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STP ficou de fora do grupo africano de excelência na luta contra o Paludismo

Pela primeira vez nos últimos anos, São Tomé e Príncipe, não foi galardoado African Leaders Malaria Alliance – Aliança de Líderes Africanos contra a Malária (ALMA), pelos progressos registados na luta contra o paludismo. No passado recente São Tomé e Príncipe mereceu por três vezes consecutivas tal distinção a nível do continente africano.

Este ano a distinção dos 8 países africanos aconteceu em Addis Abeba-Etiópia no âmbito da cimeira dos Chefes de Estados e de Governos da União Africana. Evento em que São Tomé e Príncipe faz-se representar pelo Primeiro Ministro Patrice Trovoada. Dos 8 países galardoados pela excelência na política de luta contra o paludismo, destaca-se Cabo Verde, como único país de expressão portuguesa em África.

O despacho enviado ao Téla Nón pela African Leaders Malaria Alliance a partir de Addis Abeba, relata os feitos dos oito países africanos, galardoados durante a Cimeira da União Africana.

 

 

Líderes africanos aclamados pelos avanços significativosna luta contra a malária 

Oito países foram galardoados pelos seus esforços na redução da taxa de mortalidade e de incidência da malária

ADIS ABEBA, ETIÓPIA (30 de Janeiro de 2017) – Num período de avanços históricos sem precedentes no sentido da erradicação da malária em África, a African Leaders Malaria Alliance – Aliança de Líderes Africanos contra a Malária (ALMA) galardoou hoje um total de oito países africanos que têm demonstrado empenho e inovação no combate à doença.

Na 28.ª Cimeira da União Africana,os Prémios de Excelência ALMA 2017 foram atribuídos aos seguintes países:

  • Botsuana, Cabo Verde, Comores, República Democrática do Congo, Etiópia, Suazilândia e Uganda, pelos seus resultados na redução da taxa incidência e de mortalidade do paludismo; e ao
  • Chade, pela seu papel de liderança na luta contra a malária.

“Graças ao forte papel de liderança em África e ao estabelecimento de parcerias inovadoras, estamos a fazer progressos sem precedentes nocombate à malária”, afirmou o Presidente Déby, actual dirigente máximo da ALMA. “O sucesso destes oito países demonstra o forte impacto que a dedicação e financiamento adequado podem ter”.

Os Prémios de Excelência da ALMA destinam-se a recompensar os países que demonstrem francos progressos no controlo e na erradicação da malária. O Botsuana, Cabo Verde, Comores, República Democrática do Congo, Etiópia, Suazilândia e Uganda, alcançaram uma redução de pelo menos 40% na taxa de incidência do paludismo entre os anos de 2010 e 2015.  A redução significativa da malária nos três países mais fortemente afectados pelo flagelo (RDC, Etiópia e Uganda) demonstra o que pode ser alcançado se existir empenho político, financiamento adequado e a implementação de iniciativasde controlo do vector e de tratamento individualizadocom base científica e que sejam tecnicamente sólidas, mesmo nos casos em que a transmissão da malária é elevada. Botsuana, Cabo Verde, Comores e Suazilândia foram galardoados por manterem os avanços anteriormente alcançados no período entre2000 e 2010, mantendo o seu empenho na total erradicação do paludismo até 2020.

“Estamos a inverter a maré no combate à malária no continente africano”, declarou Joy Phumaphi, Secretária Executiva da ALMA. “Este sucesso está reflectido nos países que hoje são galardoados pela ALMA. Mas o trabalho ainda não está terminado. Devemos manter-nos firmes no sentido de alcançar o objectivo em eliminar o paludismo no continente africano.”

Os  Prémios de Excelência 2017 da ALMA surgem apenas seis meses após aadopção do “Quadro Catalisador” na 27.ª Cimeira da União Africana, ocorridano passado mês de Julho. Esse quadro estabelece um guia para os países africanos aumentarem os recursos internos, disseminarem a utilização de inovação e tecnologia e melhorarem as infra-estruturas no sector da saúde, napersecussão da erradicaçãoda malária do continente até 2030.

“Felicitações aos vencedores.Saúdo a parceria continuada da ALMA no combate à erradicação da malária,” afirmou Dr.º Kaloko, Comissário responsável pelos Assuntos Sociais na Comissão da União Africana.  “Nesse sentido, o Quadro Catalisador fornece a orientação estratégica aos diferentes países com o objectivo de os auxiliar em alcançar o objectivo de controlo e erradicação da malária.

Desde 2000, as taxas de mortalidade da malária em todo o continente baixaram em cerca de 62 por cento em todos os grupos etários, e 69 por cento em crianças até aos 5 anos. O aumento da população que dorme sob redes tratadas com insecticida ou protegida pela vaporização residual dos espaços interiores, os testes de diagnóstico em crianças e o tratamento de grávidas, contribuíram para diminuir significativamente a taxa de incidência e de mortalidade da malária em África. Estes resultados surgem numa altura em que os países africanos estão a consagrar um maior financiamento interno no combate à malária.

O crescente papel dos líderes africanos também se reflecte na recente constituição do End Malaria Council (Conselho para o Fim da Malária) – um grupo de líderes do sector público e da área empresarial, que se uniram para assegurar que a erradicação da malária se mantenha como uma prioridade a nível mundial. Cinco dos nove líderes do Conselho são africanos: S. Ex.ª Idriss Déby Itno, Presidente do Chade; S. Ex.ª Ellen Johnson Sirleaf, Presidente da República da Libéria e anterior presidente da ALMA; S. Ex.ª Jakaya Kikwete, antigo presidente da Tanzânia e presidente fundador da ALMA; Graça Machel, fundadora da Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade; e Aliko Dangote, presidente e director-executivo do grupo Dangote.  O Conselho irá explorar novas e inovadoras abordagens para desenvolver novas ferramentas e gerar financiamento.

A ALMA trabalhará também em estreita colaboração com o novo director-executivo da Parceria Roll Back Malaria, o Dr.º Kesetebirhan Admasu, antigo ministro da saúde da Etiópia.

O paludismo mantém-se como uma ameaça séria em África – a região continua a carregar o maior fardo da malária a nível mundial. Em 2015, 195 milhões dos 212 milhões de novos casos de malária e 394.000 dos 429.000 óbitos resultantes da doença a nível mundial registaram-se no continente africano.

Sobre a ALMA

Fundada em 2009, a ALMA é uma coligação inovadora de Chefes de Estado e de Governo africanos, numa acção conjunta e transfronteiriça, visando erradicar a malária até 2030.  Todos os países-membros da União Africana integram também a ALMA. O ALMA Scorecard for Accountability & Action (Quadro de Desempenho da ALMA para Acção e Responsabilização) é um instrumento fundamental para a monitorização dos avanços e a promoção das acções.

Os Prémios de Excelência da ALMA destinam-se a laurear lideranças exemplares no domínio dos esforços visando o controlo e a erradicação do paludismo.O prémio é atribuído por um júri independente, composto por líderes e especialistas das áreas universitária, saúde e sector privado.

Sobre a União Africana

A União Africana lidera o desenvolvimento e integração Africana em estreita colaboração com os Estados-membros da União Africana,as Comunidades Económicas Regionais e os cidadãos africanos. A Visão da UA é: acelerar o progresso no sentido de permitir uma África integrada, próspera e inclusiva, em paz consigo mesmo, assumindo um papel dinâmico a nível regional/continental e mundial, orientados por uma Comissão responsável, eficiente e reactiva.

6 Comments

6 Comments

  1. Madiba

    31 de Janeiro de 2017 at 15:36

    É verdade! E a verdade é para ser dita e escrita. E não importa os promotores!
    O nosso país também subiu no ranking do índice contra corrupção. Porquê que não se falou ou escreveu isto. Acho que bom senso deve prevalecer. Mesmo que estamos contra um certo político temos que ter a prudência de elogiar quando faz bem e repudiar quando agi com falta de pudor.

  2. explicar sem complicar

    31 de Janeiro de 2017 at 16:50

    E Patrice Trovoada foi a cimeira em vez de Evaristo Carvalho mesmo com objectivo de receber este prémio.
    Mais o tiro saiu pela culatra. Regressa sem o prémio.
    Correu com os TAIWANESES. E agora?

  3. lede di alami

    31 de Janeiro de 2017 at 23:06

    Viagem ta comer dinheiro que poderia ajudar outros ramos

  4. Tó Chiguandidi

    1 de Fevereiro de 2017 at 7:03

    Com o MLSTP nada disto acontecia

  5. Nuno Miguel Menezes

    1 de Fevereiro de 2017 at 11:24

    STP ficou de fora do grupo africano de excelência na luta contra o Paludismo

    Parabens…
    Isso tudo indica que STP (Sao Tome e Principe) sabem neste seculo em que estamos combater o Paludismo.

    Nuno Menezes
    Reino Unido,Lincoln

  6. Mas 4 anos

    2 de Fevereiro de 2017 at 21:45

    O facto que ficou de fora entre 8 países, não quer dizer que o estado do paludismo é crítico no país, simplesmente deram méritos a país que mostrou melhorias ou que permaneceu o nível desejado , lembra que África é um total de 55 países.

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