Sociedade

China deu ao M.S. capacidades para implementar nova estratégia de eliminação do paludismo

O tratamento em massa do paludismo é a nova estratégia adoptada pelo Ministério da Saúde de São Tomé e Príncipe, no quadro da cooperação com a China, para garantir a eliminação do paludismo até 2028.

No início do mês de agosto o Ministério da Saúde reuniu os parceiros internacionais que cooperam no combate ao paludismo, e anunciou através da coordenadora do programa para eliminação da doença que a meta de 2028 estava em risco. Tudo segundo a coordenadora Didiena Vilhete, por causa do aumento do número de casos registado no início do ano 2024.

Principal parceira do país no combate contra o paludismo, a República Popular da China reagiu garantindo ao Ministério da Saúde mais de 1 tonelada de equipamentos, materiais e medicamentos, para reforçar a estratégia de tratamento em massa da doença que foi responsável pelo maior número de mortalidade em São Tomé e Príncipe.

«Estou certa que vai ajudar a atingir a meta de eliminação do paludismo o mais rápido possível», assegurou Xu Yingzhen embaixadora da China em São Tomé e Príncipe.

Tratamento em massa do paludismo, é uma estratégia de eliminação que a China implementou e com sucesso na República de Comores, também no continente africano.

A estratégia caracteriza-se pelo tratamento dos pacientes, e pela administração de medicamentos anti-palúdicos às pessoas que não estão doentes. Uma medida preventiva, que a ser implementada a toda a população, corta o ciclo de transmissão da infecção pelo plasmodium, o micróbio que provoca o paludismo.

Ao mesmo tempo, a nova estratégia inclui medidas para eliminar o vector, ou seja, o mosquito que transmite o micróbio de pessoa para pessoa. Por isso, o lote de 1 tonelada de donativos da China ao Ministério da Saúde inclui insecticidas para eliminar o mosquito.  

Reagentes para realização de testes rápidos de paludismo, fazem parte do lote e vão permitir a realização da busca activa dos casos de paludismo no seio da população. Segundo a embaixadora da China, equipamentos de escritório como computadores e máquinas multifuncionais, também foram entregues ao Ministério da Saúde.

As técnicas de rastreio e os medicamentos para tratamento e prevenção da doença vão ser distribuídos a nível nacional. Até agora a estratégia foi aplicada apenas a nível comunitário, ou seja, nos círculos populacionais que registaram maior índice de infecção pelo paludismo.

«Nós não podemos falhar desta vez», avisou a Ministra da Saúde Ângela Costa, quando recebeu o donativo da China.

Pois 2024, foi inicialmente a meta definida para o país atingir a eliminação do paludismo, e falhou. O fraco envolvimento da população na campanha de luta contra o paludismo, é um dos factores apontados pelo programa de eliminação. Em diversas localidades do país, talvez pela redução do número de doentes, e por já não se registar mortes por paludismo, as populações começaram a recusar a pulverização das casas.

Desta vez, Ângela Costa apela ao maior envolvimento de todos os cidadãos, na implementação da estratégia de tratamento em massa. «O tratamento em massa tem que ser seguido», apelou a ministra da saúde.

Bonifácio Sousa, o médico que coordena o Centro Nacional de Endemias, prometeu realizar uma ampla campanha de sensibilização da população, antes do arranque da estratégia de tratamento em massa, previsto para a primeira quinzena do mês de outubro.

«Estamos munidos de condições e de materiais para que possamos arrancar com a estratégia de tratamento em massa do paludismo. Avizinha-se o início da época chuvosa, por isso, estamos a preparar a estratégia para reduzir o número da infecção pelo paludismo», frisou, o coordenador do Centro Nacional de Endemias.

A eliminação do paludismo em 2028, seria a maior conquista de São Tomé e Príncipe no domínio da saúde, desde o século XX.

Abel Veiga  

2 Comments

2 Comments

  1. ANCA

    25 de Setembro de 2024 at 13:17

    Antes de realizarmos, alguns projectos, ha que ter a noção e conceitos como, a organização, o rigor, o trabalho abgenado, a transparência, a justiça, a segurança e proteção, bem como a responsabilização.

    É imperioso massificar a sensibilização, junto a escolas, as instituições do país, as famílias, nos mercados, centros de saude, hospitais, escolas, camaras municipais, Presidência da República, Assembleia da República, nos Ministérios, na região autónoma do Príncipe, bem como junto toda a sociedade civil organizada.

    É superlativo que a comunidade, a sociedade civil São Tomense, os cidadãos se mobilizem para tais causas, sobretudo a eliminação do paludismo, no nosso país.

    Ao mesmo tempo que deve olhar para a saúde publica, com uma visão ampla e alargada, a desratização, desinfestação, das ruas, das instituições, escolas, ministérios, hospitais e centros de saúde, mercados, postos de polícia, quartel, nas empresas, mediante aplicação de iscos e compostos(armadilhas), gel, bloco de inseticidas nos locais bem assinalados, de modo a segurança, das crianças(risco de envenenamento), pois que sabemos que persiste no país, ruas sujas, animais soltos, pulgas, bichôs, piolhos, mosquitos, parasitas, etc,…lixo, residuos urbanos, sarjectas sujas e entupidas, rios com entulhos, detritos, praias com detritos, lixos, necessidade de controlo e analises as aguas do mar, as agua para consumo nas instituições,onde o ministérios da saúde, da educação, do ambiente, as câmaras municipais, a protecção civil, as corporações dos bombeiros, a direcção do turismo, devem ter um papel activo a desempenhar.

    Assim também prestarem melhor atenção e controlo, as condições de transportes acondicionamento, refrigeração, venda e comercialização de alimentos, regras de higiene e segurança no trabalho.

    Uma abordagem multidisciplinar envolvendo as instituições e a sociedade civil organizada, as famílias, quer em São Tomé quer na ilha do Príncipe

    Se se és de São Tomé e do Príncipe, juntos somos capazes, ajudemos a desnvolver o nosso país, as nossas instituições, a nossa gente, o nosso mar e rios.

    Pratiquemos o bem

    Pois o bem

    Fica-nos bem

    Deus abençoe São Tomé e Príncipe

    • ANCA

      25 de Setembro de 2024 at 19:04

      Bem como a necessidade de acompanhamento de evolução de outras epidemias e endemias que assolam o mundo, termos um plano de acção e de prevenção.

      Ama a tua terra, a tua gente, o teu país

      Dá o teu contributo para o desenvolvimento progresso e modernização

      Tu es capaz

      Pratiquemos o bem

      Pois o bem

      Fica-nos bem

      Deus abençoe São Tomé e Príncipe

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