Sociedade

Consumo nocivo do álcool matou 3 milhões de pessoas em 2016

Entre lusófonos, consumo de álcool em maiores de 15 anos é maior em Portugal, Brasil e Angola; OMS lança estudo que recomenda mais ações para evitar ameaça ao desenvolvimento de sociedades saudáveis.

Mais de 3 milhões de pessoas morreram devido ao uso nocivo de álcool em 2016, segundo a Organização Mundial da Saúde, OMS.

Em estudo lançado esta sexta-feira, em Genebra, a agência destaca que o álcool causa por ano uma em cada 20 mortes. Mais de três quartos dos óbitos ocorreram entre os homens.

Homem embriagada dorme num banco na Rússia. , by OMS/Sergey Volkov

Países de Língua Portuguesa

Segundo o relatório Estado Global sobre Álcool e Saúde de 2018, de forma geral o uso nocivo do álcool é mais de 5% dos encargos causados pelas doenças a nível global.

Entre os países lusófonos, Portugal é o Estado onde se consome mais álcool pelas pessoas com mais de 15 anos. Cada pessoa desse grupo consome em média 12,9 litros por ano.

No Brasil bebe-se 8,7 litros de álcool, em Angola 7,5 litros, em São Tome e Príncipe 7,1 litros e em Cabo Verde 6,6 litros. A seguir estão Guiné-Bissau com 4 litros, Moçambique com 2,3 litros e Timor-Leste com 0,6 litros por ano.

O diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, disse que muitas pessoas, suas famílias e comunidades sofrem as consequências do uso nocivo do álcool que incluem violência, ferimentos, problemas de saúde mental e doenças cancerígenas e derrames.

Grave Ameaça

Para o representante, é hora de intensificar as ações para evitar essa “grave ameaça ao desenvolvimento de sociedades saudáveis”.

Em todo o mundo, 28% das mortes devido álcool foram causadas por ferimentos provocados por acidentes de trânsito, autoflagelação e violência entre pessoas.

Cerca de 21% das pessoas perderam a vida devido a problemas digestivos e 19% por doenças cardiovasculares. A parte restante deveu-se a doenças infecciosas, cancerígenas, transtornos mentais e outras condições.

A nível global, 237 milhões de homens e 46 milhões de mulheres sofrem de perturbações associadas ao consumo de álcool.

Alta Renda

A Europa destaca-se com uma prevalência do consumo de alcool de 14,8% em homens e 3,5% em mulheres. A seguir vem a região das Américas, com 11,5% e 5,1%, respetivamente.

O relatório destaca ainda que os transtornos causados pelo uso de álcool são mais frequentes em países de alta renda. Na próxima década, a previsão é que as pessoas que consomem álcool ultrapassem os 2,3 bilhões.

Cerca de 45% do álcool é consumido em forma de bebidas espitituosas. A cerveja é a segunda bebida mais consumida, com 34%, seguida pelo vinho com 12%.

KOFI ANNAN|ASSEMBLEIA GERAL|HOMENAGEM|SECRETÁRIO-GERAL

 

 

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