Sociedade

Reserva de água está a esgotar-se em STP

As populações dos dois distritos mais populosos do país, nomeadamente Mé-Zochi e Água Grande, confrontam-se nos últimos tempos com um constante corte no fornecimento de água potável pela empresa estatal EMAE.

Cada vez mais as torneiras deixam de pingar, seja as residências, seja nos chafarizes públicos.

A escassez de água potável acontece numa altura em que as ilhas de São Tomé e do Príncipe vivem um momento auge da estação das chuvas.

As duas ilhas têm sido irrigadas desde o mês de Outubro, com chuvas tão torrenciais cuja intensidade não era habitual nos últimos anos, e no mês de Outubro.

O fenómeno das Mudanças Climáticas explica a situação actual, marcada por chuva torrencial, e por escassez de água potável.

Segundo Abel Vila Nova Director do Departamento de Água da empresa EMAE, «Capitamos a água das nascentes subterrâneas. O lençol freático é condicionado pela quantidade da chuva que cai e que infiltra para o lençol. Nos últimos tempos não tivemos chuva constante, e andamos a consumir a água que estava armazenada no lençol freático, por isso o caudal das nascentes está em baixo», explicou o responsável da EMAE.

Por sinal a chuva torrencial, que começou no mês de Outubro último tem que continuar, para o lençol freático recuperar o volume de água que perdeu nos últimos anos em que em pleno mês de Outubro, praticamente não chovia.

Efeitos das mudanças climáticas, cada vez mais evidentes em São Tomé e Príncipe.

Abel Veiga

 

 

8 Comments

8 Comments

  1. Jorge de Jesus Mendes

    10 de Novembro de 2017 at 9:47

    Será mesmo? Ou é a questão de má gestão dos recursos hídricos e fundamentalmente dos sistemas?

    Para além dos desperdícios de aguas que se constata em STP existe um outro grande problema que é o populismo. Ao invés de se construir outros sistemas mesmo pequenos e simples para acudir pequenas povoações rurais e periurbanas, levam esta mesma água que está prevista para 5000 pessoas para 40.000 pessoas. Conclusão, a falta de água para todos e fundamentalmente na capital. Convém frisar que actualmente muitas zonas rurais e periurbanas têm agua canalizada e/ou potável, mas a capital não. O que será? Os argumentos da EMAE são puco convicentes.
    É preciso reforçamos as captações e reflorestar as bacias hidrográficas entre outras.

    • hilaria

      10 de Novembro de 2017 at 18:28

      Nao so. Deve-se éducar a populaçao para que ela saiba que isso nao é infinito.Quando se tem essa chance de ter agua potavel que sai da torneira e que se deixa correr como se isso nunca se esgotasse é falta de conhecimento nesse dominio (de onde vem a agua, qual trabalho para que ela seja potavel), como em muitos outros. A populaçao nao tem ainda uma éducaçao na matéria dos problemas que dizem respeito a mudança do clima. So se pensa que a culpa é do gouverno e dos directores. o governo nao pode fazer cair a chuva quando ele quer: nao so porque ele nao tem esse meio( issso custa muito caro) e que nem milagre nesse campo ele pode fazer assim como em campo nenhum.Dar ao Cesar o que é do Cesar quando eles cometem erros nos devemos apontar-los; Nos somos todos responsaveis daquilo que se passa nesse pais, da sua degradaçao em todo dominio.O facto de ter-mos mais conhecimentos nos devemos dar exemplos a começar por aqueles e aquelas com quem nos estamos mais proximos (familiares, amigos vizinhos, jevens e menos jovens).

    • Martelo da Justiça

      10 de Novembro de 2017 at 20:05

      Nem mais caro Jorge de Jesus Mendes. Isto é um argumento sem cabimento. Falta de água em São Tomé e Príncipe? Com tanta chuva que tem havido, tanta agua dos rios a correr para o mar? Não sei o que andam a fazer os técnicos da EMAE. Um técnico que nos vem apresentas estes argumentos para justificar a falta de água nas torneiras tenho muitas duvidas que percebem alguma coisa de adução de agua. Porquê que continuamos agarrados as nascentes se existem hoje tecnologias avançadas para tornar as aguas pluviais e do rios em agua potável?
      O problema que se põe, em vez de investirmos nessas tecnologias devido a nossa incapacidade de obter investimentos, preferimos enveredar por um populismo sem sentido de multiplicar as ligações sem contudo acautelar na criação de maior capacidade de abastecimento. Este é que é o verdadeiro problema que o governo está a esconder a população. Eu penso que a agua é um direito básico de toda a população São-Tomense. Mas isto de tirar a que já tinha pouco para dar ao outro, todos acabam por ficar prejudicados. Penso que não é essa a solução para o problema.

    • hilaria

      12 de Novembro de 2017 at 9:48

      O facto de haver chuva nao significa a captura da agua no terreno, no chao. Fiquem sabendo que enquanto houver todos esses sacos plasticos no chao, enquanto houver todas as fraldas das mulheres e dos bébés nos rios, todas as latas todos os peneus impedindo justamente que a agua corra e va a profundidade para ser captada, essa riqueza em agua que tinhamos nao vai persister. Se estamos no pais façamos uma volta no rio Agua Grande ja na sua parte final na sua foz e vejamos em que estado ela està. Estamos a viver no sonho e quando acordar-mos vamos dar por conta que foi um pésadelo. Nos vamos a curto prazo sofrer por falta da agua. Enquanto nao termos a consciência que os lixos em todas as partes empedem também a boa qualiddade e capacidade da infiltraçao da agua da chuva no terreno todo os nossos discursos nao servem para nada.Esses lixos impedem a sobrivivencia dos micros e macros organismos que tambem têm um papel a desempenhar em relaçao ao terreno para que ela seja mais fertil e mais permeavel. Um pouco de conhecimento na geologia pode explicar-nos o que significa a presénça da agua no terreno. Nem toda a agua da chuva é captada pelo terreno.
      Nos que temos essa capacidade de utilisar esse meio de comunicaçao para dar o nosso ponto de vista vamos ter de dar-lhe também ao pé da populaçao para que ela saiba que, se nos, nas nossa casas, nao soubermos o que fazer dos nossos lixos estamos, a nos préjudicar a nos mesmos(aconselho verem mais vezes o téatro os Creativos onde eles mostram o que se deve fazer com os lixos).
      Saiamos da ilusao que é o tecnico ou é o director ou é o gouverno que nos priva desse élémento essencial para qualquer ser humano.Nao séjamos aquele que tinha a galinha de ovos de ouro.Nos santomenses dizemos sempre que o pais é rico temos de tudo, a terra é verde mais o que temos feito é distruir ou aproveitar de uma so vez pensando que isso nunca acabara .
      Caros amigos quem vivera vera.Nao deixemos para os descendentes uma ruina.Nao passemos o nosso tempo a dizer que a culpa é do outro. Sejamos todos culpados mais sobretudo responsaveis daquilo que està acontecendo e que brevemente vai acontacer.Um pais que nao tem agua nao tem vegetaçao e se nao tem vegetaçao nao tem agua e isso é assim, temos que compreender esse circulo.
      A galinha vai morrer e com ela os ovos.
      Peço desculpas se houver erros de ortografia e se houver estou pronta a receber as coreçoes; nao ao nivel dos acentos isso porque o teclado que uso nao esistem certos acentos.

  2. antonio mateus

    10 de Novembro de 2017 at 20:41

    Mesmo com todos estes CHAFARIZES e CENTROS DE CAPTAÇÃO que Patrice Trovoada inaugura todos os dias com a cobertura da TVS?

  3. Joao

    13 de Novembro de 2017 at 5:14

    Faltam sistemas de armazenamento e retenção de água da chuva. Tanto centralizados como domésticos.
    É altura de pensar de forma diferente.

  4. Tentado a ler

    13 de Novembro de 2017 at 18:41

    Uma materia da fisica (e/ou outros ramos afins) tratada/explicada por responsavel sem numeros, intervalos especifico,metodo, etc, em que as constatacoes fora feitas. Enfim, assunto de maior revelancia tratado de animo leve. Isso ‘e uma moda em STP: pensar que a ciencia so aplica no estrangeiro. Assim vamos; repetindo as mesmas praticas e esperar resultados diferentes.

  5. Toni

    15 de Novembro de 2017 at 13:59

    Na minha opinião, sem conhecimento técnico, acho que não existe qualquer política sobre os recursos de que tipo forem em Stp. Somente uma apreciação do que acontece no dia a dia. Isto após 42 anos de independência. As roças coloniais já tinham sistemas de captação de água e de rega. Porquê perdemos isso?

    Depois vejo grandes projetos, seja para desenvolver o turismo ou para dar às pessoas condições essenciais de vida, mas que esperam donativos internacional, só que quem já deu viu o destino dos donativos, e agora não dá mais.

    Fico triste que em 2017 , Stp continue com este comportamento, é que já passaram 42 anos de gestão Santomense.

    Fui

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