Ôbô, é a designação no crioulo santomé, para a floresta virgem, o parque natural. Cada dia mais ameaçado pelos caçadores furtivos, e pelos serralheiros em busca de madeira para construção civil, o Ôbô de São Tomé vai ter guardiões.
No quadro do projecto financiado pela União Europeia, a BirdLife Internacional, executora do projecto de protecção da biodiversidade em São Tomé, formou 31 guardiões para o Ôbô.
Segundo Jean Baptiste, representante da BirdLife os guardiões têm a missão de garantir a segurança da fauna e da flora da ilha de São Tomé. Os guardiões vão combater caça furtiva. Vão combater a colheita das espécies ameaçadas, e têm também a missão de estancar o abate das árvores.
A intervenção dos guardiões não estará limitada ao parque natural, Ôbô. Vão actuar também na zona tampão do parque natural.
Dos 31 homens e mulheres formados para serem guardiões d´Ôbô, pelo menos 10 vão ser recrutados imediatamente, para dar início às operações no terreno.
A BirdLife, avisou que os guardiões não substituem os agentes da polícia, nem outros agentes ou forças do Estado.
Os guardiões vão trabalhar para preservar a biodiversidade de São Tomé. Um património que alimenta e dá vida ao turismo sustentado. Eugénio Neves, líder da plataforma de turismo sustentável, declarou o envolvimento da sua ONG, no projecto executado pela BirdLife.
«Nós avançamos porque faz parte do nosso objectivo contribuir para a gestão do parque natural. E encontramos um parceiro que acabou por financiar este projecto», pontuou.
O Governo santomense, aproveitou a ocasião para manifestar que está comprometido com a protecção do presente e do futuro da ilha de São Tomé. «Temos que travar um combate sério, responsável e de forma coordenada contra o abate indiscriminado de árvores…», afirmou o Ministro da Agricultura Pescas e Desenvolvimento Rural.
O Ministro Francisco Ramos, prometeu dar atenção especial a sensibilização da população sobre a necessidade da conservação do meio ambiente florestal e a biodiversidade.
Note-se que com financiamento da União Europeia, a BirdLife, começou nas últimas semanas a implementar em São Tomé, o projecto de construção de centros estratégico para fiscalização das actividades de abate de árvores e de roubo da produção agrícola no meio rural.
Um projecto de fiscalização da zona florestal e de cultivo, que conta com o envolvimento das forças policiais e do exército.
Abel Veiga

Ralph
10 de Fevereiro de 2021 at 4:02
Muito boa iniciativa. A natureza tem de ser protegida para as gerações futuras.
Vanplega
10 de Fevereiro de 2021 at 20:52
Depois da casa roubada tranca-se as portas
Obrigado senhor Miguel Trovoada e senhor Maria das Neves
Pelo que fizeram as nossas ROÇAS, pela destruiçāo da nossa FLORESTAS.
Nance cà paga dèçu eh lè