Sociedade

China abriu as portas do Espaço para a juventude de África

Pela primeira vez, uma potência mundial com experiência na exploração do Espaço, decidiu partilhar experiências aeroespacial com o continente africano, mais concretamente com a juventude de África.

A República Popular da China que tem crescido na exploração e investigação científica do Espaço, decidiu em parceria com a União Africana organizar uma sessão de Diálogo com Taikonautas da estação espacial chinesa Shenzhou XIV e a juventude africana.

A sessão de perguntas e respostas aconteceu no dia 6 de setembro. Em São Tomé e Príncipe jovens estudantes da Universidade Pública, participaram na sessão de Diálogo, através de vídeo conferência nas instalações da embaixada da China em São Tomé.

«Pudemos esclarecer algumas questões que tínhamos em mente. Pois a vida no espaço é algo totalmente estranho para nós. As respostas que deram foram muito esclarecedoras», afirmou Dalton Quaresma, aluno do Instituto Confúcio de São Tomé.

Ao mesmo tempo cerca de mil pessoas nos mais diversos pontos do continente africano, participaram na sessão de diálogo com os Taikonautas chineses.

A sede da União Africana em Addis Abeba, foi o palco central da ligação directa entre a estação espacial chinesa e a juventude africana. Outros espaços de conexão espacial foram montados na Argélia, Egipto, Etiópia, Namíbia, Nigéria, Senegal, Somália e na África do Sul.

O evento de partilha de conhecimento sobre o Espaço entre a China e África foi transmitido em directo para todo mundo, e foi organizado no âmbito da celebração do vigésimo aniversário das relações entre a China e a União Africana.

«É a primeira vez que uma grande potência aeroespacial entra em contacto directo com jovens africanos através de uma ligação entre o céu e a terra. Teve total apoio das embaixadas chinesas em África, das autoridades espaciais africanas, da participação entusiástica de jovens africanos e uma ampla atenção dos meios de comunicação chineses e africanos», explicou a embaixada da China em São Tomé, numa nota de imprensa.

O gabinete de Engenharia Espacial Tripulada da China e a Comissão da União Africana, criaram as condições técnicas para o intercâmbio entre a estação Shenzhou XIV e a juventude africana.

Dalton Quaresma, jovem são-tomense que participou no evento, destacou que «o importante também é o facto de África estar a procurar dominar a informação espacial. Isso acaba por ser uma experiência enriquecedora. Espero que enquanto africanos possamos aproveitar estas oportunidades e conseguirmos alcançar algo no domínio espacial», frisou.

Hu Changchun, embaixador da China na União Africana, e Lin Xiqiang, diretor-geral adjunto do Gabinete de Engenharia Espacial da China, e Belit Molla, Ministro da Inovação, Ciência e Tecnologia da Etiópia, são entidades que se destacaram no palco do intercâmbio espacial montado na sede da União Africana, no dia 6 de setembro.

Note-se que a cooperação espacial entre a China e o continente africano, já permitiu ao Egipto lançar satélites para fiscalização ambiental. Argélia é outro país africano que colocou satélites no espaço com apoio técnico da República Popular da China.

O Sudão é outro país africano que tem beneficiado da ajuda tecnológica e científica chinesa, para explorar fiscalizar a natureza e prevenir catástrofes através de satélites instalados no espaço.

Abel Veiga  

1 Comment

1 Comment

  1. luisó

    9 de Setembro de 2022 at 15:08

    Tanta coisa importante a discutir e para ajudar num País que nada tem e andam a falar do espaço.
    Ponham a cabeça na terra………

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