A gestão da água nos países membros da CPLP apresenta desafios distintos, mas igualmente preocupantes, afetando diretamente a qualidade de vida das populações.
“Em países como Angola, Moçambique, Cabo Verde e Guiné-Bissau, as dificuldades de acesso à água potável, bem como a gestão eficiente deste recurso, representam questões centrais para o desenvolvimento e a qualidade de vida das populações,” disse Manuel Lapão, Diretor de Cooperação do Secretariado Executivo da CPLP.
Diante deste cenário, a cooperação entre os Estados-membros torna-se essencial para fortalecer a resposta conjunta à crise hídrica. Com esse objetivo, ministros e autoridades do setor da água da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa estão reunidos na capital santomense para discutir soluções sustentáveis.
“É necessário implementar políticas de gestão sustentável da água, incentivar a troca de boas práticas e lições aprendidas, além do compartilhamento de conhecimentos entre todos os países da comunidade. Também é essencial promover investimentos em infraestruturas e tecnologias de dessalinização, aproveitamento de águas pluviais e recuperação de ecossistemas hídricos, como bacias e zonas húmidas,” destacou Manuel Lapão.
Sob o lema “A juventude como força motriz da resiliência hídrica diante do desafio das alterações climáticas”, a terceira reunião do setor visa definir estratégias para enfrentar os impactos das mudanças climáticas na gestão dos recursos hídricos.
“Queremos que os jovens estejam no centro do desenho e da implementação de políticas relacionadas ao ambiente sustentável e à gestão sustentável da água. Vamos construir um futuro onde a água seja verdadeiramente um bem protegido, acessível e sustentável para todos,” sublinhou Gareth Guadalupe, Ministro do Estado da Economia e Finanças, em representação do Ministro das Infraestruturas e Recursos Naturais.
O encontro servirá para estabelecer as prioridades da CPLP na cooperação para o setor da água no biénio 2025-2027, reforçando o compromisso dos países com uma gestão sustentável e acessível da água para todos.
José Bouças
Jon
21 de Fevereiro de 2025 at 12:57
Muitas reuniões, muitos projectos, sobre energias renováveis, infraestruturas, água, etc… embora todos pertinentes, mas a verdade, é que há falta de um quadro legislativo, planos de desenvolvimento, planos de ordenamento de território, há priori, a montante, para que possa delinear caminho da transparência, organização, rigor, justiça, crescimento desenvolvimento sustentável no presente bem como para o futuro,… jamais se toma em conta os números estatísticos, bem como da realidades e conjunturas, território e populacional, administração, de gestão do território, da população, da administração, mar e rios.
Assim se continua a desperdiçar recursos, dar tiros no pés, é como que construir uma casa a começar pelos céus…
Questão de planeamento, de organização.
Porque quando der problemas no futuro, que jamais são tidos em conta no presente, mais uns gastos de dinheiro, de recursos, mais projectos e desperdícios, historias de enchurradas, roubos de energias, desabamentos, diluição de terras, contaminação dos solos, sanilização dos lenços freáticos sua contaminação por quimicos fertilizantes, perda da biodiversidade, ecossistemas destruídos, perdas de vidas, etc….