No Pacífico, secretário-geral alerta para perigos da mudança climática; ponto mais alto tem apenas cinco metros de altura no país que é um dos mais ameaçados pela subida do nível dos mares.
Depois da Nova Zelândia e das ilhas Fiji, o secretário-geral continuou a sua viagem pelo Pacifico Sul visitando Tuvalu esta sexta-feira.
António Guterres disse que o pequeno estado insular “está na fronteira extrema da emergência climática global.”
Ameaça
No Twitter, o representante explicou que “a subida do nível dos mares ameaça este Estado” e isso “é um sinal do que espera o resto do mundo.” O ponto mais alto de Tuvalu tem menos de cinco metros de altura.
Para o chefe das Nações Unidas, “é necessária ação climática urgente para impedir que Tuvalu afunde”, e que o mundo afunde com o país.
Encontros
Durante a visita, Guterres encontrou o primeiro-ministro Enele Sosene Sopoaga, e também representantes da sociedade civil. No encontro, expressou “profunda solidariedade e admiração para com o povo e o Governo de Tuvalu;”
O representante disse que este país “está na linha da frente da guerra contra a mudança climática”, porque esta ameaça “atinge Tuvalu de uma maneira mais dramática do que em qualquer outra parte do mundo.”
Guterres disse ter “uma enorme admiração” pela forma como o país “decidiu resistir e está implementando um programa de adaptação e resiliência que o mundo inteiro deve admirar e apoiar.”
Esforços
Apesar disso, o secretário-geral explicou que “a mudança climática não pode ser interrompida em Tuvalu, tem de ser parada no resto do mundo.”
Segundo ele, “é necessário que os governos que ainda causam os problemas que afetam Tuvalu entendam que precisam mudar.” O representante deu o exemplo das políticas de energia, transporte, administração de cidades e uso de combustíveis fósseis.
Compromisso
Guterres visitou uma área inundada com a subida do nível dos mares, onde encontrou várias famílias com suas casas ameaçadas.
Também se encontrou com vários membros da sociedade civil, na Associação de Organizações Não-Governamentais de Tuvalu, e participou na plantação de um coqueiro, uma planta que combate a erosão.
No final da visita, Guterres disse que está ainda mais determinado para lutar pela sobrevivência deste país.
O chefe da ONU termina a visita ao Pacífico Sul neste fim de semana em Vanuatu.
Gerhard Seibert
18 de Maio de 2019 at 17:38
Tuvalu (ex-Ilhas Ellice) no Pacífico Sul não é uma ilha, mas um pequeno arquipélago formado por nove pequenos atóis e ilhas. Tem uma superfície total de apenas 26 km2, um pouco mais do que a ilha de Annobón (17 km²).
Abraço
Gerhard
Ralph
20 de Maio de 2019 at 7:09
Sim, é um dos mais pequenos países no mundo.
Ralph
20 de Maio de 2019 at 7:08
É verdade que a nação de Tuvalu será uma das mais afetadas pelas mudanças climáticas. Muitos dos seus residentes já estão a mudar-se para países na região, tais como a Austrália e a Nova Zelândia para fugir aos impactos. A coisa triste é que tem uma população e um grau de influência que são demasiadas pequenas para exercer um peso suficiente sobre a comunidade mundial para que se aja contra a emissão de gases estufas. Sublinha o problema enfrentado por países pequenos que são sob ameaça mas que também são demasiado pequenos para influenciar o mundo. Precisam de pessoas como Guterres e organizações como a ONU para lutar pela sua parte.