Cinco consultores da OMS estão no país desde a última segunda feira , dia 24 de novembro, com objectivo de validar os resultados da avaliação interna do programa nacional de luta contra o paludismo e apoiar na revisão do plano estratégico visando a eliminação da doença.
Tratam-se de dois consultores da equipa inter-país de áfrica central da OMS, do domínio de gestão de programa e seguimento e avaliação, um consultor de áfrica austral da equipa inter-país, no domínio de vigilância e eliminação de paludismo , que deverão apoiar a equipa do governo regional do Príncipe, na elaboração de um plano regional de luta contra o paludismo para a região autónoma, um consultor da república centro africana no domínio de manejo de casos, e por fim um consultor da OCEAC, para o domínio da luta anti-vectorial.
A primeira sessão dos trabalhos começou na terça-feira no Centro Nacional de Endemias, e reuniu além dos quadros técnicos envolvidos no programa de luta contra o paludismo, os parceiros nacionais e internacionais.
Herodes rompão é médico epidemiologista e responsável do programa de luta contra o paludismo. Fez uma resenha dos factos envolventes a revisão do plano. «O sector vinha trabalhando desde 2011 com o antigo plano estratégico de 2001- 2010. Em 2011 foi elaborado um plano nacional de 2012-2016. Três anos depois da sua implementação, tornou-se necessário a revisão deste plano. O trabalho em curso é sequência das atividades que estão a ser desencadeadas a médio prazo para que a implementação do plano estratégico 2012-2016, seja cumprido com sucesso», afirmou.
Vários grupos temáticos estão neste momento a trabalhar neste processo de avaliação do plano .
Claudina cruz, responsável de comunicação da OMS, avançou que a avaliação a meio percurso é uma das etapas importantes de uma planificação que começou com a elaboração do plano estratégico de intervenção e chegou a fase de revisão.
Segundo Claudina Cruz , a OMS recomenda que seja feita a revisão de cada plano de intervenção a meio percurso durante a implementação dos planos.«Com a implementação do plano estratégico de 2001-2010, o país teve excelentes resultados, com uma redução significativa da incidência, prevalência e até mesmo da mortalidade por causa do paludismo, tendo atingido metas superiores a 90%. Este resultado levou a que se elegesse a região autónoma do príncipe e o distrito de Lembá como passíveis e elegíveis para um programa de pré- eliminação. Decorridos três anos após a implementação do plano estratégico 2012-2016, era imprescindível que se fizesse o diagnóstico actual da situação», explicou. .
O trabalho vai decorrer durante duas semanas. Trata-se da avaliação externa de um trabalho temático que foi realizado pela equipa técnica nacional muito recentemente no hotel praia.
A equipa de consultores internacionais vem saber até que ponto os objectivos e as metas definidas pela equipa nacional foram alcançados, para depois produzir um relatório que deverá permitir redefinir os objectivos do programa, se for o caso, e redesenhar a nova performance para melhoria do programa de luta contra o paludismo para os próximos tempos, visando alcançar o sonho de se ter um S.Tomé e príncipe sem paludismo.
Genisvaldo Nascimento