O propósito desta singela carta é fazer chegar aos responsáveis dessas Instituições do Ensino Universitário sediados na Ilha principal – a cidade de São Tomé, capital do país – uma preocupação que outros indivíduos, provavelmente, já nela terão pensado.
O aspecto principal da nossa missiva prende-se com um elemento cultural que faz parte da nossa depauperada Identidade Nacional.
Falamos concretamente das Línguas nacionais, um precioso legado dos nossos antepassados.
Essas Línguas nacionais encontram-se bastante maltratadas, esquecidas, sem que nós tenhamos a hombridade suficiente, para lhes dedicar: 30 segundos do nosso precioso tempo; 30 segundos da nossa vida; 30 segundos a «olhar» por e, para elas.
Leia mais – Carta (1)
Carta aberta às Instituições do Ensino Superior São-Tomenses!
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Barão de Água-Ize
3 de Dezembro de 2014 at 9:35
As Línguas (e dialectos) devem ser protegidas e estudadas, mas sem esquecer o seu âmbito limitado
de “circulação”.
As Línguas/dialectos nacionais ou locais, na globalização comtemporanea são importantes como
legado cultural e identidade grupal e social, mas
se ao mesmo tempo não se dominarem correctamente as Línguas de “circulação” maioritárias, essas Nações culturais no intercâmbio com outras, não terão desenvolvimento económico, social e cultural fácil.
Se há dialectos que passaram à qualidade e qualificaçãoo de Línguas, devem então ser sistematizados e ensinados pelo menos nos níveis de básicos escolares.
Verifica-se em STP que não há unidade no modo de falar e escrever cada uma das “Línguas” Nacionais. Fala-se e escreve-se, como cada qual pensa que é. Isto reflete-se depois no mau falar e escrever na Língua Oficial, o português, e não só.
Trote
3 de Dezembro de 2014 at 11:10
Concordo em absoluto com o teor e objetivos desta Carta. O seu autor, revela uma clarividência notável!
Martelo da Justiça
3 de Dezembro de 2014 at 12:50
É muito triste! Estamos preocupados com banalidades e politiquices e o essencial passa-nos ao lado. As nossas línguas nacionais são das poucas coisas que nos identificam como São-tomenses e não estamos a dar a atenção que elas merecem. Isto é também uma das causas do nosso desenvolvimento.
João Rosário
3 de Dezembro de 2014 at 23:27
A cultura é um elemento social por isso é impossível desenvolver de forma condicionada ou restrita. De Referir que a carta aberta às instituições do ensino superior são-tomense é uma boa iniciativa que deve ser vista como um apelo, um pedido de socorro para evitar a morte prematura , esquecimento ou melhor a desestruturação desses instrumentos de comunicação.
Esta carta aberta direcionada as instituições do ensino superior terão ao meu ver um efeito não muito abrangente. O promotor ou promotores dessa magnífica sugestão não deve ficar só pelas universidades. Não tenho informações quanto a sua implementação em níveis escolares básicos, se não, o ministério da educação também entraria no lote nº 1 ,onde a carta aberta deve ser sugerida. Sou de opinião que o ensino dessas línguas sejam opcionais nas escolas do ensino básico por autorização do MEC(Ministério da Educação e Cultura são-tomense).Havendo investigações linguísticas feitas, dicionário dessas línguas, algum manual (textos recolhidos e escritos em forro…), professores formados ou estudiosos na matéria, significa que as bases estão criadas para que esta ideia seja uma realidade. Haverá a necessidade de divulgação e sensibilização para despertar interesses pela prática dessas línguas. Na nossa sociedade existe o preconceito, a vergonha em comunicar em forro… quando em contextos diferentes, visto que muitos ainda se sentem tímidos porque consideram a língua portuguesa de culta, importante, de gente fina e em certas situações, os familiares e amigos contribuem de forma negativa ,criando obstáculos para que a comunicação seja feita através dessas línguas mesmo quando em círculo de amigos. A participação da rádio e tv contribuirão muito para a conquista e permanência quase intacta do forro,linguyé…aos descendentes como uma memória coletiva.
Abel da Glória
5 de Dezembro de 2014 at 12:49
As línguas Nacionais deveriam iniciar desde o Jardim de Infância ou na primaria.Nas universidades acho que não é uma boa ideia.
Atento
12 de Dezembro de 2014 at 10:24
A língua nacional que eu conheça é só uma o Português.
Os dialetos não são e nunca foram línguas nacionais, por isso mesmo é que são dialetos.
Que tristeza minha gente andarmos a discutir no mal tratar dos dialetos e esquecemos como tratamos tão mal a nossa língua nacional.
Eu enquanto poder, ensinarei aos meus filhos e pretendo que eles saibam bem o português para não fazerem tristes figuras quando o falam ou quando o escrevem.
Agora se existe na minha terra quem não se importe em falar mal a sua língua Natal, e ao mesmo tempo, andar na luta ou com a opinião, que os dialetos são tão importantes, ou mais, que a língua portuguesa que nos une, por favor, façam essa a vossa luta mas dentro da vossa casa, nunca na praça publica, pois de outra forma só indicam o grau de analfabetismo que possuem e querem impor.