O presidente da Associação dos Jornalistas Santomenses teve encontros com responsáveis de algumas associações jornalísticas portuguesas com o objetivo de estabelecer bases de cooperação que permitam acelerar e consolidar o seu processo de organização.
Durante a estadia, Juvenal Rodrigues conversou com o vice-presidente do Clube de Jornalistas, Cesário Borga; o membro da Comissão Executiva da Carteira Profissional de Jornalistas, Albérico Fernandes; o presidente da Casa da Imprensa, Goulard Machado, e o responsável do setor de Comunicação da CPLP, António Ilharco.
As sessões permitiram a troca de informações, experiências e ideias sobre a profissão, assim como os desafios em relação ao futuro.
Os parceiros manifestaram abertura total em colaborar com a AJS no que for necessário e de acordo com o perfil de cada uma.
Por exemplo, o Clube de Jornalistas tem entre as suas atividades a organização do prestigiado Prémio Gazeta de Jornalismo; enquanto a Casa da Imprensa, que tem 110 anos de existência, dedica-se fundamentalmente à proteção da saúde dos associados e seus familiares em regime complementar ao da segurança social portuguesa.
A Comissão da Carteira Profissional de Jornalistas dedica-se, naturalmente, à legalização dos profissionais da comunicação social, que têm direitos e deveres.
Com a CPLP, foi estabelecido um acordo de princípio com vista à organização de uma conferência internacional em São Tomé e Príncipe, em 2017 relacionada com a contribuição da Comunicação Social nos processos de desenvolvimento dos estados membros.
Esses aspetos estão alinhados com o Programa de Acção da AJS, pelo que as reuniões foram muito produtivas.
O presidente da AJS teve igualmente oportunidade de participar num workshop organizado pela Casa da Imprensa virado para o empreendedorismo no setor dos Media e em que se refletiu também sobre os desafios do jornalismo do futuro e falou-se igualmente das tendências.
O setor jornalístico vive numa profunda crise. Há vários profissionais em situação precária. De acordo com os dados apresentados pelo presidente da Casa da Imprensa, o número de jornalistas sindicalizados reduziu nos últimos anos e, entre eles, 25% estão no desemprego e 12% trabalha como “fere lancers”.
O cenário atual exige que as formas de inserção ou de reinserção profissional sejam repensadas. Por isso, na sessão participaram representantes de agências financiadoras e empreendedores para a troca ideias.
Um dos aspetos centrais, na perspetiva dos jornalistas, é como conciliar o pluralismo e a sustentabilidade do negócio.
Os potenciais financiadores afirmaram que existem poucas iniciativas nesse domínio. Mas apostam em projetos inovadores e de elevado potencial.
Aconselharam aos empreendedores que na preparação das suas iniciativas tenham em conta, entre os outros aspetos, se a ideia faz sentido e está bem estruturada; os riscos do negócio e a forma de mitigá-los; começar, se possível, sem custos; e procurar garantir apoios através de protocolos com instituições bancárias.
A abertura do workshopfoi dirigida por Fernando Medina, presidente da Câmara Municipal de Lisboa.
Sublinhou-se que os profissionais da comunicação social devem “viver o digital” e “não pensar no digital com a cabeça no analógico”.
A ronda de encontros iniciou no dia 24 de maio e terminou esta quarta-feira 08 de junho.
FONTE – AJS / LISBOA