Entrevista

Associação Cívica – Movimento de Libertação

O movimento que nasceu na zona do Riboque em 1974, desempenhou papel importante no processo de libertação do país. Filinto Costa Alegre, um dos jovens são-tomenses que liderou o movimento de massas, garante que foi a Associação Cívica quem pôs em causa o regime colonial no país, ao contrário da Frente Popular Livre que defendia uma federação com Portugal.

Téla Nón – Como é que nasce essa organização cívica?

FILINTO Costa Alegre – Isso remete-nos para décadas atrás quando estávamos na casa dos 20 anos. O que se passou é que o MLSTP, não foi capaz de estabelecer células com verdadeira capacidade mobilizadora no país. Quando se deu o 25 de Abril de 1974, sentiu-se que havia necessidade de lançar a luta principalmente na componente de mobilização popular. Então a direcção do MLSTP que se encontrava em Libreville, e outros militantes que estavam em Portugal, figuras como Pinto da Costa, Miguel Trovoada, Guadalupe Ceita, Gastão Torres, Pedro Umbelina, eram pessoas que compunham o bureau político do MLSTP. Cá internamente haviam pessoas como meu pai Norberto Costa Alegre, Quintero Aguiar, Francisco Diogo, Pedro Gomes, Dona Alda do Espírito Santo e outros. E havia nós os mais jovens enquanto estudantes do liceu, que já constituía um quebra-cabeças para os professores. Era a luta da emancipação dos negros nos Estados Unidos. Ouvíamos o programa Angola Combatente do MPLP, e então as emissões radiofónicas do MLSTP que era feita de Acra-Gana e depois de Libreville. Fomos para Portugal estudar. E quando se deu o 24 de Abril regressamos a São Tomé, para divulgar as ideias da libertação e da independência que o MLSTP estava a preparar, exigir que o MLSTP fosse reconhecido como representante da luta pela independência. Criamos então essa Associação de massas designada Associação Cívica.

TN – E então começou a agitação das massas populares.

FCL – Tive a honra de ser o primeiro estudante são-tomense a regressar. No entanto nesta altura já havia uma Frente Popular Livre, que era uma organização mais virada para a celebração de uma federação com Portugal. Não queriam a independência. Eles advogavam contra o ideário do MLSTP, e depois contra o ideário da Cívica. Queriam claramente uma federação com Portugal. Foi numa tarde de sábado em Junho de 1974 no salão que se chamava ar e vento que nós criamos a Associação Cívica. Mas antes disso tinha havido um longo processo de mobilização dos trabalhadores agrícolas. Fomos nós que nesse trabalho de mobilização e esclarecimento levamos a esses trabalhadores algum pensamento de liberdade que serviu para que eles passassem a incorporar a luta.

TN – Tarefa difícil tendo em conta a presença ainda das forças de segurança portugueses no terreno

FCL – Olha tinha havido o 25 de Abril mas a liberdade era formal. Tínhamos que trabalhar as mentes porque independência nunca seria uma dádiva dos colonos. Por isso tomamos como alvo as grandes concentrações de trabalhadores. Para além das roças actuamos nas antigas obras públicas, as alfândegas. A famosa frase da altura era independência total, “Sá cuá cu povo mêssê”. Portanto queríamos a nossa independência total e imediata. E quando começaram as movimentações eles fizeram vir de Angola uma companhia de comandos. Os trabalhadores tinham-se revoltado nas roças. Foi a partir da mobilização feita pela Associação Cívica é que se põe em causa o regime colonial. Então houve diversos conflitos. Fizeram vir um novo Governador chamado de alto-comissário, com ele chegaram os fuzileiros para nos intimidar.

TN – Houve detenções?

FCL – Alguns de nós foram detidos. Eu pessoalmente em alguns momentos fui convocado pela polícia. Éramos ameaçados, apontavam-nos armas e diziam que iam dar cabo de nós. Mas naquela altura com o fulgor da juventude achávamos que sem a liberdade a nossa vida valia pouco.

TN – Mas a unidade no seio do movimento de libertação foi frágil.

FCL – De facto em Março de 1975 há mesmo uma cisão no seio das então forças do movimento de libertação. Era um verdadeiro movimento nacional de massas. Essa transição não foi bem analisada e não houve capacidade de preservar a unidade. Num comício público com o apoio do alto-comissário português e dos colonos a direcção do MLSTP decidiu expulsar os jovens que tinham feito aquele trabalho de mobilização. Uma das razões deste conflito teve a ver com o destino a ser dado ao contingente de militares são-tomenses no seio do exército colonial. Havia uma ideia de que o contingente deveria ser dissolvido e criar um novo exército, e outra tendência considerava que este contingente deveria ser mantido. A direcção do MLSTP defendia a tese de que este embrião deveria ser dissolvido e constituir-se um novo embrião. Quando esta decisão foi comunicada as autoridades portuguesas, o alto-comissário fez uma chantagem dizendo que ia pedir ao Governo de Lisboa a retirada completa de todos os portugueses e abandonaria São Tomé e Príncipe a sua sorte.

TN – São Divergências e Clivagens que por sinal corroíam o movimento de libertação antes mesmo da independência.

FCL – No seio do bureau político do MLSTP, antes mesmo de 1974 havia uma situação bastante desagradável neste aspecto. Constante intrigas, mas pensamos que era devido a falta de preocupação com as questões de resolução dos problemas dos são-tomenses.

A cisão maior no seio do MLSTP aconteceu do conflito com a Cívica. Porque no seio do bureau político de então uns ficaram conotados com a Cívica e outros ficaram conotados com os politicamente correctos. Então o doutor Guadalupe de Ceita, o Doutor Gastão Torres e o engenheiro Pedro Umbelina ficaram conotados com o eixo do mal, que era a associação cívica. Mas as cisões não ficaram por aí. A incapacidade de resolver os problemas do país, prisões arbitrárias que depois desemboca em 1990 no movimento de mudança que também acaba por não mudar nada.

TN – O grupo dos jovens estudantes que formaram a Associação Cívica tiveram depois que exilar-se.

FCL – Havia mesmo a intenção da Direcção do MLSTP em libertar-se de nós e ficar com o poder todo para si. Em Março de 1975 fomos todos forçados a abandonar o país.

TN  – Mas porquê?

FCL – Porque aquele embrião do exército começou a ser utilizado contra nós. Prenderam nossos elementos. Éramos perseguidos sistematicamente pelos militares que barravam as viaturas onde seguia-mos, e depois uma série de boatos que puseram a circular naquele momento. Porque a situação que se vive hoje, foi lançada desde aquele momento. Tornamo-nos os inimigos do povo. Todos os males de São Tomé e Príncipe, estavam simbolizados em nós. Era a mensagem que a Direcção do MLSTP na altura fazia passar. Criou-se uma situação em que os nossos pais acharam que estávamos em perigo e que era melhorar sairmos do país. Todos tivemos que sair. E então espalhamo-nos por Moçambique, Angola, etc. E mesmo nestes países continuamos a ser perseguidos. Por exemplo o grupo que estava em Moçambique durante mais de um era impedido de trabalhar porque o MLSTP escreveu a FRELIMO; dizendo que não deviam aceitar-nos em Moçambique etc. E mesmo se não fomos expulsos, foi porque tínhamos boas relações com alguns elementos influentes da FRELIMO , e também porque a Dona Alda do Espírito Santo escreveu uma carta ao seu grande amigo da Frelimo que era o senhor Marcelino Santos, pedindo-lhe o favor de não nos expulsar , porque não tínhamos feito nada de mal, e que não justifica tomar essas medidas contra nós.

TN  – Mas a associação Cívica é muito criticada pelo facto de alegadamente ter mandado queimar produtos alimentares, lojas etc.

FCL – Isto é absolutamente falso. É a tal ideia que a direcção do MLSTP havia mandado por a circular contra a Associação Cívica. Olha por exemplo nós é que construímos onde o MLSTP tem a sua sede no Riboque. Aquele edifício foi construído com mobilização popular. Cada pessoa que tivesse um saco de cimento, um ferro, um bloco levava para construir a sede da Associação Cívica naquele espaço. Mas logo a seguir a direcção do MLSTP pôs a circular que estávamos a construir aquilo com um subterrâneo para torturar as pessoas e tudo mais.

O que se passou em 1974 a 1975, é que a ideia da independência naquela altura era minoritária. Entretanto já estava no terreno um grupo que era a Frente Popular Livre que advogado a constituição de uma federação com Portugal. Por isso num movimento de massas não se consegue controlar todos os seguimentos. Naquela altura houve uma rotura de stock de produtos alimentares o que nunca tinha acontecido em São Tomé e Príncipe. No entanto quem trabalhava nas lojas como balconista eram são-tomenses.

E eles viam que os comerciantes estavam a esconder os produtos. Em consequência uma vez a população revoltou veio para a cidade, retiravam os sacos de arroz, açúcar etc, traziam para a rua e rasgavam os sacos para mostrar as pessoas que haviam esses produtos e que estavam a ser escondidos pelos colonialistas. Fomos informados da situação de revolta e viemos a praça e interpusemo-nos entre os fuzileiros militares colonos e do outro lado a população. Falamos a população e dissemos que não era essa a luta da Associação Cívica. E as pessoas obedeceram e saíram das ruas. A praça estava inundada de militares portugueses armados. Mas esses casos nunca são contados.

Outra questão que muita gente sobretudo os nacionais que tinham muito mais posse, aborreceram com a Associação Cívica, é que a dada altura os portugueses queriam ir-se embora e pretendiam vender os seus bens. Nós a Associação Cívica, tomamos a decisão difícil de dizer as pessoas para não comprarem esses bens. Se os colonos queriam ir-se embora que fossem e que nós encontraríamos uma melhor de administrar esses bens. Isso caiu muito mal as pessoas que tinham mais posse que iam beneficiar desse maná. Mas temos a consciência que trabalhamos com a melhor das vontades. No entanto é natural que tenha havido excessos, sobretudo nas roças. Mas nunca a partir da Associação Cívica.

TN  – Passados 35 anos, não está arrependido pela luta que travou em 1974?

FCL – Não. Muito longe disso. Só as pessoas que não conheceram ou que não viveram o regime colonial, o que ele significou de humilhação, de violência, é que pode alguma vez questionar a independência. A luta continua, a luta continua. Agora conhecemos melhor o nosso país. Temos mais quadros, temos um ambiente que permite expormos as nossas desavenças, e portanto estamos em condições de continuar a lutar por um São Tomé e Príncipe melhor.

Eu estaria arrependido se realmente estivessem bloqueadas todas as possibilidades de alterar a situação. Não é o caso. Estamos no período eleitoral e vê que é uma mascarada. Uma compra desenfreada de consciências, não se discute o país. Mas por outro lado nem toda gente está envolvida nesta forma de delapidação do nosso património colectivo. Mas tome o pulsar da sociedade nas organizações não governamentais e verifica que há um potencial a explorar. Mas com o crescimento da contestação e da reivindicação, mas cedo do que tarde vai haver a inversão do processo.

TN – Então acredita num futuro promissor.

Por um lado o que ressalta é a nossa capacidade colectiva de nos congregarmos em torno de um ideal, e disponibilizarmos as disponibilidades e as vontades para concretizar este ideal. Mas por outro lado estes 35 anos intensamente vividos não são completamente inúteis. Há aspectos bastante positivos. Só o facto de eu estar a dar esta entrevista e em termos em que estou a dar revela que alguma coisa se tem feito. Só que tem-se falhado de forma rotunda no que toca a realização dos ideais que nortearam esta nossa participação desde a primeira hora.   

FIM

23 Comments

23 Comments

  1. jakelino Thomas

    12 de Julho de 2010 at 16:20

    Sr. Filintro que entrevista magnífica.

    Por favor procura escrever um livro para termos registro desse momento extraordinário do nosso país. Todos que estiveram presente com andar do tempo se vão e levam consigo história magnífica.

    Um dia desses conversava com um mais velho fiquei sabendo na versão dele o processo que desencadeou que Miguel Trovoada ficasse escondido nas Nações unidas e depois sair de STP.

    Precisamos ter esses momento registrado. Senhores e senhoras arquivos vivos do passado de STP por favor registrem a nossa história, ou se já há escrito nós jovens queremos saber onde fica este arquivo escrito. Com depoimento como esse podemos mudar a essa venda da consciência da população menos letrada de STP.

  2. PATRICIO E FODIDO

    12 de Julho de 2010 at 17:04

    TENHO 30 DE IDADE,ASS. CIVICA CONHECO A HISTORIA MAS A CORRUPCAO E A MALICIA DO MLSTP SER UM FENOMINO KI REMOTA ANTES DA INDEPENDENCIA,PARA ME E 9DADE.QUE DEUS TI DE UMA VIDA LONGA BEM COMO TODOS EX MEMBROS QUE VOS MANTERAM FIEL.VIVA STP VIVA 12 DE JULY 2010 PARA STP.

  3. BerNeto

    12 de Julho de 2010 at 19:13

    Caro Filinto Costa Alegre,
    Meus agradecimentos pela soberba entrevista.
    Corroboro com a vontade do Jakelino Thomas de pores isto em papel. Não espere que a velhice lhe bata a parta para depois pretender deixar-nos esse legado. É sua missão enquanto cidadão nacional comprometido com o povo em bem fazer. Compromisso de transmitir tudo quanto sabeis acerca de STP.
    A sua inteligência é notória e de reconhecimento público. Não faça como, infelizmente, muitos são-tomenses fazem. Escondem a história. Levam todo o saber.
    Exorto o repórter aprofundar melhor as questões que, de certeza, terá resposta tendo em conta que está diante de uma das mentes mais bem polida de STP.
    Reitero os agradecimentos.

  4. Tomé Nado

    12 de Julho de 2010 at 22:17

    Sr Filintro! Mas não foi isso que a minha mãe me contou sobre os cívicas. Disseram-me que vocês eram das piores castas de jovens que se conheceu na altura. Radicais de primeira, maoistas e troksistas. Logo que se aperceberam que tinham o poder nas vossas mãos organizaram um golpe contra o MLSTP. Vocês tem que se sentar todos com o Dr Pinto da Costa, Dr Guadalupe Ceita, Dr Teotonio Torres, Dr Gastão Torres, Miguel Trovoada, Oné do Espirito Santo, Pedro Umbilina para dizer a nós os jovens o que passou de facto em 1974/75/76. Espero também que não haja pessoas da Frente Popular Livre hoje passando como herois nacionais, recebendo pensões vitalícias do Estado. Não queremos que STP volte as mãos dos cívicas. Credo! Que Deus proteja STP!

  5. Moreno

    13 de Julho de 2010 at 8:34

    Sr.Filintro Costa Alegre parabens pela entrevista, por aclarar certas coisas que naturalmente nao se sabia.Pessoalmente vivi este pariodo , tinha eu 15 anos e tinha muitas duvidas em relacao a associacao civica , mas estao dissipadas.Sao essas coisas independentemente do estado da nacao, que o povo necessita saber.Um bem haja

  6. BLAGA PENA

    13 de Julho de 2010 at 11:01

    Sim sr. Filintro tenho uma admiracao por si. E acho que o sr. fez muito bem deixar a politica assim poderias manchar o seu Curriculum.Penso eu o senhor tem muito para dar a nossa juventude e ao pais
    Bem haja sr. Filintro

  7. DLima

    13 de Julho de 2010 at 11:07

    Antes de mais gostaria de parabenizar esta ilústre figura pela importante entrevista, assim como o jornal pela excelente iniciativa que teve em estabelecê-la.

    Penso eu que iniciativas destas devem estender-se à outras figuras que na altura viveram estes acontecimentos marcantes, por forma a congregar ideias e formarem uma obra.

    Penso igualemente que a sociedade santomense devia promover um momento de reflexão sobre estes os momentos/acontecimentos passados,pois, a nova geração precisa conhecer estes acontecimentos para aproveitar o bom e banir o que de máu foi feito por forma a não se cometer os mesmos erros do passado. Julgo estar aí a chave do sucesso de STP.

  8. Pleto

    13 de Julho de 2010 at 13:00

    Com o devido respeito pelo individuo em questao, mas foram voces do MLSTP e nao só que destruiram e continuam a destruir o nosso País.Vcs criaram e o vicio esta instalado, me desculpem mas nao vejo heroi nenhum nesses ditos nacionalistas.
    Ainda nao entrei na casa dos 30 mas sou suficientemente lúcido para reconhecer que a maior dádiva foi a conquista da nossa independencia, mas hoje infelizmente estamos presos,amarrados e dependentes dos males que os senhores criaram desde 1975. Conclusao : estamos tristes,disiludidos e na merda.
    Hoje o clima social no nosso País é ruin, nao ha respeito por ser humano,pela vida e nem pela terra.Nao ha respeito pelo trabalhador,pelos velhos,pelas nossas glebas etc…

    Hoje o nosso STP é uma naçao descredibilizada ao nível nacional e internacional ja nem digo nada, sem ordem e sem rumo. É inacreditável como ainda estamos nesta luta de cao e gato, salve-se quém puder. A naçao está doente de espírito, o pobre está cada vez mais pobre e famintos.

    Como santomense é difícil aceitar essa realidade.Eu sou jovem e o meu sonho é ver um STP forte, com gente feliz e com vontade de trabalhar,ter condiçoes de sustentar a familia,saúde, educaçao digna para todos,isso os senhores nao souberam garantir após a independencia.

    Corrupçao existe em todo tipo de sociedade,mas o nosso problema é ainda mais profundo.

    Eu tenho muito respeito pelas pessoas, e eu pessoalmente respeito e gosto de ouvir os mais velhos mas a esses mais velhos que governaram e governam o nosso País nao tenho respeito nenhum.
    Tenho muito orgulho nos nossos pescadores,palayées.agricultores, pedreiros, enfermeiros, carpinteiros da nossa terra, esses sim sabem a vida dura do trabalho.Ao contrário desses senhores diplomados armados em donos do saber que destruiram e continuam a destruir a nossa sociedade porque nunca trabalharam de verdade.

    “É um desabafo de mais um santomense descontente”.

  9. oliveira e castro

    13 de Julho de 2010 at 16:06

    embora nao sendo douto em politica para dissipar quem tenham maior percentagem de razao ou nao, algo fica claro ao ler o comentario paralelo do leonel mario dalva e do filinto costa alegre, de facto parece que embora ambos tenham cometido muitos erros, pois os tais civicas foram acusados de muitas coisas que nao correspondiam a verdade. o mlstp mentia e os acusava naquela altura ademais da conduta negativa levada á cabo. é notorio isso pra quem sabe um pouco interpretar as coisas.

    já lendo a entrevista do miguel trovoada, ve-se a clara demagogia de sempre, de um filosofo e soberbo dominador da dialectica e a arte do bem falar, mas que em sintese contradiz-se e só deixa vocabulario bonito pra quem nao os conhece, mas em efectividade, nao respondeu com concrecao a quase nada do que lhe fora perguntado durante a entrevista.

  10. oliveira e castro

    13 de Julho de 2010 at 16:06

    correcao: quem tenha

  11. sookué

    13 de Julho de 2010 at 16:41

    tudo isso é so pra provar mas uma ves que o MLSTP é a razão de todos os échec ki o nosso pais conheceu…mesmo antes de sermos independentes ja existia a currupçao no seio do MLSTP…agora eu pergunto, sera que podemos confiar no MLSTP???

  12. Sulila Miranda

    14 de Julho de 2010 at 17:33

    Qauilo que Filito contou é a mais pura verdade! O Miguel Trovoda era pior deles todos, camalhão, dessimulado, tipo que morde e sopra para não doer!por isso anos depois o Pinto da Costa e ele quase que se matavam.
    Aconselho ao Filinto que escreva, a nova geração tem que conhecer bem a sua história.

    • outro lado da historia

      20 de Julho de 2010 at 20:30

      Dr. Filinto Costa Alegre, durante muito tempo tenho pensado no futuro presidente para São Tomé e principe, eis que ao ler a sua entrevista fez luz:
      EU o desafio a ser O candidato a cargo do Presidente da Republica.
      por favor não permitamos que esse país esteja de novo na ridicularidade.
      FILINTO COSTA ALEGRE FUTURO PRESIDENTE DE STP

  13. Faustão

    20 de Julho de 2010 at 20:39

    O Filinto Costa Alegre tem caracter. Pra aqueles que estão ao serviço do MLSTP, dizem e continuam a crescer o ódio por aquleles da CIVICA, que trabalharam pra STP, que puseram o MLSTP no poder. Quem conhecia o MLSTP, em 1974? Continue a divulgar a história, faça isso FILINTO, pois os santomenses precisam disso, ao contrario dos que continuam a disfrutar da riquesa do pais.Pra aqueles que não acreditam, eu tinha já 17 anos, vi e segui grande parte desse processo. Andamos por todo STP falando com as pessoas. Andamos a corromper? Fizemos tudo isso, ao contrario de hoje que andam por aí a dar “BANHO”. Para aqueles que ouvem os pais a contarem história,teremos de esperar para que alguns dirigentes do MLSTP ( actuais e antigos) possam tambem escrever. Será que terâo coragem?
    Aquardemos e veremos se escrevem.
    Bom o que acontece é que muitos desses MLSTPs não dão a cara, escrevem insultando. Já conhecemos, nós os santomenses.
    Continue a divulgar a historia, Filinto, coragem, estás apenas a servir o País, coisa que muitos hoje não sabem o que é.
    Força

  14. Cidadão

    25 de Julho de 2010 at 9:05

    Povo abre os olhos. O Filintro ja estava no governo de PCD que não levou o país ao lado nenhum. Portanto, não vamos aqui com palavreados,criticando e mostrar do menino bonito. O senhor tambem fez parte desses 35 anos.Estiveram no poder com um poder absoluto oquê que fizeram?. Deixemos de histórias, e nem pensa a vir ser candidato as proximas eleições porque vais apanhar um chumbo.

  15. José Maria Cardoso

    8 de Agosto de 2010 at 17:31

    A história tb se faz na base do contraditório. Seria de tão bom o Tela Non abrir entrevistas dessas a elementos de Associação Cívica, jovens k engrossaram o MLSTP e não foram “escorraçados” do País. Desnorteados do papel do Estado, assumiram com os fundadores os destinos de STP. Não é menos verdade k alguns dos ex-cívica k regressaram e ajudaram a(des)criar a Nação, mais tarde, no momento da tão propalada Mudança, assumiram k enquanto administraram o Estado, tudo fizeram para destruir o MLSTP e consequentemente o País. Será k eu, um miúdo da altura (1974), estou em condições de associar essas mentes as acusações dos fundadores do MLSTP contra a Cívica? Estariam eles, ex-cívica, ajustando as contas com um passado k persiste em adiar o nosso tão desejado futuro? Precisamos de um historiador/sociólogo ou qq um despido de cumplicidade k nos possa oferecer o contraditório ouvindo os deuses e demónios que nos conduziram a independência, movimentaram a sociedade civil e a criaram a Nação.
    Parabens Filinto Costa Alegre!

  16. Costa e Sousa

    12 de Agosto de 2010 at 12:35

    SR. FILINTO, NUNCA PENSOU EM CANDIDATAR-SE A PR? TEM PERFIL PARA TAL E ACHO QUE ESTA A DEIXAR O TEMPO SE ESFUMAR. STP NECESSITA MAIS UMA PAGINA ESCRITA POR SI. SAUDACAO CORDIAL.

  17. Deodato Gomes Rodrigues

    25 de Agosto de 2010 at 18:13

    Quero felicitar o Tela-Nón por esta iniciativa, esperemos que continue porque é uma forma dos jovens enteirarem das realidades daquilo que foi a política de São Tomé e Príncipe.Aproveito também a oportunidade para felicitar o Dr. Felinto pela escelente estrevista sobre aquilo que foi a luta da Associação Cívica, que desencadiou a luta interna de libetação, que permitiu que hoje São Tomé e Principe tornasse independente.
    Ao contrario do comentário de alguém, que veio dizer que o Sr. Filintro também ja fez parte do Governo,ou seja do mandato dos 35 anos, tentando também responsabilizar o mesmo pelo fracasso, quero dizer que tal pessoa não conhence verdadeiramente o Dr. Filintro.Porque o Governo que fez parte, se o Presidente na altura, deixasse-os trabalhar houje São Tomé não estaria nesta situação tão percaria que encontramos hoje. Digo isto com toda convicção, porque acompanhei e vive as realidades deste tempo. Não quero alongar muito, porque as verdades amargam, houje o povo Santomense está a sofrer esta crise, porque por sermos um País pequeno, há muitas verdades que deveriam ser ditas, que impediu o real desenvolvimento deste País. Eu conheço bem o Dr. Filintro, quero dizer que todo ser humano tem seus defeitos, mas a nível do país vamos encontrar poucas pessoas com as caracteristicas do mesmo. Para terminar gostaria pedir ao Dr. Filintro que um dia falasse também daquele Governo que fez parte, de forma que as pessoas ficassem bem esclarecidas. Também sou de opinião que deveria candidatar-se a PR. Conte com o meu total apoio.

  18. zecabra

    14 de Setembro de 2010 at 12:49

    mas nao troxeste muitas coisas boas para o nosso povo sera que se fossemos uma regiao autonoma como madeira e os açores nao estavamos melhor a independencia so benficiou quem a comquistou os seu familiares e amigos o povo esta pior do que a era colonial pelo menos nao havia tanta miséria como ha agora

  19. VERDADE HISTÓRICA

    21 de Setembro de 2010 at 15:59

    Para se fazer a História verdadeira do grupo ASSOCIAÇÃO CIVICA

  20. VERDADE HISTÓRICA

    21 de Setembro de 2010 at 16:13

    Para se fazer a verdadeira História da ação politica da Associação Civica, para além da opinião de Filinto Alegre, é de vital importância ouvir quem presenciou nas roças a matança indiscriminada de animais (cavalos, porcos, etc..), destruição de máquinas, ameaças à integridade fisica e transporte compulsivo de pessoas.
    A vontade da independência não pode desculpar actos de violência, vandalismo e racismo.
    Filinto e seus camaradas ainda não pediram desculpa pelo mal que fizeram e que ainda hoje S. Tomé e Principe paga.
    A independência de S. Tomé e Principe não tem nada a ver com as outras ex-colónias.
    O radicalismo marxista/estalinista valeu a pena??

  21. ze cabra

    23 de Setembro de 2010 at 18:46

    ele esta caladob porque a consencia esta pesada devia era ser julgado e preso voces jovens nao sabem o que se passou

  22. Helder Ramalho

    17 de Junho de 2013 at 14:49

    Lembro-me de facto desta situaçao mas tinha pormenores. Alem de mais fui aluno do Dr. Norberto Costa Alegre no Instituto Industrial, disciplina de Quimica,que voltei a encontrar em Berlim nos anos 1980.Sou amigo de outra senhora que presumo ser também do mesmo grupo que ainda vive em Mz.Falo da Dra Ivone Trovoada. São pessoas muito dedicadas e trabalhadoras.Faço votos para que estejam bem!

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