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Ordem dos Médicos nasceu a pegar Patrice com as mãos

Martinho Nascimento, médico com 25 anos de carreira, ex-Ministro da Saúde pelo partido ADI, foi eleito na Assembleia Constituinte da Ordem dos Médicos, realizada no último sábado como primeiro bastonário da Ordem dos Médicos do país.

No seu discurso o bastonário, recordou as palavras do Primeiro-ministro Patrice Trovoada, numa reunião com o sindicato dos trabalhadores do sector da saúde, em que defendeu o profissionalismo dos médicos e a qualidade da produtividade clínica para melhoria de vida das populações.

Martinho Nascimento, detalhou alguns aspectos que marcam o dia-a-dia do sistema nacional de saúde, para demonstrar que o desafio lançado por Patrice Trovoada, na dita reunião, está longe de ter resposta da classe médica. «As condições de trabalho, os meios materiais necessários como a mais simples fita de BM Teste e os respectivos aparelhos,…. nos exames solicitados pelos médicos recebemos como resposta falta de meios», sublinhou o bastonário da Ordem dos Médicos, questionando assim o desafio lançado pelo Primeiro-ministro, há vários meses, exigindo competência clínica no atendimento ao público.

Os desafios de melhoria do sistema nacional de saúde caem por terra, ainda mais quando, segundo o bastonário da Ordem dos Médicos, os próprios governos contribuem para a desorganização do sistema. «Nos últimos 10 anos ou mais temos vindo a assistir mudanças constantes nas diferentes direcções do Ministério da Saúde gerindo apenas o quotidiano em função dos interesses individuais e ou de grupos», denunciou Martinho Nascimento.

Antes de confrontar o Primeiro-ministro com as suas próprias declarações proferidas no passado recente, e a real situação do sistema nacional de saúde, que praticamente deixa os médicos de mãos atadas, o bastonário, chamou a atenção para outra situação que briga com a moral dos médicos.

Trata-se da compensação que o Estado dá ao médico após longos anos de trabalho. Segundo o bastonário, quando os médicos atingem a terceira idade, recebem como reforma um montante de “fome e morte”.

Por isso prometeu tudo fazer para em parceria com o Ministério da Saúde, tudo fazer para inverter a situação de penúria, desorganização, e desnorte no sistema nacional de saúde. Defendeu a revisão de uma série de diplomas legais, e garantiu o empenho da Ordem dos Médicos no sentido de promover a formação dos médicos e demais funcionários do sistema nacional de saúde, para conquistar a melhoria da qualidade de saúde no país.

A constituição da Ordem dos Médicos de São Tomé e Príncipe, foi testemunhada na abertura da Assembleia pelo Presidente da República Manuel Pinto da Costa, e no encerramento pelo Primeiro-ministro Patrice Trovoada.

Abel Veiga

7 Comments

7 Comments

  1. Ana Maria Costa

    15 de Setembro de 2015 at 1:44

    Força colegas!!! Precisamos de tirar a Saúde do estado de COMA profundo em que ela se encontra. Contém com a diáspora.

  2. Poto Zamblala

    15 de Setembro de 2015 at 8:56

    Cuidado senhor Martinho. Ainda agora senhor foi eleito e ja esta a pegar Patrice com as mãos!? Cuidado que o PT não é para brincadeiras. Se ele se zangar contigo você passara a ser persona nom grata e assim você passara a classe dos revoltosos, como é o caso de Alvaro Boca Balança, Diogo Baluba, Antero ex-Enaport, Abnilde e tantos outros que perante o chefe sao bons rapazes mas no espaço livre e democrático sao autênticos trituradores da ADI e do PT.
    Portanto senhor Martinho, senhor ja foi ministro da ADI e o senhor sabe bem quanto custa a casa.

    • Democrata

      15 de Setembro de 2015 at 12:46

      O Primeiro ministro está zangado com o seu serviçal Antero Oliveira, porque o PT não sabia que o mesmo não tem canudo para assumir o cargo do IGF e ao mesmo tempo não sabia que o mesmo é corrupto, por causa da auditoria do tribunal de contas.
      Sendo assim, o chefe sentisse traído e envergonhado porque actos praticados pelo Antero Oliveira põe em causa a imagem do partido ADI e também do Governo.
      Resumindo, o Antero não tem condições de continuar a chefiar o destino da IGF, como órgão de controlo interno.

    • Miss Mundo

      15 de Setembro de 2015 at 21:38

      Democrata,ao descrever o tal Antero, reconheço nele o PT…mas menos performant na gatunagem que o PT.
      Nada muda no governo actual,porque o perigo mesmo em STP continua com o mais vagabundo dos dirigentes politicos …Patrice Trovoada!
      Baaaazzzzzaaaa, cambalacheiro corrupto e larapio NATO….

  3. luisó

    15 de Setembro de 2015 at 11:24

    Demorou 40 anos a nascer esta Ordem.
    Só em STP….

  4. Adilson

    16 de Setembro de 2015 at 8:51

    Meu caro médico, vocês recebem o salario de fome e de morte na idade de reforma, claro que não devia ser…. Mas há muitos a receber o salário de fome, miséria e morte ainda no idade ativa de trabalho, a estes não lhes está reservado o direito de reforma, porque com o salário que recebem não conseguem chegar a reforma.

  5. costa

    5 de Outubro de 2015 at 17:56

    Sr Adilson, no dia em que o sr precisar dos serviços desse tal “caro médico” será nesse preciso dia que o seu discurso hipócrita mudará radicalmente.
    que bom que é fazer caridadezinha às custas do vizinho.
    Praticar medicina em São Tomé é por si só uma atitude altruista.
    Por acaso o sr é sabedor das limitações com que se depara um médico trabalhando num país com STP?
    Deixe de brincadeira homem, coloque os pés na terra, e reze para que agora e no futuro, continuem a existir pessoas que não dormem para deixar dormir os outros.
    Saudações cordiais
    Manuel Costa

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