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Soberania de STP pode ser posta em causa pela tecnologia de nuvem

Numa altura em que o arquipélago são-tomense, regista importante investimento no sector das telecomunicações, devido também a utilização da fibra óptica, 4 quadros são-tomenses formados na área de informática e telecomunicações, e que exercem as suas actividades em diferentes sectores públicos e privados, decidiram escrever um artigo de sustentação científica, como exercício de direito cívico.

No exercício de cidadania activa, os 4 engenheiros, pretendem também através de dados científicos comprovados, alertar e informar a sociedade civil são-tomense.

Num dos capítulos do artigo, lê-se o seguinte:

aguinaldoExistem dados do cidadão, dados do estado que não podem estar fora do Pais, sobre pena de caso haja indisponibilidade de informação (ver o ponto anterior) o Pais fique paralisado. Os dados como foi referido no ponto segurança, ficam em local desconhecido. Cada Pais tem a sua própria lei sobre o  qualquer dado alojado no seu território deverá submeter-se. Portanto, ainda que São Tomé e Príncipe enquanto País soberano, por exemplo, decrete que os dados da Direção das Finanças não podem ser auditados, este decreto é valido em São Tomé e Príncipe, mas não no local onde fisicamente estão os seus dados, no Brasil, em Portugal, na Singapura ou na China. A soberania dos dados é um dos travões na adoção das tecnologias de nuvem como indicado pela Asia Cloud Computing Association (Asia Cloud, Computing Association, 2014) e pelo jornal online LeMonde (Monde, 2013) . Esta associação diz ainda que para salvaguardar a soberania é necessário o País construir Data Center locais, pensamento partilhado com os ministros de interior alemão (Hans-Peter Friedrich) e o ministro delegado de economia digital francês (Fleur Pellerin) (ECHOS, 2013). A soberania dos dados alojados na nuvem constitui hoje uma grande preocupação para os estados europeus relativamente aos Estados Unidos de América (anti-cybercriminalite, 2014).

5. Conclusão e Recomendações

O Processamento em nuvem é uma tendência tecnológica que aos poucos tem atingido tanto os utilizadores domésticos como empresariais e temos que reconhecer as vantagens desta tecnologia;embora as desvantagens acima apresentadas, serem também desafios, pensamos que fugir não é solução quando de antemão sabemos que a evolução tecnológica é inevitável. O que deve fazer cada País soberano e responsável é criar condições para que possa usufruir e evoluir da melhor forma possível neste novo paradigma tecnológico, e neste caso passa sem qualquer dúvida na construção de Data Center em São Tomé e Príncipe. Como já vimos, este pensamento é partilhado por muitos peritos (Chopitea, 2012) (ECHOS, 2013).

O leitor é convidado a ler na íntegra o artigo de investigação tecnológica clique –São Tomé e Príncipe e as clouds computing V04

Abel Veiga

18 Comments

18 Comments

  1. Yasser Silveira Vaz d'Almeida

    6 de Novembro de 2014 at 12:27

    Um Datacenter é uma mais valia para o nosso pais sem dúvidas e por isto é que a construção de um Datacenter Nacional é um dos objectivos do Instituto de Inovação e Conhecimento.

    • Pó quimi

      6 de Novembro de 2014 at 19:53

      Sera mesmo esse um dos objectivos deste instituto?? Já se passou anos e até a data não foram capazes de fazer coisas concretas para benefício do país!!sera necessário outra administração?? Não será falta de competência?? Qual o vosso projecto para garantir as informações de cada ministério?? Para não acontecer o q aconteceu qd o PT saiu e mandou formatar os computadores?? Antes de mais arranjar legislação dps pensar em altos voos!!!

  2. Nitócris Silva

    6 de Novembro de 2014 at 14:54

    Boa tarde povo,
    Por não conseguir entender a linguagem informática dos informáticos, partirei do princípio que esta luta seja merecedora de todo nosso apoio como leitores.
    No entanto, é como alguma estranheza que vejo preocupações ministeriais a serem trazidas à debates por técnicos, quando elas deviam ser tratadas pelas entidades competentes em locais apropriados.
    Como todos sabem, a riqueza produzida no nosso país, bem como as ajudas externas não chegam para arranjar estradas, hospitais, educação, transportes públicos, água, Luz,……
    Será que existirá dinheiro para proteger informações?
    Espero que este ar de novas tecnologias venha permitir, que o estado possa equipar os seus serviços com equipamentos informáticos, bem como a troca de informação entre os vários serviços, de modo a prestar um serviço com mais qualidade aos cidadãos.
    De uma vez por todas vamos enterrar o leve, leve, de modo a não permite que cada um leve o seu portátil para o serviço, transportando consigo informações que deveriam ser confidenciais.
    Lutemos por um São Tomé melhor.

  3. acb

    6 de Novembro de 2014 at 14:54

    Gostamos de copiar muita cosia de Portugal.
    A PT inaugurou no ano passado na covilhã um dos maior DATA CENTER do mundo.
    Porque nao aopstarmos em ter a nossa DATA CENTER ao nivel do Continente Afro e atrair para o pais competencais e negocios associados?

  4. Mais dinheiro

    6 de Novembro de 2014 at 16:13

    Esse ai na fotografia é outro que fez auditoria nas finanças – ditei junto com raul so comeram dinheiro do povo!!!!! Haja São Tomé.
    Cada um quer comer seu dinheiro.
    data center realmente é muito importante.

  5. informatico

    6 de Novembro de 2014 at 17:44

    Tudo certo na argumentação dos técnicos, só esqueceram de mencionar uma coisa: os data center exigem algumas condições básicas de construção e de operacionalidade que são difíceis de se obter em São Tomé.

    Uma das principais condições de operacionalidade é energia eléctrica ininterrupta e de qualidade. Onde é que isso existe em São Tomé ?

    • Bebezaua

      6 de Novembro de 2014 at 19:14

      Caro,

      Um Data Center tem que ter autonomia energética.

    • Ludovino Urtigão

      6 de Novembro de 2014 at 21:05

      amigo informático. Já se perguntou como é que opera a estação do Cabo Submarino. Essa estação é internacional e 0pena nas mesmas condições que um possível Data Center.

  6. Belmiro da Graça Soares

    7 de Novembro de 2014 at 3:41

    O texto é ótimo e leva-nos a pensar que atualmente não estamos em condições de pensar em Datacenter. No mundo das ideias podemos imaginar. Se formos a realidade o básico não temos condições como os autores mostraram no texto. Exemplo simples. Não temos energia elétrica sem interrupções e estabilizada. Sem energia elétrica o sistema de refrigeração e os equipamentos não funcionam.
    O problema de energia elétrica poderia ser esquecido se estruturarmos uma subestação de energia elétrica que só seria ativado na ausência da energia da EMAE.
    E o custo para construir um Datacenter. Este custo envolve aquisição de solução de processamento e armazenamento de dados, refrigeração, redes de dados, segurança, etc. E o ROI (Retorno sobre investimento). Se isto compensar podemos pensar futuramente em Nuvem privada formato on promise.

    • bené

      7 de Novembro de 2014 at 15:14

      Belmiro,

      Desde 1975 que temos problemas com energia. Se continuarmos a pensar assim nunca mais avançaremos. No entanto como todos não pensam assim temos hoje uma estação de cabo submarino em Fibra otica alimentado em energia electrica 24/24 e sustentado quando possível pela EMAE. Portanto, a questão de energia é um falso problema.

  7. jornalista

    7 de Novembro de 2014 at 7:47

    Não consigo ver no artigo a parte que faz referencia que a soberania do Estado de São Tomé e Príncipe está posta em causa.

    • Jacapeixe

      7 de Novembro de 2014 at 14:33

      Deve ver parte 4. Desvantagens da tecnologia de Nuvens / Soberania dos dados

      Até eles puseram um excelente exemplo que ilustra um dos aspectos perante as leis do pais. Obviamente, existem outros casos e a reflexão e o debate esta aberto.

      Peace !

  8. Olavio Anibal

    7 de Novembro de 2014 at 17:40

    Meus caros irmãos acho que os quadros lançaram o desafio acho que os decisores e a sociedade civil devem unir esforços para encontrar a melhor solução, nem sempre devemos ter muito dinheiro para fazer realizações importantes vis a vis osoberano interesse do país.
    Mas devemos pensar/aconselhar uma numa solução a curto e medio prazo.
    Acho que mesmo com os problemas de energia ou outros… devemos pensar positivo e acho que o paiz é capaz, há muitas cooperações e pode-se enquadrar isto.
    Bem haja.

  9. Luís Silva

    9 de Novembro de 2014 at 17:04

    Em STP vocês gostam de estragar dinheiro, hein ? Para os países pequenos nem sempre os modelos de fora são os melhores … os vossos técnicos ficam deslumbrados e a sonhar com o que se faz fora em vez de se preocuparem com o “caminho a percorrer” … cada país deve ter a sua solução própria. e os técnicos devem ajudar e não andar por aí a fazer copy/paste ou a fazer política em vez de fazerem o seu trabalho com competência e dedicação… a governação eletrónica em STP está uma porcaria, esta é a realidade, depois de se gastar muito dinheiro em idiotices no ministério das finanças …

    • BHL

      10 de Novembro de 2014 at 12:33

      Olha só o seu raciocino: “a governação electrónica em STP está uma porcaria” e por isso devemos continuar assim, porque “Em STP vocês gostam de estragar dinheiro” ???
      Que STP não tenha grandes meios, de facto, é uma realidade.
      Que os santomenses capazes, não possam reflectir sobre tais assuntos e tentar fazer algo bem, mesmo com pouco meios, isto não compreendo!

      STP, não vive na era da pedra, STP beneficia de vários programas de desenvolvimento (Exemplo: o cabo submarino). STP tem a obrigação de aproveitar, de forma concreta e útil de essas oportunidades.
      E de qualquer modo, STP vai se confrontar com os mesmos problemas que os outros países. Nos não vivemos num outro planeta!

      Existem, vários eixos na governação electrónica e o texto aborda de forma sintética um deles.

      A dimensão politica é óbvia porque se fala de soberania e de dados do Estado, cidadões, empresas…, par alem do carácter global/mundial e do quadro legal.
      E necessário uma verdadeira vontade politica e um grande trabalho legislativo e judiciário.

      Quanto ao “copy/paste”, qualquer técnico sabe, que sem uma analise profunda e especifica de uma problemática, a reflexão inicial é baseada sobre padroes de Boas práticas (Best practices) e depois a solução é adaptada ao caso especifico.
      Isto permite avançar sem “reinventar a roda”, e sinceramente, qual é o pb em se inspirar de exemplos pertinentes que jà provaram que funcionam bem?

      Temos que avançar, com pouco meios e um monte de problemas…mas devemos AVANCAR!

      Bem haja

  10. weston

    10 de Novembro de 2014 at 8:53

    Srs. Parabens pelo Artigo.Ter um Data Center em STP SIM, ter dados em cloud armazenados num Data Center fora de STP NÃO. Por uma questão de segurança existem dados do estado que não podem estar fora do Pais.

  11. solucao@stp.st

    10 de Novembro de 2014 at 12:50

    A ideia é boa, mas este artigo carece de consistência pois compromete a confiabilidade das informações.@…@

    • Aguinaldo de Ceita

      11 de Novembro de 2014 at 11:48

      Caro solução@stp.st,

      Mais uma vez estamos perante alguém que critica e não dá solução. Pois acredita que a ideia é boa e fica por aí. Estar nesta posição é muito fácil alias só pode errar aquele que fizer alguma coisa.

      Relativamente a “confiabilidade”, dizer que o que faz um artigo ser confiável são as referencias bibliográficas. terias que ler todas elas antes de dizer que o documento não é confiável. Para te LeMonde informatique (França), anti-cybercriminalite (França), a Asia Cloud Computing Association, BBC são fontes pouco confiáveis?

      Agradeço que proves o contrario!

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