Está a ser instalada a primeira escola de turismo e hotelaria de São Tomé e Príncipe. O Banco Mundial é o financiador do projecto. O edifício já foi construído e deverá receber os primeiros alunos no mês de Outubro.
Antes da abertura da escola, o projecto formou formadores para administrarem o ensino da indústria turística e hoteleira.
«A aprendizagem que recebemos aqui não se limita aos conhecimentos técnicos, mas também abrange valores que levaremos connosco para toda a vida», declarou Elizabete Carvalho, porta-voz dos novos formadores em turismo e hotelaria.
Na cerimónia de conclusão do curso os formados prometeram «honrar o título de formadores que hoje recebemos. Vamos seguir em frente de cabeça erguida, sabendo que podemos fazer diferente na vida de muitos assim como os nossos formadores fizeram a diferença na nossa vida», acrescentou a porta-voz do grupo.
A implementação da primeira escola de turismo e hotelaria de São Tomé e Príncipe é suportada financeiramente pelo Banco Mundial. O centro de estudos, línguas e formação do Funchal, com sede na ilha da Madeira – Portugal, CELFF, ganhou o concurso público aberto pelo Banco Mundial através da AFAP, para instalar escola de turismo e hotelaria.
João Pedro Entrudo, Presidente do Conselho de Administração da CELFF garantiu que não vai ser apenas uma escola profissional. «Também vai ser uma escola muito mais abrangente no futuro, com o chefe Augusto Lima que é dos melhores chefes de cozinha de Portugal», precisou.
A formação dos jovens e quadros do sector do turismo e hotelaria de São Tomé e Príncipe é a prioridade. Cursos de longa duração para jovens em idade escolar, já estão agendados para o mês de Outubro.
A direcção do turismo considera a formação dos formadores em turismo como uma das acções que visam a transformação do país, num destino turístico de nível superior. Eugénio Neves, assegurou que é uma aposta ganha.
«A Direcção Geral do Turismo considera que a implementação da escola de hotelaria e Turismo é uma aposta ganha», frisou o director geral do Turismo e Hotelaria. Apesar de ter custos, a formação de quadros deve ser encarada como um investimento. O ministro do Trabalho Célsio Junqueira acredita que o país vai começar a colher frutos após investimento na formação dos formadores.
«Toda gente diz que a formação é uma despesa. Não. A formação é um investimento. Esta escola de hotelaria e Turismo é o lançar das sementes que nos permitirá colher frutos», pontuou o ministro.
O Banco Mundial que investiu 1 milhão e 600 mil dólares para instalar a primeira escola de turismo e hotelaria mereceu reconhecimento do Governo. «O parceiro Banco Mundial intervém naquilo que consideramos estratégico para nós, a aposta no turismo», concluiu Célsio Junqueira.
O projeto de instalação da escola de turismo termina no ano de 2024.
Abel Veiga
Ayres guerra Azancot de Menezes
3 de Agosto de 2023 at 3:36
É inaltecedor constatar a preocupação do governo apostado em potenciar umas das fontes privilegiadas de obtenção de recursos e projectar a longo prazo o país como um grande roteiro turístico de excelência. A adopção de políticas e benefícios de fundos e apoios para acelerar esse processo de desenvolvimento sustentável só reflete a capacidade,inteligência, vontade política em mudar de forma irreversível a situação do país. Escrito por: Ayres guerra Azancot de Menezes.
Gentino Plama
3 de Agosto de 2023 at 12:25
O turismo em São-Tomé e Príncipe, poderá ser uma indústria frutuosa, pois, há muito que a potencialidade das Ilhas para está mesma indústria ficou provado.
Naquela altura até os dias de hoje, pouco ou nada foi feito pela entidade governamental, principalmente, na área de conservação de elementos atrativos que existiam. As casas das antigas roças que eram consideradas o catão de visita das mesmas, foram apenas abandonadas, embora estas terem sido clamadas pelas obras.
Porém, o desconhecimento da população, ou a falta de sensibilização para a preservação e a valorização de tudo quanto foi o acervo, e a história do País, foi desprezado e compulsivamente aniquilado, sem que o outro melhor fosse erguido em sua substituição.
Dando como exemplo: O emblemático edifício que outrora era o Hospital de Água-Izé, está sendo destelhado por pessoa que não tem qualquer sentimento nem tão pouco, o conhecimento da realidade do País, deixando nu a sua estrutura, vendendo as respeitavas telhas no valor de copos de vinho de palma. Não é esse caso inédito, pois, na nossa divisa, consta a imagem de um imponente edifício que também foi o antigo Hospital de Agostinho Neto, em que, a subtração da parte de sua cobertura permitiu a entrada de água que terá fragilizado parte da sua estrutura, e desta, provocando o seu desabamento. Na altura, em que se primava pelo respeito e pelo bem-fazer, de forma sistemática, era anunciada no rádio “ que não era permitido foguear nas zonas de Aeroporto, Praia das Conchas e Micoló” devido as características daquelas zonas. Mas, como tudo hoje é nosso, tem-se feito queimada por todo quanto é sitio. Já não há autoridade do Estado. A firmação de turismo no País deve também passar pela disciplina das vendedeiras ambulante que deambulam, e abancam diante dos serviços, dando uma más imagem ao que se pretende levar a cabo. Como já se sabe, a sua liberdade termina, aonde começa a liberdade do outro: a poluição sonora (radio em alto volume) deve constituir uma das medidas a por cobro.