COMUNICADO
A Polícia Nacional vem por este meio relatar os principais factos ocorridos durante o dia de hoje, quarta-feira, dia 16 de Outubro, em algumas localidades da ilha de São Tomé.
Nos últimos dias constatou-se uma onda de indignação, de revolta e de manifestação por parte de cidadãos são-tomenses derivado ao facto de um cidadão são-tomense encontrar-se detido na Costa de Marfim.
Por este facto, e como forma de exigirem a libertação do cidadão são-tomense, verificou-se diversas ameaças contra a Igreja Universal de Reino de Deus (IURD), onde a população garantia que brevemente iriam dar início à vandalização de todas as igrejas distritais da IURD, incluindo a igreja-sede, situada ao lado da Caritas – São Tomé.
Nesta senda, no dia 16 de Outubro, efectivamente, começou a onda de revolta expressa por parte da população, cumprindo as promessas que vinham fazendo nas redes sociais.
Desde o início do dia, por volta das 06h30, começou a onda de destruição, saque e vandalismo contra os patrimónios da IURD.
Após este momento, a onda dos revoltosos, que actuavam de forma coordenada, chegou ao centro da cidade, com o principal intuito de dirigirem-se à sede da IURD.
Perto das 15h00, a onda dos manifestantes efectivamente chegou à sede da IURD, onde a Polícia Nacional já se encontrava no local, e a população começou a arremessar diversos tipos de objectos contra o edifício-sede e contra os elementos policiais que se encontram no local, mas, a priori, a revolta não era direccionada à Polícia, mas, por força das nossas atribuições não podemos permitir que sejam depredados bens públicos ou privados, principalmente quando está em causa a ordem e a tranquilidade pública, juntando ao facto de não ter havido uma informação formal à Polícia Nacional por parte dos principais organizadores da revolta, de acordo à lei que legitima o direito à manifestação por parte dos cidadãos, logo, de per si, a referida manifestação consubstanciava-se como ilegal.
Entretanto, e já na sequência da ocorrência, e após a Polícia aguentar arremessos de diversos objectos, como havia-se referido anteriormente, houve a necessidade de usar-se meios coercivos que tinha-se ao dispor como forma de contenção e intimidação, com o objectivo de cessar a ameaça eminente de vandalismo contra a sede da IURD e contra a integridade física dos elementos policiais, a Polícia Nacional procedeu ao arremesso de gás lacrimogéneo, algumas granadas de efeito moral e de luz e som, e alguns gases pimenta. Além disso, também procedeu-se a disparos efectivos para o ar, como meio intimidatório.
Durante o período de arremessos de objectos contra a Polícia, na qual respondia-se com os meios coercivos acima referidos, além de danos materiais nas casas e alguns veículos atingidos, constatou-se que um menor de 13 anos foi atingido no rosto, tendo sido prontamente socorrido pela Polícia e levado ao Hospital Central, mas infelizmente o mesmo veio a falecer. Entretanto, aguarda-se a autópsia para aferir-se quais foram os reais motivos que levou ao fatídico acontecimento, na qual muito lamenta-se, e será instaurado um inquérito no sentido de apurar-se a veracidade dos factos.
Após o infortúnio, a Polícia Nacional decidiu recuar como forma de assegurar a integridade física dos elementos policiais, deixando desguarnecida a sede da IURD, tendo sido, em seguida, tomada em assalto pelos revoltosos, tendo praticado saques, depredação de todo o edifício-sede da IURD, tendo também atingido a sede das Caritas, inclusive atearam fogo a três viaturas e duas motorizadas dos fiéis da IURD que ali se encontravam estacionadas.
Posteriormente, entrou no teatro das operações uma equipa da Polícia Militar como forma de auxiliar a actuação policial na contenção e na reposição da ordem pública.
Importa frisar que desde as primeiras horas do dia a Polícia Nacional accionou todos os mecanismos que tinha a seu dispor, nomeadamente as equipas do Grupo de Intervenção e Segurança, com os reforços de elementos de todos os Comandos Distritais e das Unidades Especiais, incluindo da Esquadra Policial de Aeroporto, onde, registou-se, 13 elementos policiais feridos e recebido assistência médica no Hospital Central.
A Polícia Nacional apela à calma por parte dos populares, reafirmando a sua posição contra todo o tipo de violência e/ou incitação à violência.
A Polícia Nacional lamenta profundamente a perda de uma vida humana.
Pela Ordem e pela Paz ao serviço da Nação,
Por mais e melhor São Tomé e Príncipe!
Manuel do Rosario
16 de Outubro de 2019 at 22:33
A população sublevada irá aperceber-se que o objectivo da polícia era apenas de evitar distúrbios, a destruição dos bens materiais e a manutenção da ordem. E atendendo o nível de preparação e educação que os policiais hoje detêm, numa agitação populacional, quem fica submetido à maiores risco são eles. E isto pode resultar em o que aconteceu apesar de evitar a todo custo.
Vanplega
17 de Outubro de 2019 at 4:44
O estado ou governo tenhem responsabilidades, pelo que li.
Sabiam da revolta da populacao e subjulgaram o povo piqueno.
Lamento a morte desta crianca. A sociedade esta podre.
Boinal
17 de Outubro de 2019 at 7:25
Povo > ignorante e facilmente manipulável
Polícia > bêbados, mal preparados, covardes (como sempre) e assassinos
Crisotemos Café
17 de Outubro de 2019 at 8:14
Esta policia não está preparada para lidar com desacatos e rebeliões. precisa de mais treinos e meios adquados
LIBREVILLE
17 de Outubro de 2019 at 8:35
“Nesta senda, no dia 16 de Outubro, efectivamente, começou a onda de revolta expressa por parte da população, cumprindo as promessas que vinham fazendo nas redes sociais.
Desde o início do dia, por volta das 06h30, começou a onda de destruição, saque e vandalismo contra os patrimónios da IURD.”
Como foi notável o fracasso da nossa Policia Nacional, muito fraco e mal preparados.
Sou contra violência, sou contra vandalização. O Governo é o maior culpado e deverá indemnizar os familiares do falecido, criança indefesa.
Este governo é um autentico atentado a desorganização e destruição da nação Santomenses.
Nós vamos, agir em breve, caso o governo em 45 dias não por o cargo a disposição.
Aqui sim a coisa vai ser outra.
O Pais é nosso não podemos permitir que pessoas fracas e incompetentes continuam a intimidar o povo e o País no seu todo.
JBJ demita-se, por favor.
Púmbú
17 de Outubro de 2019 at 20:00
Seu canalha!!! Oportunista cagado.
SEABRA
17 de Outubro de 2019 at 13:12
Esta triste situaçao sobre o pastor saotomense da IURD na Costa do Marfim é realmente PREOCUPANTE. Jà o governo saotomense deveria ter tomada uma atitude firme junto do GOVERNO iVOIRENSE, para denunciar tal situaçao e tentar de encontrar ràpidamente uma soluçao, o que teria evitado , talvez, a esta manifestaçao.
A IURD é um novo sistema de ESCRAVATURA na Africa, onde os negros sao detestados pelos mestres, mas sao a fonte da riqueza dos mesmos…a SERVITUDE. Esta nova presença colonial é porque somos vendidos pelos nossos dirigentes CORRUPTOS, que nos vendem por uns miseros dolares e outros bens materiais…hoje todos sabem o que se passou outrora durante o Comércio Triangular. Todos temos esta CONSCIÊNCIA, por isso sao responsàveis de tudo que se passa nos nossos respetivos paises da Africa.
DEVEMOS DESTRUIR DE VEZ A IURD NA NOSSA AFRICA.
O responsàvel desta perigosa SEITA IURD, mafiosa, criminosa e racista na Afica é o safado do dito guru Emer SEMEDO, que deve ser julgado e condenado com os seus homens da mao…todos para o CALABOIçO.
sonia divina
19 de Outubro de 2019 at 12:44
o Brasil exportou esta peste …e hoje é refém ,tomaram o Poder executivo,o judiciario e o legislativo
Alligator
17 de Outubro de 2019 at 16:48
Esperamos pelo termino do dito inquerito, e que o responsavel pelo disparo com bala real, seja severamente punido.Policia mal preparada e que não vale a ponta de um corno.
Original
17 de Outubro de 2019 at 17:23
Para mim,este comunicado está totalmente desfazado em relação a aquilo que aconteceu.
1- Todas movimentações foram feitas nas zonas destruindo bens debaixo dos olhos de Polícia.
Pergunto: O que foi feito pelo Comando ao nível dos Distritos para salvaguardar os bens da IURD?
2-Os ditos revoltosos tiveram tempo suficiente para destruir tudo nas localidades e avisaram que o
alvo principal era a igreja Sede e tiveram tempo de circular na cidade capital sensibilizando população
para engrossar participantes.
Pergunto: O que foi feito pelo Comando sabendo que o objectivo era destruir o referido edifício?
Como é possível 5 ou 6 polícias conter multidão revoltada e totalmente desprotegido?
Porquê que não foi feito um cordão com efectivos protegidos para evitar que os revoltosos não aproximassem
a igreja Sede num raio de 30 ou 40 metros?
3- Depois de ter população peito a peito é difícil afastá-los e foi próprio Comando a criar esta situação.
Por último a gente que disparou o tiro estava preparada para lidar com esta situação? Agora para dispersar
a multidão o objectivo é atirar a matar?
O comando foi 100% culpado desta situação e se não aprenderem com esta situação e tomar medidas corectórias,
o Comando qualquer dia será assaltado por revoltosos.
Aviso está feito.
Tony Lacerda
17 de Outubro de 2019 at 18:07
Pois, iria acontecer, não a rebelião popular, mas a incapacidade da polícia perante tumultos, e porquê:
– fraca formação , desde os superiores aos agentes
– equipamentos ridículos
– agentes muito remunerados
– falta de liderança dos superiores e do ministro que detém a pasta da segurança nacional
Não pelos agentes que não têm culpa nenhuma, a polícia em Stp é brincadeira, o ministro da segurança é incompetente, como é possível largar o local que estavam a defender.
Vejam os confrontos que estão a decorrer na Europa, as forças policiais não fogem enfretam e colocam a ordem, é a sua função, se não conseguem acabem com a polícia, porque em Stp, tal como o exército não servem para nada.
O estado, independente do governo é responsável pela falta de segurança pública, tem que ter meios e estruturas profissionais, senão não há razão para ser um estado ou País!!
Revoltante que em 44 anos isto esteja assim……