Um novo bairro residencial nasceu na Vila de Santa Catarina. São 25 casas construídas de raiz na zona de expansão segura, incluindo uma escola básica para as famílias que viviam em habitações que estavam a ser ameaçadas pelo mar.
«É por causa dessas ondas do mar que invadem as casas nas zonas de risco que as pessoas foram tiradas daquele sítio e trazidas para este local seguro» – disse José Carvalho de Rio, Ministro das Infraestruturas e Recursos Naturais.
Enquanto há vida há esperança. A velha máxima aplica-se perfeitamente ao caso de Bartolomeu Nascimento, pescador de 74 anos, um dos beneficiários de casa nova.
«Minha casa foi destruída pelo mar. 49 anos que vai aproximar da nossa independência, eu tenho trabalhado muito e só hoje que vi o benefício do país» – desabafou com sorriso nos lábios, Bartolomeu Nascimento.
As casas custaram cerca de 500 mil dólares. Foram construídas pelo WACA, o Projeto de Investimento em Resiliência das Áreas Costeiras, financiado pelo banco Mundial.
«O estabelecimento da zona de expansão segura é um passo determinante. É o começo da resiliência que inclui Santa Catarina e vai se estender para mais de seis áreas do país» – sublinhou Victoria Kwakwa, vice-presidente Regional para a África Oriental e Austral do Banco Mundial.
Apesar da melhoria nas condições de vida destas famílias, o autarca local ainda tem preocupações.
«O nosso país tem graves problemas por causa do abate indiscriminado de árvores e o projeto deveria ter sugerido outro tipo de habitação e não em madeira» criticou Guilherme Inglês, presidente da Câmara Distrital de Lembá.
Em resposta, Arlindo Carvalho, diretor do projeto WACA garantiu que «antes de utilizarmos a madeira para a construção dessas casas, fizemos a plantação de cinco mil espécies nobres de árvores».
As velhas casas que se encontram na chamada zona de risco serão destruídas ainda esta semana e o espaço vai dar lugar a uma zona turística a ser criada também pelo projeto WACA com o financiamento do banco mundial.
José Bouças
Batista de Souza Izequiel
6 de Junho de 2024 at 14:42
Estou de acordo consigo que antes de se abater selvagemente as arvores tem que se plantà – las . Acho muito pouco 5000 , tendo em conta a velocidade com que abatem estas arvores . Penso que se deve proibir pura e simples o abatemento das arvores em Sao Tomé et Principe durante pelo menos um periodo de 20 anos e tentar importar madeiras de Angola , Congo – Brazaville e talvez da Guiné – Equatorial durante o tempo suficiente que o nosso ôbô se arborise .Nos temos terra vermelha que devia se utilisar nas construçoes habitacionais como estas casas e custo baixo . Eu nao entendo o porquê do encerramento deste pequeno complexo de fabricaçao de tijolos e telhas que existia , jà nao me lembro o nome do local onde esta fabrica estava instalada . Encerrou – se por extrema incompetência daqueles que dirigiram esta fabrica e adicionada a falta de rigor de gestao . Cosequência disto tudo é a desertificaçao do nosso pais . Hoje em dia até abatem fruteiras , coqueiros e outras mais arvores de frutos para fabricarem uma espece de tabuas e barrotes para construçoes de abrigos de fortuna , que caracterisamos nossos bairros de lata , simbolo da miseria e do estado de degradaçao em que se encontra o nosso pais : uma autentica lastima !
O Gajo do Chega
7 de Junho de 2024 at 3:00
Casas novas: uma migalha para enganar o povo.
Os governantes Santomenses são também corruptos. Não amam o seu povo e não amam o seu belo país. É uma desgraça toda, de Caué à Pagué.
Ponto final