Áuxiliares de enfermagem, maqueiros e outros funcionários do hospital central Ayres de Menezes protestaram contra o governo por causa do não pagamento dos seus salários há mais de 2 anos.
Foi um protesto ruidoso no Hospital Central Ayres de Menezes. Os cerca de 100 auxiliares de enfermagem, maqueiros, e outros funcionários hospitalares dizem há 2 anos e 3 meses, que o governo não paga os salários.
Adkilson Lopes d´Alva declarou que «estão a nos enrolar». Segundo o auxiliar de enfermagem a administração do hospital central pediu os documentos para a legalizar a situação laboral e salarial, mas nada aconteceu.
Sem qualquer garantia contratual, uma parte dos trabalhadores do hospital Central Ayres de Menezes diz que está a ser alvo de uma brincadeira. «Acho que estão a brincar connosco. Isto é uma brincadeira porque todos somos pais e chefes de famílias», acrescentou Adkilson Lopes d´Alva.
Uma brincadeira que segundo os trabalhadores está a gerar fome no seio das famílias.
«Estou aqui há dois anos sem salário. Fome de um dia é muita coisa, quanto mais de dois anos. Queremos uma solução», exigiu Ilza Cravid.
Ilza Cravid também é auxiliar de enfermagem. Para além da fome, a falta de pagamento do salário há 2 anos e 3 meses está a pôr em causa os direitos do seu filho. «Eu tirei meu filho da escola, porque não tenho como pagar lanche, ou para pagar o moto táxi para levá-lo para escola. Do jeito que estamos, não estamos bem. Queremos solução», frisou.
Mais de 2 anos sem salário, tira disposição e motivação aos auxiliares de enfermagem. Uma situação que reflecte na qualidade de atendimento ao público.
«Nenhum doutor ou enfermeira trabalha sem o auxiliar. Precisamos da solução. Fome dói. Estou a criar meu filho sozinha, sem pai. Eu quero solução, solução é que eu preciso», concluiu Ilza Cravid.
Solução é a palavra de ordem dos funcionários em protesto. O Director Geral do Hospital Central e os demais membros da administração estavam no edifício administrativo. As tentativas para ter a explicação da direcção administrativa sobre a situação salarial dos maqueiros e auxiliares não foram atendidas pela administração do hospital.
No entanto, o protesto dos trabalhadores continuou ruidoso no quintal do Ayres de Menezes, como ilustra o registo áudio seguinte :
Abel Veiga
ANCA
30 de Abril de 2024 at 19:06
Será que são estes os trabalhadores fantasmas do estado?
Como é possível que um trabalhador que tem um contrato de trabalho com entidade empregadora que neste sentido é a administração pública, esteja dois anos e três meses sem receber salários?,…Sem contestação, sem reclamação,…há que saber quanto foi efetuado o contrato de trabalho, há quanto tempo estão afetos a administração pública? Inteirar de todos os pormenores e responsabilizar quem tem que ser responsabilizado/os sobre esta matéria a bem da melhor organização e funcionamento da administração pública.
Por outro lado, porque é que só agora estes trabalhadores se manifestam?
Por que só agora?
Necessidade de reorganização, rigor, modernização das instituições da administração publica por forma a torna-las mais fortes eficientes para que estejam altura dos desafios.
Se és de São Tomé e do Príncipe
Ajuda a construir o teu país(território, população, administração, mar e rios)
Pratiquemos o bem
Pois o bem
Fica-nos bem
Deus abençoe São Tomé e Príncipe