 Comments

9 Comments

  1. Lupuye

    21 de Maio de 2014 at 13:27

    Principe sempre a subir! Isso e de louver. Temos tambem que assumer essa atitude em Sao Tome para assegurarmos o crescimento de animais em vias de extincao e assegurarmos a continuacao da nossa floresta. Nao podemos ser tao individualistas e de visao curta consumindo tudo a nossa volta sem pensarmos no futuro das geracoes vindouras.

    • Lupuye

      21 de Maio de 2014 at 21:20

      Queria dizer “assumir”.

  2. Carlitos

    21 de Maio de 2014 at 13:51

    Muito bem. Isto é que é desenvolvimento. Deus vos ajuda. Ai parece que há ideias, projeto, organização e método.
    Meus parabens para o governo e população do Príncipe.

  3. Arnald

    21 de Maio de 2014 at 14:19

    Gostei imenso do protejo, A tartaruga é muito precioso em STP, que continue assim promovendo para uma boa protecção das nossas tartarugas. Viva STP. QUE DEUS ABENÇOE ESTA TERRA LINDA.

    • Alvarinho

      22 de Maio de 2014 at 11:44

      Continuem assim meus amigos. S.Tomé e Príncipe agradece.

  4. EXPLICAR SEM COMPLICAR

    22 de Maio de 2014 at 12:16

    Meus caros,
    Não sou do Principe só tenho lá gentes conhencidas, mas deve-se tirar chapeu a governação do Senhor Tózé, pois é assim que governa, olhando, protegendo as espécias, olhando para as gerações futuras.
    Porque, julgo se houvesse ditatura cilenciosa no Principe como afirmou uma Senhora no Dialogo Nacional, as tartarugas não teriam refugio seguro no Principe.
    Hoje o Príncipe tem visibilidade internacional por causa de boas práticas.
    Julgo que temos de saudar boas práticas mesmo não gostando das pessoas porque as boas práticas ficam e as pessoas passam.
    Viva o Principe e sua politica.
    Tenho dito.

  5. Maria Rosamonte

    22 de Maio de 2014 at 16:46

    Realmente o que se precisa é de boas praticas,lembro-me quando pequena, havia muitas tartarugas no Principe,que desovavam e deixavam os ovos nas praias,fico feliz em protegerem as nossas tartarugas que estavam em vias de extinçao,à todos que participam neste projeto aliciante e dinamico; continuaçao de Bom trabalho.

    O meu Bem Haja
    Vitalia

  6. Dragões do Mar

    22 de Maio de 2014 at 19:09

    Devido à complexidade do ciclo de vida das tartarugas marinhas são precisas décadas para saber se uma população de tartarugas marinhas está a recuperar, isto porque o número de tartarugas a desovar numa dada localização varia anualmente de forma natural e estima-se que demorem mais de 25 anos a chegar à idade adulta.

    (Esta variação anual acontece porque as tartarugas não desovam todos os anos, estando dependente das condições ambientais que encontraram nos seus locais de alimentação. Para produzir cerca de 500 ovos numa dada temporada, e efectuar uma migração de centenas ou milhares de kilometros, é preciso que acumulem muitas reservas.)

    A iniciativa do Governo Regional do Príncipe é de louvar, no entanto as tartarugas que aqui desovam vivem em águas de vários países onde ainda são capturadas. Seria muito bom esta iniciativa regional expandir-se ao nível nacional, claro que sempre com o devido respeito pela tradição do seu uso e pela recuperação da espécie. Acredito que isso será possível através da transformação da tartaruga, que é um animal emblemático de São Tomé e Príncipe (até já teve direito a aparecer numa nota), numa mais valia viva em substituição a morta.

  7. Alain Corbel

    24 de Maio de 2014 at 17:51

    Aqui vai uma iniciativa: ilustradores do mundo inteiro interessados na protecção das tartarugas marinhas de São Tomé e Príncipe: http://alaincorbel-cos.blogspot.pt/2014/03/how-to-save-sea-turtles-of-sao-tome-and.html Vivas são uma mais valia para todos nos.

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